Ver aquela cena me deixou sem chão, imagina você chegar a um lugar, para comemorar um mês de namoro, e ele estar com outra pessoa. Ou melhor outras pessoas.
Eu não escutei mais nada, não vi mais nada, apenas me virei e fui embora. Esbarrei com a Gina no meio do caminho, e continuei até chegar no dormitório.
– Harry?
– Ei cara. – Meus amigos me chamaram mas eu não estava nem aí, só queria deitar e chorar até dormir.
– Harry espera. – Todos entraram no quarto, até os amigos dele. – O que houve? Conta pra gente.
– Cadê o Draco?
– O amigo de vocês estava lá na sala precisa, no nosso aniversário, se divertindo sem mim.
– Harry?
– É isso mesmo. Ele tava lá com a Astória e o Nott.
– Ele tava o que? – Pansy falou indignada.
– Eu vou matar ele. Como ele pode fazer isso com você. Eu sabia que ele nunca ia mudar.
– Ronald Weasley. Controle essa sua língua.
– Como você quer que eu controle a minha língua Zambini. O seu amigo fez isso. Ele que destruiu o coração do meu amigo. E você acha que eu vou me segurar.
– Ele deve ter uma explicação.
– A claro uma explicação. Se cansou do Harry e foi transar com outros dois.
– Gente para. Olha o estado que está o Harry. Não vai fazer bem vocês ficarem brigando assim.
– A Parkinson está certa.
– Você Hermione? Do lado deles.
– Não me diga em qual lado ficar. Até que se prove o contrário o Draco está errado sim.
Eles pararam de brigar quando uma figura loira entrou pela porta do quarto.
– Fica paradinho aí, Malfoy. – Rony falou apontando a varinha para o peito dele.
– Eu só quero conversar. Tentar explicar só isso.
– Vai explicar? – Dessa vez foi Hermione. – Explica então essa marca de chupão no seu pescoço.
– Anda Malfoy. Começa.
– Assim que eu saí daqui eu fui direito a sala precisa...– E contou desde que saiu daqui, o encontro com eles no meio do corredor, a maldição e a Gina depois que eu saí. – Foi isso. A essa hora, a Gina já deve ter falado com a diretora. Se quiserem ir e confirmar podem ir. Eu nunca trairia o Harry.
– Essa decisão não é nossa. Harry?
– Vamos na enfermaria. Saber tudo e depois eu falo algo.
Nos levantamos e fomos a enfermaria. Rony não deixou ele chegar perto de mim. Acho que era bom assim. Ou eu iria socar ele.
Chegamos na enfermaria, Gina estava lá junto com a diretora e o professor Snape. Astória e Nott estavam sentados nas camas, recebendo sermões.
– Oh! Senhor Malfoy. Venham. – Nos aproximamos da diretora. – Irei usar um feitiço nas varinhas. Professor Snape?
– Sim claro. Tomem. – Eles iriam rejeitar, mas pela cara do professor preferiram beber. – É uma poção de dor. Sabemos que Pomfrey não deu uma a vocês. – Eles balançaram a cabeça em confirmação.
A diretora McGonagall fez um feitiço e revelou os últimos feitiços lançados e os dois deram a maldição Império.
– Por que fizeram isso?
– Não queremos o Malfoy com Potter.
– Os dois se odiavam, e agora ficam pelos cantos se agarrando, como se sempre tivesse se gostado.
– Acho que tudo isso era mesmo só tensão. – Pansy falou fazendo o Blasie rir.
– Silêncio por favor. – Ela assentiu e voltou a ficar calada. – Mas precisava usar a maldição Império?
– Qual outro jeito de separar os dois a não ser ela. A senhora tinha outro? Se tiver por favor nos diga.
– Não se atreva a falar assim comigo. Sou a diretora dessa escola. Dumbledore fez um ótimo trabalho, mas não vou p aceitar isso. Severus, informe ao ministério sobre os dois.
– Não pode fazer isso comigo. Nem idade eu tenho.
– Tivesse pensando antes de jogar uma maldição em um garoto que nem é mais prometido seu. – E para a surpresa de todos a irmã mais velha dela, Dafne, entrou na enfermaria.
– O que você está fazendo aqui? Achei que estaria enfiada nos seus livros, pra passar de ano. Já que você é o orgulho da família. – Ela iria falar mais alguma coisa, mas foi calada com um tapa estalado que levou no rosto.
– Aí. Da outro. – Pansy gritou e nós viramos pra ela a fazendo calar a boca.
– Nunca mais fale isso. E quem você acha que é? Agradeça a mim de estar de volta a Hogwarts, porque se não, você estaria em casa terminando seus estudos. E acho que vai ser isso que irá acontecer agora.
Senti uma mão na minha e abaixei o olhar vendo aquela mão pálida cheia de anéis e a nossa aliança no meio delas.
Levantei o olhar e dei um sorriso de lado e apertei sua mão. O patrono do ministro adentrou a sala e falou com a voz dele.
– Tragam os dois ao ministério amanhã pela manhã, testemunhas e responsáveis pelos dois.
– Vou enviar uma coruja a minha mãe avisando.
– Claro Dafne. Senhor Nott. Enviarei uma coruja a sua mãe também avisando sobre o ocorrido. Vocês estão expulsos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, por usarem uma maldição imperdoável em um aluno.
Antes de sairmos da enfermaria, um cara alto vestido de auror entrou pela porta e todos nos assustamos.
– O Ministro pediu que eu viesse e aguardasse até amanhã pela manhã para o julgamento dos envolvidos. E pediu também para confiscar as varinhas dos mesmos.
Ele entregou um pergaminho a diretora e ela leu, depois acenou a cabeça em confirmação. O rapaz pegou as varinhas dos dois e ficou na porta da enfermaria.
Nós saímos e ele continuou lá, mas na parte de dentro.
Draco me puxou para um corredor vazio e ele me abraçou, como se nunca mais fosse me ver. Como fui tão burro em acreditar que ele me trairia.

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O Recomeço
FanfictionHarry Potter ajudou Draco Malfoy e Narcisa Malfoy no julgamento do Ministério. Agora Draco sente que deve se desculpar por todos esses anos, mas não sabíamos que isso levaria os dois a uma confusão de sentimentos um pelo outro.... Será que agora ele...