Harry Potter

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Acordei vendo o loiro dormir tranquilamente ao meu lado, fiquei o observando, as marcas, o cabelo, os lábios entreabertos. Não contive um sorriso quando me lembrei da noite de ontem. Me mexi na cama e me levantei devagar pra não acordar ele e quando me sentei senti uma fisgada, me lembrei da poção e andei com dificuldade até a mesinha que estava ali.

Bebi a poção e voltei pra cama, e meu loiro já estava acordado.

– Quanto tempo está acordado?

– O suficiente para te ver dormindo. – Ele sorriu e eu dei um selinho nele. – Vem vamos ao banheiro esse horário não vai ter ninguém aqui.

Nos vestimos com as mesmas roupas de ontem e seguimos para o banheiro, não tinha ninguém nos corredores. Entramos e fizemos nossas higienes, trocamos a roupa e ele me entregou minhas coisas.

Já estava quase na hora do café da manhã e ele disse que queria resolver algo antes, segui para o salão principal e estava chegando perto quando ouvi.

–... É sério, os dois estão dormindo juntos mas não querem assumir. – Era a voz do Zambini.

– Como você tem tanta certeza? – Dessa vez foi o Rony.

– É simples Ronald, eles não estavam no dormitório, durante a noite eu acordei pra usar o banheiro e as camas estavam vazias.

– Além do mais eles estavam conversando tão baixo ontem a noite, tipo cúmplices ou algo assim. – Parkinson disse.

– Fora as trocas de olhares que eles estão tendo ultimamente. – Agora tinha sido a vez da minha amiga falar. – Eu também concordo com o Zambini. O Harry e o Draco estão dormindo juntos, mas não querem falar.

– Iria ser tão fofo. – Decidi entrar no meio da conversa antes que ele falassem mais alguma coisa.

– O que iria ser fofo.

– Cruzes garoto! – Parkinson disse colocando a mão sobre o peito. – Não morre tão cedo.

– Para estar falando isso era porque estavam falando de mim. O que vocês estavam falando?

– Sobre nada de importante. Vamos comer estou morrendo de fome.

Chegamos ao salão principal e fomos para a mesa da Grifinória, me sentei com certa dificuldade porque eu ainda estava dolorido pelos tapas e as outras coisas. O que não passou despercebido pelos olhares da minha amiga.

Depois de um tempo Draco entrou muito feliz e não entendi essa felicidade toda dele.

– Bom dia. – E saiu distribuindo beijos para todos, nem o Rony escapou.

– Merlin! Pra tanta felicidade assim?

– Mandei uma coruja a minha mãe, contei pra ele que estou gostando de alguém.

– Quem? – Pansy perguntou pra ele.

– Vocês não irão saber. Não por enquanto.

Tomamos o café da manhã tranquilo e fomos para as nossas aulas do dia.
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As horas se passavam, os dias, as semanas, e quando eu menos esperava. Já estava quase no Natal. Era sexta, o último dia de estágio antes do feriado. A aula do dia havia acabado e Sirius e Remus me chamaram no canto, pedi pro Rony me esperar e fui falar com eles.

– Oi.

– Harry, sabe que o feriado está próximo.

– Sim.

– Então. Queríamos saber se você poderia chamar o Draco pra passar o Natal conosco, junto com os Weasley's.

– Vou falar com ele Six. – Ele deu um aperto leve na minha bochecha e saiu pra falar com Rony. Vi Remus acompanhar ele com os olhos e um brilho diferente, era esse brilho que eu sempre via no Ron quando falava da Hermione ou o Draco quando me observava falando algo. – Tá legal, me fala. O que há entre vocês?

– Quem? – Remus se fez de desentendido.

– Quem mais Remus. Você e meu padrinho.

– Não há nada de mais.

– Nada de mais. E a carta que você havia me mandado alguns meses atrás. Não há nada também?

– Havia um sentimento lá. Um que era só de... sei lá, uma vez. Mas agora parece que isso só está aumentando. Não sei se ele sente o mesmo.

– Claro que ele sente o mesmo. Você não vê porque está de costas para ele, mas ele está te observando com um olhar apaixonado que ficou um tanto bobão nele.

– Então acha que...

– Sim. Tente, você merece ser feliz, os dois merecem ser felizes.

– Falando assim até parece que está apaixonado por alguém. – Corei desviando o olhar e eu sabia que tinha me entregado ali. – Quem é Harry?

– Não vou falar.

– Não vai. – Ele disse colocando as mãos na cintura e eu neguei com a cabeça. – Certo. Então..... OH SIRIUS HARRY ESTÁ SAINDO COM ALGUÉM. – Sirius virou pra gente com a cara brilhando em raiva. – Não quis me contar, agora aguente seu padrinho.

– Harry James Potter você vai fazer o favor de me dizer agora com quem está saindo e a quanto tempo está acontecendo.

– Não adianta Sirius. Tentamos a meses tentar arrancar quem é o cara misterioso, mas ele não abre a boca.

– Então é um cara?

– Sim.

– E nós vamos conhecer ele no Natal?

– Não.

Me despedi deles sem dar tempo para mais perguntas e fui embora com Rony. Chegamos ao castelo e eu fui tomar um banho, porque eu precisava. Me arrumei e fui jantar.

Depois do jantar fui a sala precisa onde eu passava quase todas as noites com ele. As vezes nem tranzavamos, era só pra conversar e dormir abraçados.

Cheguei e ele já estava lá dentro me esperando. Lancei um sorriso pra ele e troquei de roupa. Ele já estava de pijama então, logo eu também já estava. Me deitei e o puxei pra ele deitar em meu peito.

Estávamos muito cansados de hoje, porque vamos entrar no feriado agora então eles pegaram pesado com a gente. Esse ano também, adiaram os jogos, eles seriam depois das festas de final de ano.

Conversamos um pouco comigo fazendo carinho em seu cabelo e ele fazendo desenhos aleatórios no meu peito.

– Ah a propósito. Sirius e Remus pediram para mim te convidar convida pra passar o Natal com a gente. Você e sua mãe.

– Sério? – Ele levantou a cabeça e ficou me olhando. – Mas não vai ser muito estranho. Claro que já conversamos e tudo. Mas passar o Natal já é um grande passo.

– Eu sei. Acho que ele quer juntar a família Black novamente. Tirando a Andrômeda, os únicos que sobraram dessa família foi você e sua mãe.

– Sim. Acho que seria bom.

– Sério?

– É claro que sim Harry. – Dei um beijo nele expressando todo o meu carinho ali. – A propósito, onde vai ser?

– Aonde eu sempre passo o Natal. Na'toca.

– Certo. Então estarão todos os Weasley's e a gente.

– Sim. Algum problema?

– Não. Nenhum. Nunca passei um Natal assim com tanta gente.

– Você se acostuma. Se bem que eu nunca me acostumei.

– Obrigado pelo convite. Vou falar com minha mãe amanhã, assim que eu chegar a mansão Malfoy.

– Tudo bem.

E voltamos a conversar sobre coisas aleatórias tipo os jogos, os nossos estágios, até que eu perguntei algo a ele e não tive resposta, então soube que ele havia dormido. Sorri com a cena pela sei lá quantas vezes, sempre fico bobo quando o vejo dormindo no meu peito. Dei um beijo em seus cabelos e adormeci logo em seguida.

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