2. Suave

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Lauren Jauregui |Point Of View

Parei na frente dos portões da mansão de meus pais. Era domingo e o nosso superior, nos obrigou a tirar uma folga, pois segundo ele, não ficava bem para a agência que suas melhores agentes parecessem zumbis.

O senhor Ellison Oswalt, ele está conosco desde que me entendo por gente, como vigia chefe deste lugar. Nos via aprontando e nunca nos dedurou. Lembro-me de meu pai furioso, perguntando a ele quem havia destruído o jardim de orquídeas da Guatemala e o Sr Oswalt com a maior cara de não vi nada, deve ter sido o cachorro que espantei hoje cedo do pátio. Resultado, sem castigos e um pedido de desculpas do nosso pai, que nos fez sentir mais culpadas.


- Menina Lauren!

- Tio Ellison.

- Sempre com cara de cansada.

- O trabalho...

- Esse trabalho de vocês... Você deveria ter virado modelo.

- Acho que não sigo os padrões da passarela e não sou muito fotogênica. Mas me dê uma arma e um alvo que lhe mostrarei para o que nasci.

- Venha me dar um abraço, menina. Preciso ter certeza que é você mesma. - Sai da picape e o abracei forte. Ele quer ter certeza de que estou viva. - É você mesmo. Obrigada por voltar.

- Eu sempre volto, tio.

- Entre. Imagino a festa de a Sra Jaregui fará.

- Cuide de longe, caso precisemos de uma ambulância. - Ele sorriu.

Mas aquilo era sério, minha mãe e eu somos muito ligadas. Ela chorou por dois dias quando me mudei para meu
apartamento. E quase me arrastou pelos cabelos para casa, quando meu pai contou a ela que iria estudar para passar na prova para ser delegada do distrito 28 de nossa cidade.

Estacionei minha picape ao lado do Corola de Taylor e entrei na casa. Estavam todos reunidos na sala e ficaram chocados quando me viram.

- MINHA FILHINHA! NÃO ACREDITO! - Minha mãe disse me abraçando forte e eu retribuí. Ficamos um bom tempo assim. - Obrigada por voltar.

- Como à senhora está?

-Agora ótima, mas a saudade por você nunca passa.

- Também sinto saudade.

- Volte para casa. Não precisa largar o emprego, só fique aqui conosco.

- Não sei, mãe. Vamos aproveitar esse domingo? - Ela assentiu. Depois Taylor pulou no meu colo.

- Sua cachorra. Se eu não estou aqui, não nos vemos nunca mais?

- Desculpe Tay. Estou muito em falta com todos vocês. - Depois disso, sentei ao colo de meu pai.

- Minha pequena agente.

- Meu super pai.

Ficamos matando a saudade e depois meu pai foi dar um jeito no almoço. Por mais rico que ele seja, nunca perdeu a
oportunidade de cozinhar aos comigo, assim como minha mãe nos sábados.

Estava um calor intenso, então... Levantei minha blusa, até que o ar condicionado refrigerasse a sala. Os olhos de minha mãe se voltaram para minha cintura e ela sorriu.

- Mãos fortes! - Ela disse, bebericando um suco de abacaxi. Olhei para minha cintura e os dedos de Camila estavam
marcados em quatro pontos roxos na frente e um atrás. Fiquei envergonhada e corei violentamente. - Não fique vermelha, filha. Isso é natural... Só não demore a nos apresentá-lo. - Fiquei pensando.

- Não tenho tempo para namoros, mãe. São só encontros.

- Não com vários homens?

-Não. Sempre a mesma pessoa. - Ela relaxou a posição.

- Faz tempo?

- Um tempo, mas não queremos nada sério.

Depois Tay se juntou a nós e mudamos o assunto.

Passamos o dia juntos e na hora de me despedir, minha mãe me fez jurar que pensaria em voltar para casa e morar com eles.

Dirigi o carro e depois parei no acostamento... Fiquei pensando para onde iria. Camila vai me demolir e não aparecerei com a cara que meu superior quer. Muito relutante, dirigi para meu apartamento.

Quando cheguei à portaria, Camila estava lá.

- Camila? - Ela se virou para mim e depois voltou a olhar para o recepcionista.

- Viu, otario! Eu disse que ela me conhecia.

- Como vou adivinhar? Pensei que você fosse uma mendiga!

- Vo te mostra a mendiga! - Ela disse segurando a gola dele, antes que os seguranças a tirassem dali. Peguei seu braço e a puxei para o elevador. - Aquele puto merecia um soco.

- E você iria presa. Deixe-o para lá, vou liberar sua entrada, faz tempo que te dei meu endereço e pensei que você nunca viria aqui.

- Eu vim algumas vezes, mas eles ligaram para você e você não autorizou minha entrada. Eu sabia que eles estavam mentindo.

- Estavam mesmo. - Chegamos ao meu andar e Camila olhava para tudo muito atenta. Quando abri a porta do apartamento, ela olhou toda minha sala. - Quer beber alguma coisa?

- Não. Só vim te comer. Estou com as bolas estourando. - Ela disse tirando o casaco. - vai ser aqui? -Ela disse apontando para o sofá.

- Melhor na cama. - Ela assentiu e fomos para o quarto. - Fiquei o dia todo na casa dos meus pais, vou tomar um banho.

- Não precisa. Estou com pressa.

- Vou ser rápida.

Tomei um banho e voltei nua para o quarto. Camila estava sentada só de cueca na beirada da cama. Voou até mim e atacou meus lábios.

- Já que você me procurou... Hoje podemos mudar as regras.

- Como assim?

- Queria uma coisa mais suave hoje.

- Forte e rápido. É assim que tem que ser. Você gosta disso.

- Claro que gosto. Não é à toa que te procuro sempre.

- Para de frescuras....

- Só hoje? - Falei fitando seus olhos. Ela se afastou e juntou as roupas, as vestindo logo em seguida. - O que houve?

- Vou embora.

- Camila...

- Esquece agente. Foi um erro ter vindo aqui.

Ela saiu do quarto e eu vesti meu roupão. Olhei pela sacada do meu quarto, ela subindo em um carro muito velho e sumindo na esquina. Depois de uns minutos, Ally e Normani entraram no meu quarto.

- Você está bem? Vimos sua vira lata saindo irritada daqui.

- Estou. -Falei olhando para esquina. - Estou bem.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora