Love and photography

Capítulo 60

Henry Cavill on

Fito o gesso bem decorado que se encontra acima da minha cabeceira de cama, solto um suspiro frustado. Frustado comigo, com a Katarina, com as coisas que ocorreram no dia de ontem. Eu a deixei sozinha para lidar com essa bomba de informações e digo para mim mesmo que não sei porque fiz isso mas no fundo do meu coração eu sei o real motivo. Ciúmes.

Ciúmes de uma pessoa que morreu? Meu subconsciente me alerta e não, não é assim. É ciúmes do sentimento que ela nutria pelo Izuku, se aquele desastre não tivesse acontecido na infância dos dois, ela não estaria comigo, estaria com ele. Os olhos dela brilham sempre que menciona o mesmo, ele vai sempre existir dentro dela, não só do coração e sim do ser dela, da alma. O Izuku está cravado dentro dela.
E agora ela tem o filho dele, se tudo tivesse dado certo para os dois, esse menino seria deles.

Me levanto e vejo se tem mensagem dela no celular enquanto arrumo a barra da cueca. Tomo um banho rápido e me visto, tenho que ir falar com ela.

Katarina Langford on

Me levanto da cama distraída, vou até o banheiro fazer xixi, dou risada, minha mãe sempre falava que ia mijar, meu pai adorava o modo como ela parecia com ele. Ergo o shorts e lavo as mãos, minha cabeça dói enquanto escovo os dentes. Esfrego onde eu bati a cabeça meses atrás. Assim que volto para o meu quarto e coloco meus olhos na criança sentada em minha cama me esperando, o dia de ontem volta com tudo.

- Bom dia! - ele diz animado enquanto esfrega os olhos-

- Bom dia, Izu... Izuku. -eu travo na hora de dizer o nome-

É estranho para mim dizer o nome dele para alguém vivo.

- Com fome? -pergunto-

Ele balança a cabeça afirmativamente e eu o pego no colo, o mesmo faz carinho no meu cabelo e não consigo evitar de beijar sua bochecha macia. Alguém bate a minha porta e eu abro, é a Tia Elisa.

- Bom dia querida, tem alguém querendo vê-la.

- Quem?

- Henry.

Minha barriga dá uma gelada e meus lábios não seguram o pequeno sorriso mesmo eu não querendo sorrir, como se meu corpo não me respondesse.

- A senhora pode levar o Izuku para tomar café? Tem uma padaria no próximo quarteirão. Eu vou trocá-lo em um minuto.

- Ok.

Ela sai e eu começo a tirar a roupa dele.

- Está tudo bem por você, querido? Ir com a Tia Elisa?

- Sim. -ele responde e me ajuda a tirar seu moletom-

Coloco uma calça de sarja preta, um tênis da nike, camiseta e um moletom lilás. Penteio seu cabelo e beijo sua bochecha novamente, ele ri e eu me troco. Visto uma calça jeans, moletom branco e um tênis também. Passo perfume e desço de mãos dadas com o Izuku, Henry está de costas para mim, sua calça marca bem suas coxas e bunda, a jaqueta de tecido militar também delimita seus músculos e seu cabelo está penteado, seu cheiro preenche a sala assim como a tensão.

- Aqui tia. -entrego a mão do Izuku para ela-

- Oi, tio Henry. -Izuku diz olhando para ele-

Seus olhos azuis tremem um pouco e então ele se agacha até Izuku e responde:

- Como você está?

- Bem. Tchau!

Ele sai correndo e rindo até a porta, assim que eles saem, nós finalmente nos encaramos. Tem muita tensão rolando mas meu corpo está estranho, estou com tontura mas minha libido parece estar lá em cima, não consigo me controlar e o puxo contra mim, nossas bocas se juntam com força, ao mesmo tempo que estamos nos amando, estamos brigando. Ele me pega no colo e se senta no sofá, eu me sento em cima do seu membro que parece estar rasgando a calça.

Ok, Katarina, que palavreado é esse?

Eu me movo contra o mesmo e ele geme no meu ouvido, assim como eu no dele.

- Eu quero te foder. -ele diz-

E então eu caio, meu consciente parece sair correndo nesse momento e minha respiração está curta, minha cabeça dói após bater no chão.

Henry Cavill on

- Katarina! Kat! -eu digo-

Pego meu celular e ligo para a emergência, não sei se posso movê-la, então não vou me arriscar ao leva-la para o hospital. Assim que a ambulância chega, eu vou junto. Ligo para a tia Elisa para a deixar sabendo, minhas mãos estão frias, ao longo do caminho minha mente vaga para os seus gemidos, suas coxas ao meu redor e sua boca na minha. Aquilo foi realmente intenso.

- Senhor? -o paramédico diz-

- Sim?

- O que aconteceu?

- Nós estávamos...

Ela começa abrir os olhos e tenta tirar o inalador, eles a impedem e dizem onde ela está. Sua mão procura a minha e eu entrelaço nossos dedos.

- Nós estávamos... Bem, tendo um momento. Entende?

Eu digo e ele afirma com a cabeça.

- Tem possibilidade de ela estar grávida? -ele diz-

- Não.

- O senhor tem certeza, porque tem...

- Eu sou virgem, moço. -ela diz grogue-

Ele arregala os olhos e eu rio suavemente, nós chegamos e um médico vem ao nosso encontro.

- Pressão 90 por 70 e caindo, aparentemente sem motivo para o desmaio, bateu a cabeça com a queda. -o paramédico diz rapidamente-

- O senhor pode aguardar na sala ao lado. -o médico diz enquanto a leva-

Nossas mãos se soltam e eu tento ir atrás mas eles me impedem. Umas duas horas depois o mesmo médico vem de encontro a mim, ele me leva até o quarto da Kat e vejo que a mesma está acordada.

- Oi, querida. -beijo sua testa e ela sorri-

- Vou explicar para vocês dois, ok? -nós acentimos com a cabeça e ele continua- a Katarina nos contou que meses atrás bateu a cabeça com muita força em um tipo de pedra, essa pancada gerou um sangramento interno no seu cérebro que inicialmente não teve nenhum sintoma, mas ao passar estresse, esse sangramento piorou e começou a alterar alguns pontos nervosos de seu cérebro. Então teremos que fazer uma cirurgia com urgência por conta dela ter batido novamente hoje.

- Vocês vão abrir seu cérebro? Tem risco? -eu digo-

- Se o sangramento fosse mais para cima teríamos sim que perfurar o crânio e estancar o sangramento, mas a batida foi mais para baixo, perto do cerebelo, então vamos fazer uma pequena incisão pela nuca e operar por uma câmera.

Katarina Langford on

Isso... Isso é uma droga. Cirurgia logo agora que comecei a trabalhar e cuidar do Izuku? Sou levada do quarto e entro na SO, que é uma sala para cirurgia.

- Durante a anestesia, você vai ter sonhos, como se fossem alucinógenos mas não tem que se preocupar, ok?

- Certo.

- Preciso que conte do 10 ao 1 para mim, Katarina. -o doutor diz-

- 10, 9, 8... 7...

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