Harry Potter

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Alguns dias haviam se passado e hoje era véspera de Natal. Nunca achei que Draco poderia ser tão gentil assim.

Durante esses dias eu sempre estou tendo o mesmo sonho, um mar calmo, um céu azul tempestuoso, e uma pessoa com cabelos loiros, que estava se aproximando mais e mais. Mas ainda não tinha visto seu rosto.

Teddy e Andrômeda chegaram um pouco antes do jantar, Sirius e Remus já haviam chegado e eles estavam agindo estranho.

Nos sentamos e jantamos tranquilamente, rimos de algumas piadas e pegadinhas dos gêmeos.

Depois do jantar nos sentamos na sala para trocar os presentes.

- Eu vou primeiro. - Draco disse se levantando. - Primeiro para Sra. Weasley. - Ele entregou uma caixa de veludo preto. Ela abriu e tinha um colar de rubis e diamantes.

- Draco! Meu Merlin! Não precisava.

- Precisava sim. - Eles trocaram um abraço. E Draco voltou a distribuir presentes aos demais.

Fred e George receberam perfumes caros e muito cheirosos. Hermione recebeu uma coleção nova de livros trouxas que ela queria muito. Gina e Ron ganharam vassouras novas. Percy também havia ganhado um perfume assim como os gêmeos. Sr. Weasley ganhou um relógio de ouro muito bonito. Teddy ganhou uma vassoura para crianças e vários outros brinquedos. Narcisa e Andrômeda, ele também presenteou com colares. Não sei da onde ele tirou a ideia de dar uma jaqueta de couro ao meu padrinho, mas ele amou e disse que iria usar sempre que fosse andar na moto. Remus também ganhou um relógio, um pouco parecido com o relógio do Sr. Weasley.

- ... E por fim, Harry. - Ele fez um feitiço e apareceu uma gaiola com uma coruja. Ela era totalmente branca com os olhos verdes. Ela parecia muito com a Edwiges. - Sabia que você ainda não tinha uma coruja, não teve coragem de comprar uma. Então resolvi te dar uma de presente.

Me levantei em um pulo e o abracei, sentindo seu cheiro me invadir. Não me importei nem um pouco com as pessoas ao redor. Ele me apertava em seus braços e só depois que nós separamos e ele limpou uma lágrima percebi que eu estava chorando.

Voltei minha atenção a minha nova coruja e eu fiquei pensando em algum nome a dar a ela.

- É fêmea Harry. - Ouvi Malfoy dizer ao meu lado.

- Então ela irá se chamar Afrodite.

- Bonito nome.

- Sim.

- Draco querido. - A Sra. Weasley chamou o Draco. - Olha eu sei que não é muito coisa, mais é de coração. - Ela entregou um embrulho a ele e eu já sabia o que viria. Um suéter verde escuro com um D desenhado em verde claro com formato de cobra. Assim como os nossas que são vermelhos com nossas iniciais em vermelho mais claro.

- Eu gostei muito. - Então ele olhou em volta e viu que todos estavam com o suéter. Ele tirou o casaco que vestia e colocou o suéter.

- Bom aproveitando que estão todos em clima de festa...

- Six, não é hora.

- É hora sim Moony e eu vou falar.

- Falar o que Sirius? Que vocês estão juntos? - Draco falou surpreendendo a todos.

- Como você sabe? - Sirius o olhou com os olhos arregalados e se for possível Remus ficou o tom de vermelho mais escuro.

- Muito simples. Eu sou muito observador. E vi os olhares e os sorrisos de vocês durante o dia, e a semana quando estavam aqui. Fora os toques de vez em quando.

- Quando isso aconteceu padrinho? Por que não me contaram?

- Queríamos contar quando estivessem todos juntos.

- O que me faz lembrar... - Draco apontou para os gêmeos. - Vocês me devem 5 galeões. Cada um.

- Apostou sobre a gente?

- Claro. A gente também percebeu...

- E apostamos com o Draco...

- Vocês pelo menos poderiam ter esperado até o ano novo não?

- Ou até voltarem as aulas?

Eles entregaram o dinheiro ao Draco e depois ficamos conversando mais um pouco. Subi pra guardar meus presentes, como os outros iriam ficar eu já me despedir pra ir dormir, entrei no quarto e Ron já estava dormindo. Draco entrou no quarto logo em seguida e disse que só ficaram os mais velhos lá em baixo.

– Então? Você gostou mesmo? – Ele disse me abraçando pela cintura.

– Se eu gostei? Draco eu amei!

– Eu ia fazer isso lá embaixo, mas preferi deixar pra fazer aqui em cima.

– Fazer o que? – Ele não me respondeu, me puxou para um beijo calmo e tranquilo que eu poderia facilmente ficar o resto da vida aqui.

– Na próxima, vamos trocar. – Ele falou assim que recuperamos o fôlego.

– Trocar? – Depois de alguns segundos entendi o que ele quis dizer. Minhas mãos desceram pela lateral de seu corpo, enquanto as suas foram para minha nunca. – Quer trocar de lugar comigo? – O puxei pela cintura para ficar mais perto de mim, ele fechou os olhos e suspirou.

– É. Eu quero trocar.

– Certo então...

– EU FALEI TE FALEI MOONY, EU FALEI... TODOS VOCÊS VÃO PAGAR AGORA. – Olhei para trás e vi uma figura se afastando.

– Merlin! Era o Sirius. – Ele arregalou os olhos.

– Vou morrer mesmo. Por que não descer e ver o que estão falando?

– Não vai morrer...

– Vou. Sirius vai me matar.

– Não vou deixar.

Chegamos na sala e todos estavam pagando a Narcisa, Molly e Sirius.

– Mas o que?

– Da mesma forma que o Draco apostou sobre a gente, apostamos sobre vocês.

– Isso aí. E eu ganhei bastante nessa brincadeira. Agora pergunta. Isso aconteceu agora ou antes?

– Não vai adiantar esconder vai? – Draco me perguntou e eu neguei com a cabeça. –  a gente começou a sair alguns dias depois do noivado do Ronald.

Narcisa se levantou em um pulo e Sirius também. Escutei algo sobre, sempre soube vindo de um dos gêmeos.

– Como assim?

– É fácil. Harry não parava um segundo de falar sobre você.

– Sempre dissemos que era tensão sexual acumulada.

– Verdade. Era só dá uns beijinhos e pronto.

– Mãe!

– O que? Falei mentira? Era sempre, Potter pra lá, Potter pra cá, Potter fez isso, Potter entrou no time, Potter tem tal vassoura quero uma melhor. Vou entrar no time só pra esfregar na cara dele.

Enquanto a mãe dele falava o rosto dele ganhava vários tons de vermelho, Fred e George riam dele, assim como os outros.

– Tá legal mãe chega.

– Por que? Eu queria continuar ouvindo sobre você.

– Vamos falar do Harry então.

– Não vão. Boa noite, vamos subir.

Subimos e ele se deitou na minha cama.

– É engraçado.

– O que?

– A gente aqui. – Ele começou a fazer carinho em meu cabelo e eu sabia que logo iria dormir, os carinhos dele são os melhores.

Comecei a fazer movimentos aleatórios em seu peito e os carinhos em meu cabelo continuaram. Aos poucos comecei a cochilar e senti um beijo ser depositado em meus cabelos, levantei a cabeça e dei um selinho nele antes de deitar e dormir.

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