55. Ajudando errado

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Camila Cabello | Point Of View


Lauren estava cozinhando... Ela cozinha todos os finais de semana, dispensa a empregada que a ajuda, pois a casa é muito grande para ela manter sozinha, mas no finais de semana ela faz questão dessa responsabilidade.

Ela tinha o cenho franzido e falava sozinha, os gêmeos estavam me mostrando o projeto de ciências e eu estava ficando tonta de me concentrar nos três.

- Shawn! – Lauren gritou e nos assustou. – Claro! Rico, vingativo e influente, inteligente, manipulador e matava pessoas sem pestanejar.

- Vingativo? – Briana perguntou.

- Matou quem? – Brendon perguntou e parecia assustado, assim como a irmã.

- Melhor vocês terminarem isso no escritório da mama, depois ela revisa tudo. – Eles assentiram e juntaram tudo, saindo da cozinha.

- Mandei muito mal agora, mas eu estava pensando em tantas coisas que o obvio me fugiu. É o Shawn!

- Ele não estava preso? – Ela pensou... Pegou o celular e ligou para alguém.

- Normani... Sim... Preciso saber do Shawn... Eu acho que é ele... Podemos sair para jantar e conversamos sobre o que você levar.


Ela desligou e voltou ao que estava fazendo, mas estava mais concentrada na janela.


×××


Troy, Dinah e eu estávamos sentados lado a lado, com nossos braços em tipoias, por conta da leve desconfiança de nossas esposas no episódio fracassado em tentar enganar as ex agentes do FBI, e olhando para nossas esposas discutindo sobre nossas ameaças.


- Só pode ser o shawn... – Lauren disse e eu levantei a mão para falar. – Calados! Nós resolvemos isso.

- Ela veio com aquele papinho de resolveremos juntas... Somos melhores juntas. – Eu sussurrei e eles assentiram.

- Ally disse o mesmo, mas fica o dia todo falando sozinha enquanto eu cuido das crianças.

- Exatamente! – Dinah disse e nos endireitamos quando vimos que elas nos encaravam.

- Estão falando sobre o que? – Ally perguntou e nós negamos.

- Estamos com fome. Vamos pedir logo?

- Vamos a agencia, lá encontramos o endereço do Shawn e como ele pagou a fiança. Ele deve ter um ajudante... – Elas levantaram e nos deixaram sozinhos na mesa. Nós ficamos nos encarando e Troy gargalhou depois disso.

- Será que elas nos esqueceram ou simplesmente nos ignoraram?

- Não sei.

- Ok. – Eu disse... – Temos armas, somos bons e pensamos quando queremos. Elas não querem nossa medíocre ajuda então vamos fazer do nosso jeito. – Peguei a chaves da minha picape. – Vamos pegar esse cretino sozinhos!

- A primeira coisa que eu escuto de interessante nessas ultimas horas.

- Acho que eu guardei uma coisinha na minha garagem. – Dinah disse e pegou as chaves da minha mão. – Deixam a mestre guiar vocês.


Em pouco tempo, estávamos na casa de Dinah. Ela nos entregou nossas roupas pretas e coletes a provas de balas.


- Acho que agora não falta mais nada. – Troy disse enquanto engatilhava um revolver.

- Bom... Eu sei que antigamente diria para darmos tudo de nós e que nada nos deteria. Antigamente eu não tinha medo... não que eu seja uma covarde agora, mas nós construímos famílias e elas são completamente dependentes de nós... Até nossas esposas, elas são duronas, mas nos amam e precisam de nós. Então... Estou com medo e estar com medo é muito bom, pois vai me fazer ter cuidado redobrado.

- Sim, K. Você está mais que certa, vamos nos cuidar e cuidar uns dos outros.



Lauren Jauregui | Point Of View



Após andar ao redor do antigo endereço de Shawn, decidimos invadir o antigo covil dele.


- Nós quebramos uns oito estatutos federais só na última hora. – Ally disse enquanto Normani abria a porta.

- Precisamos achar provas contra ele.

- Mas não cabe a nós, tudo que reunirmos não será valido... Não somos mais agentes.

- Só precisamos de algo que não transforme os ameaçados em ameaças. – Ela levou a mão a testa.

- Eu sei que é por eles... Só estou assustada.

- Todas estamos, Ally. – Normani falou e conseguiu abrir a porta, o lugar estava vazio, era uma casa pequena do lado barra pesada da cidade, Shawn tinha uma condição de vida boa, era mais um esporte ser capanga da Camila.


Ally caminhou até o quarto e depois voltou, pisando em uma parte do assoalho que fez um barulho diferente. Voltou o peso para o pé de trás e nada, quando se inclinou para frente, novamente o barulho. Ela achou uma argola e a puxou, levantando a tampa do porão.

Pulamos para dentro e Normani foi na frente com a lanterna, logo abriu outra porta... Lá tinha um arsenal de armas e uma parede com fotos minhas e de Camila, separadas e juntas.


- Eu disse que era ele. – Normani se aproximou e Ally pegou um caderno que estava sobre a mesa.

- Um diário... – Ela começou a ler. – Aqui tem tudo que sobre vocês... Ultima data... 15 de abril de 2012. Faz anos.

- Quinze... – Normani repetiu. – No outro dia ele foi até a delegacia e entregou Karla.

- Mesmo assim... Olhem essas fotos. Ele é psicótico, só mudou o lugar, mas tem que ser ele. – Ally exclamou.

- Não sei... – Eu disse e peguei as fotos uma por uma. – Acho que ele precisaria disso que continuasse tentando nos derrubar.

- Não. Ele queria provar que Karla era real com isso, agora ele só quer acabar com a felicidade de vocês.

- Não sei... Eu não pensei nisso de primeira e depois me pareceu obvio e a única opção, mas agora... Está tão fácil e na cara. E se ele estiver mesmo na Canadá com os pais?

- Não sei, Laur... Mas se você estiver certa, voltar a estaca zero não me parece tentador.

- Shawn ficou apavorado com a intersexualidade de Camila, tanto que salvou o pescoço dela.

- Exatamente... Foi o choque e o medo de você, mas agora, ele não tem porque ter medo com uma facção ajudando ele.

- Vocês sabem como eu tenho essas sensações...

- Acha que estamos indo pelo caminho errado?

- Não sei.

- Mas se levarmos em conta as suas sensações... Vamos nos ferrar porque você transava como louca com a criminosa que mais te fez de idiota. – Ally disse e meu queixo caiu. – Desculpe, quando fico nervosa não sei o que falar.

- Bom... Vamos descansar na nossa casa e com uma cabeça mais leve conseguiremos algo.

- Os deixamos no restaurante, eles devem estar muito irritados conosco.

- Nada que um agradinho não resolva.


Normani disse e acabamos sorrindo, depois fechamos tudo e tentamos deixar tudo como estava.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora