Acordei com uma carícia leve em meus cabelos, iria reclamar porque ninguém pode tocar, a não ser Pansy, minha mãe e é claro agora o Harry. Me lembrei da noite de ontem, e uma enxurrada de sentimentos me pegou. Por que estou sentindo isso? Isso é completamente novo. Claro depois da minha conversa com Pansy ontem, estou deixando me levar, mas tenho medo de que possa me machucar no meio do caminho.
-- Está acordado?
-- Não. -- Ele soltou um riso nasalado e soube que ele achou graça nas minhas palavras. -- O que você quer? Não se pode nem mais dormir em paz.
-- Nada, é só que se quisermos ir para o café da manhã sem perguntas temos que nos levantar agora.
-- Falta quanto tempo até às perguntas?
-- Duas horas e meia.
-- Certo, vou ir primeiro e você finge que acadou de acordar.
-- Por que você tem que ir primeiro?
-- Porque eu demoro mais arrumando os meus cabelos. Já você, bom... Não sei o que dizer.
-- Mas eu sei, saia da minha cama antes de eu te soque por falar mal do meu cabelo. -- Ele disse brincalhão e eu não pude deixar de o observar. -- Anda logo Draco. Não quero responder perguntas hoje. -- Cedi e me levantei, peguei as minhas coisas e fui ao banheiro.
Quando sai os meninos estavam acordados e Harry estava esperando eu sair para entrar, nos encaramos na porta do banheiro e ele entrou.
Harry não demorou muito e já tinha saido, ao mesmo tempo em que Rony entrou. Harry não ficou muito tempo no quarto e saiu logo depois com Rony, me deixando sozinho com Blasie e uma cara de interrogação. Pronto, lá vem.
-- Pode me explicar que encarada foi aquela? Senti a tensão da minha cama.
-- Não foi nada, a gente só se encarou. Nada de mais.
Ele me olhou desconfiado e entrou no banheiro, tratei de sair do quarto antes de mais perguntas, arfei quando cheguei na sala e ele estava sentado em uma das poltronas da Sonserina, encostado tranquilamente com as pernas abertas dando um ar sexy pra ele.
Minha vontade era de sair correndo e sentar lá, mas contive esse impulso e cheguei perto. Depois eu vi que ele não estava sozinho, Pansy estava na poltrona ao lado e os grifinorios na outra. Cheguei perto deles e Harry viu que eu estava olhando, soltou um sorriso pervertido na minha direção e senti uma fisgada.
-- Dray, cadê o Blasie?
-- Quando eu saí do quarto ele estava no banheiro.
-- Ata.
Ficamos conversando mais um pouco até Blasie chegar e fomos tomar café da manhã. Como combinado Blasie perguntou algumas coisas sobre pedidos trouxas para Hermione, e ela respondeu com satisfação sobre isso.
-- Mas porque quer saber Blasie. Por acaso você está de romance com alguma trouxa?
-- Talvez sim. Talvez não. Mas obrigada pela ajuda. -- Ele lançou um olhar para Rony, dizendo que sua parte já havia sido cumprida.
Nos sentamos na mesa da sonserina e muitos alunos estranharam os grifinorios juntos, mas não falaram nada, porque não são nem loucos. Durante todo o café senti os olhares de Blasie sobre mim, mas me manteve firme.
Fomos para as aulas da manhã, e depois para o almoço, eu não tinha pegado mais matérias então toda terça tinha a tarde livre, que vou usar para treinar. Duas horas antes do jantar, ele estava lá, de novo, no meio do campo.
-- Estou achando que você está me seguindo.
-- Seguindo você? Se bem que todas as vezes que venho ao campo você está aqui.
-- Gosto daqui. -- Ele olhou para todos os lados e quando constatou que não tinha ninguém, começou a me puxar pra um lugar. Chegamos em frente ao armário de vassouras. -- Vai me matar e me jogar aí dentro Potter?
-- Talvez. Mas tenho uma ideia melhor. -- Ele me empurrou para dentro e entrou logo em seguida. Trancou a porta e avançou sobre mim.
Não perdi tempo e logo retribui. As mãos dele veio em direção a minha nuca e minhas mãos passearam pelo seu corpo até apertar a sua cintura, pedi passagem pra minha língua e ele deu. O ar nos faltou e ele desceu os beijos pelo meu pescoço, e acabei deixando um gemido escapar quando senti ele me dar um chupão.
O puxei pela coxa e ele entrelaçou as pernas na minha cintura, encostei ele na parede e voltei a beijá-lo, desci os beijos para seu pescoço e ouvi o arfar baixo que ele soltou quando deixei um chupão perto de sua clavícula, voltei a minha atenção aos seus lábios, no mesmo instante em que uma de suas mãos entrou pela parte de cima da minha camisa, e a arranhou, enquanto a outra continuava na minha nuca.
Ele nos separou e deixou um selinho antes de dizer.
-- Acho que não deveríamos fazer isso.
-- Por que não? -- Questionei olhando em seus olhos, quando o coloquei no chão.
-- Eu não sei. Mas acho que isso não é certo.
-- Não precisa ser.
-- Eu sei que não.
-- Acha melhor pararmos por aqui?
-- Acho que sim.
-- Hum... Ok.
-- Mas só até eu entender, só até a gente entender o que é isso. Isso é novo pra mim e sei que para você também é. Me deixa entender primeiro e ver se quero continuar com isso. Ou parar de vez.
-- Tudo bem. Só não espere que quando você entender eu estarei para você. -- Dito isso abri a porta, sentido meu coração se apertar com as palavras dele ecoando na minha cabeça.
Eu fui burro demais em deixar isso acontecer, sabia que eu ia me machucar, mas preferi fechar os olhos. Vou deixar essa história de lado, não quero mais saber de Potter, na verdade não quero mais saber de nada sem ser a escola.
Depois de tudo isso acabei ficando sem fome, aproveitei que todos estavam no salão principal e fui para comunal do 8° ano, entrei no quarto peguei minhas coisas e fui tomar um banho.
Sai do banheiro me sentindo destruído, deitei na minha cama e fechei as cortinas, peguei meu livro de poções e comecei a ler, alguns minutos depois acabei ficando com sono, deixei meu livro no criado e coloquei a varinha perto do travesseiro, me aconcheguei embaixo das cobertas e acabei dormindo.
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O Recomeço
Hayran KurguHarry Potter ajudou Draco Malfoy e Narcisa Malfoy no julgamento do Ministério. Agora Draco sente que deve se desculpar por todos esses anos, mas não sabíamos que isso levaria os dois a uma confusão de sentimentos um pelo outro.... Será que agora ele...