Draco Malfoy

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Fala sério. De tudo o que poderia acontecer hoje, levar Potter bêbado de volta ao castelo era a única coisa que eu nunca pensaria que fosse acontecer.

Ele está de novo tentando tocar o meu cabelo, eu vou largar ele aqui.

-- Quer parar de tentar tocar o meu cabelo.

-- Mas eu só queria ver se ele é de verdade. Ou é neve. Aaaahhhh foi isso então, você colocou neve no cabelo não é?

-- Não Potter meu cabelo não é neve.

-- Poxa. Mas eu não posso tocar mesmo?

-- Pela última vez. Não. -- Olhei pra ele e ele fazia uma carinha de cachorrinho abandonado, tinha bico e tudo. -- Tá bom. Você pode tocar o meu cabelo.

Vi ele abrir o sorriso mais lindo que eu já vi na vida. Paramos e ele levou as mãos até meus cabelos. Senti o toque e fechei os olhos apreciando o contato.

-- Seu cabelo é tão macio. E tão cheiroso. -- Abri os olhos e ele estava tão perto que eu poderia beijá-lo.

-- Já acabou? Agora podemos ir?

-- Já sim. Podemos ir. -- Voltamos a andar. Ele quase caiu 5 vezes na ida ao castelo. -- Espera. Estamos indo ao castelo?

-- Sim.

-- Ah bom. Achei que você fosse me sequestrar.

-- Nunca farei isso.

Ficamos um tempo em silêncio até chegarmos nós portões, aí ele começou a falar.

-- Sabe eu gosto de um garoto que estuda aí. -- Senti um aperto no peito quando o ouvi falar. Por favor não. Mas eu não consigo segurar a língua.

-- E como ele é?

-- Ele é legal. Eu acho ele muito bonito. Opa, quase caí. -- Se eu não seguro ele, ele tinha ido de encontro ao chão. De novo.

-- Ele é bonito e legal e mais o que?

-- Ele é da sonserina. -- Pronto só faltava essa. Ele gosta de alguém, e ainda é da minha casa.

Antes de eu perguntar mais alguma coisa ele tropeçou e caiu me levando junto, ele começou a rir sozinho e eu não achei graça nenhuma.

Me levantei e fiz um feitiço de limpeza e ajudei ele a se sentar. Fiz outro feitiço nele e voltamos a andar mas ele não falava coisa com coisa. Cantava e ria sozinho. E vira e mexe eu tinha que segura-lo pra não cair.

Já estávamos chegando na comunal quando tomei coragem de perguntar sobre o tal garoto. Sempre que penso nisso, sinto um aperto no peito, deixei isso de lado e perguntei.

-- Sobre o garoto. Você não terminou de falar.

-- Ah é verdade. Já disse que ele é da sonserina?

-- Já.

-- Aaaata. Já disse também que ele dorme no mesmo quarto que o meu? -- Ele falou com a cara pensativa tentando lembrar de alguma coisa. Era tudo o que faltava. A gota d'água. Só tinha duas pessoas da sonserina naquele quarto. E uma delas era o Blasie.

Senti uma lágrima solitária escorrer na minha bochecha e limpei ela antes que ele possa ver.

-- Não você não disse.

-- Oh. Mas ele é. Dorme lá no meu quarto. Se eu te falar quem é você promete não contar a essa pessoa.

-- Depende.

-- Ah vai por favor. Purfavozinho. Promete pra mim que não vai falar pra ele. -- Ele me disse com a voz manhosa e quase caiu de novo por que ele literalmente dormiu em pé. Bom, já estava ferrado mesmo. Por que não né?

O RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora