Esse ano estava sendo o melhor, minha vida estava boa, sem meu pai me perturbando, minha mãe estava mais feliz, eu estava mais feliz. Meu namoro com Harry estava muito bom, principalmente depois que ele disse que queria uma família comigo.
Meu estágio estava bom, estava melhorando muito, um dia poderei me tornar um mestre de poções respeitável. O estágio do Harry estava bom também, mas estava acabando com ele.
Mesmo que fosse só o Sirius que estivesse dando as aulas, ainda estava bem puxado pra ele.
Tinha dias que ele só chegava tomava banho e ia dormir. Nem comer direito ele comia. Mas ele sabia que seria assim.
Amanhã teria outro jogo, entre Corvinal e Lufa-Lufa. Nesse momento eu estou deitado na cama dele, esperando ele chegar, eu cheguei primeiro, sempre chego primeiro. Mas hoje está demorando mais.
A porta do quarto se abriu e me deu a visão do moreno que eu tanto amava. Ele estava com o uniforme do ministério, um buquê e uma garrafa de vinho.
É claro, por isso ele se atrasou, uma surpresa pra mim.
– Oi. – Ele falou chegando mais perto, e me deu um selinho.
– Oi. Isso é pra mim?
– Sim. Feliz um mês.
– Feliz um mês. – Ele sorriu me entregando o buquê. – Agora vem, eu fiz um jantar pra comemorar.
– Você fez?
– Na verdade eu só peguei as coisas da cozinha. Agora vamos.
– Posso pelo menos tomar um banho. Eu estou precisando.
– Não demore. Vou estar na sala precisa. – Dei um beijo nele antes de sair do quarto.
Sai do quarto correndo e com a garrafa em mãos. No meio do corredor avistei o que poderia ser uma garota. Quando ela me viu veio andando na minha direção.
Desviei dela e segui meu caminho, mas ela veio pra cima de mim. Aí que eu fui entender quem era.
– O que você quer?
– Não está claro o que eu quero Draquinho? – Ela e essa voz melosa, que vontade de dar um soco nela, mas não posso.
– É Dray, desde que você começou a namorar aquele garoto você se esqueceu da gente. – Pronto era só o que me faltava.
– Juntaram os dois pra vir para cima de mim? É sério? Olha se vocês me dão licença, eu vou andando, tenho um encontro com meu namorado.
Sai andando, mas não deu tempo de chegar ao outro corredor antes de ouvir.
– Império. – Merda. Ótimo. Não consigo me mexer. Eu juro que agora vou matar eles.
– Ah Dray, nunca te falaram para não dar as costas ao inimigo.
– Theo, o que será que o Potterzinho irá falar se ele chegar no lugar onde ele teria o jantar e ter outra pessoa com ele?
– Ou melhor, duas. – Não. Não. Não. Não, eles não podem fazer isso.
Eu quero gritar, mas não consigo.
– Olha Astória, ele tem uma garrafa de vinho.
– Sim. E esse é bom e caro. Vamos Draco. Nos leve aonde seria esse jantar. – E eu comecei a andar. Eu não queria.
Faz parar. Foi difícil conseguir a confiança dele, agora acontece isso.
Merda.
Eu juro que mato eles.
Chegamos ao sétimo andar, e paramos em frente a sala precisa. As portas se abriram e apareceu tudo o que eu tinha arrumado para mim e para o Harry hoje.
A mesa preparada para duas pessoas agora são para três. Argh. Por favor alguém me ajude.
– Vamos Dray. Seja um bom cavaleiro. – Seguimos em direção a mesa, e a todo momento eu só queria parar, não queria fazer aquilo.
Puxei a cadeira para a Astória sentar e dei a volta para puxar a cadeira para o Nott também.
Por favor não. Por favor para.
A comida foi servida e nós começamos a comer. Mas não comemos muito.
Astória se levantou do nada e me mandou levantar também e me sentar no sofá. E eu fui porque estava com aquela maldita maldição sobre meu corpo.
Ela abriu minha camisa e arranhou meu peito. Theo veio para o outro lado e começou a deixar chupões no meu pescoço.
QUE MERDA! PARA PORRA!
Naquele momento, senti o meus movimentos de volta, mas a merda já havia sido feita.
Quando me levantei, Harry já estava na porta da sala, com os olhos cheios de lágrimas.
– Harry... – Ele só balançou a cabeça, e saiu.
– Acho que nós conseguimos.
– Tiramos o Potter do caminho.
– Vocês fizeram merda com a minha vida. A ÚNICA VEZ QUE EU ESTIVE FELIZ EM TODA A MINHA VIDA VOCÊS ESTRAGARAM.
– QUEM É VOCÊ PRA GRITAR COM A GENTE ASSIM. IMPÉRIO. – Ao mesmo tempo em que ele gritou a imperdoável, outra gritou.
– Estupefaça. – Minha salvação, acabou de entrar na sala.
Astória foi arremessada contra a parede e eu dei um soco no Theo que caiu desacordado no sofá.
– Nunca pensei que diria isso. Mas obrigado Gina.
– Me chamou de Gina? – Ela me olhou espantada.
– Mas esse é seu nome não?
– Mas você nunca me chamou assim. – Ponderei por alguns segundos, é ela tinha razão. – E então? O que vamos fazer com eles?
– Vamos levá-los a madame Pomfrey. E depois para a diretora.
– Claro. Ele ia usar uma imperdoável com você.
– Ela usou. E ele tentou. Antes de você acertar ela, ele tinha lançando o feitiço, mas parecia que não havia feito efeito.
– Ah sim. Levicorpus. – Os dois começaram a flutuar, e saímos da sala.
– Como você chegou aqui tão rápido?
– Eu estava procurando a Luna. Passei pelo Harry chorando e vim pra dar na sua cara.
– Ata. Agora eu entendi. – Ficamos um tempo sem conversar até chegarmos perto da enfermaria. – Merlin! Harry não vai querer falar comigo mais. Que droga.
– Faz o seguinte. Vai atrás dele. Explica o que aconteceu. Vou deixar os dois na enfermaria e depois eu falo com a diretora.
– Tá bom.
– Vai dar tudo certo.
– Eu espero. – E sai em direção ao salão comunal, decidido a falar com o Harry. Mas acho que os amigos dele não estavam a fim de me deixar passar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Recomeço
FanficHarry Potter ajudou Draco Malfoy e Narcisa Malfoy no julgamento do Ministério. Agora Draco sente que deve se desculpar por todos esses anos, mas não sabíamos que isso levaria os dois a uma confusão de sentimentos um pelo outro.... Será que agora ele...