50. Tum-Tuns

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Lauren Jauregui |Point Of View




Abri a porta pra Camila, assim que a vi descer do carro e ela sorriu quando me viu.

- Olá, gostosa. – Eu estava com um roupão cobrindo meu corpo. – Senti saudades. – Ela disse e me abraçou. Retribui, pois senti muita falta dela também, mas não foi uma viagem, foram apenas às quatro horas do expediente da tarde dela. Pareceram dois anos...

- Eu também. Vem! – A puxei pelo braço e subi para nosso quarto. Estava tudo a luz de velas... Tinha uma bandeja com doces e a cama estava com os lençóis de seda...

- Amor... O lençol que escorrega. – Ela disse e sentou na cama, alisando os lençóis e me encarou. – Não me diz que esqueci alguma data? Droga! Sou tão estúpida.

- Hey! Não esqueceu, amor. Eu só quis fazer uma surpresa.

- Own. Obrigada, amor. Eu amei.

- Bom... Tem mais duas surpresas... – Ela se ajeitou na cama.

- Oba... O que minha linda e dedicada esposa preparou pra mim?

- Bom... Essa... – Eu tirei meu roupão e o queixo dela caiu. Eu estava apenas de calcinha e ela começou a tirar a calça de uma maneira desesperada... – Essa calcinha é comestível... Disseram que derrete quando esquenta... – Ela prendeu a calça no pé e tirava as roupas como se fosse uma virgem... – Calma, Camz. Tem mais uma...

- Você devia ter me mostrada essa por ultimo. Já estou melando minha cueca. – Ela disse e eu mordi o lábio, pois ela estava
mesmo.

- Mas achei que você gostaria mais da ultima.

- Mais que isso? – Ela sorriu safada. – O que está aprontando, Sra Cabello?

- Bom... – Peguei o embrulho que estava na poltrona e entreguei a ela.

- Huuum... Quer que eu vista algo também? Sua safadinha! – Ela abriu o presente e tirou a roupinha de bebê de dentro dela. Ela parou de sorrir e se ajoelhou na cama. Era um macacão branco e nele estava escrito... “Mamãe Camz, Dentro da mamãe Lolo, agora batem dois corações apaixonados por você!”


Ela começou a chorar... Então eu a abracei.


- É serio, amor? Vamos ter um bebê?

- Sim, amor. Estou com três semanas. – Ela me abraçou mais forte.

- Esse é o dia mais feliz da minha vida. Obrigada, Lolo. Eu amo você demais.

- Não agradeça, é um presente pra mim também. Eu amo você demais, Camz.

- Porque você não disse que estávamos tentando. Eu teria caprichado mais.

- Ai amor. Você sempre capricha... Não se preocupe.

- Bom... Podemos fazer amor normal com o bebê?

- Sim. Só não podemos pegar muito pesado. – Ela assentiu.

- Podemos ir a uma consulta juntas amanha? Já escutou ele? Já sente ele? – Ela perguntou acariciando minha barriga.

- Eu sinto sim, mas os batimentos nós só podemos ouvir daqui a três semanas.

- Legal... – Ela começou a rir. – Vamos ser mães... Eu posso ser papi? Eu quero ser papi.

- Você pode o que quiser.

- Vamos ensinar ela a falar papi... É mais fácil... Vai ser a primeira palavra dela... Ou dele. – Ela levantou da cama.

- Aonde vai?

- Vou ligar pra todo mundo. Eu preciso contar pra todos. – Eu fiquei com uma cara de... "Olha a surpresa que eu preparei, a calcinha está derretendo e é nojento", mas ela estava tão fofa toda feliz que eu só assenti.

Acabei tirando a calcinha e tomando um banho. Guardei os doces e sentei no colo dela no sofá, que quando disse que ligaria pra todo mundo, ligou mesmo. Até para meus pais e Taylor, que ela nem tem uma relação boa.


×××


Quando as seis semanas chegaram, Camila acordou quatro horas da madrugada, acho que ela não dormiu, na verdade, de tão ansiosa.


- Vem pra cama, amorzinho. É cedo.

- Estou ansiosa, amor. Quero ouvir ele logo.

- Mas vai demorar mais se você esperar acordada. - Ela deitou ao meu lado e eu a abracei forte. - Faço carinho pra você dormir.

- Faz? Quero ouvir ele logo, amor.

- Nós vamos, amorzinho. Faltam seis horas.


Eu fiquei fazendo carinho até a pegar no sono. Beijei o rosto dela e deitei em seu peito. O melhor travesseiro do mundo.


×××


Eu acordei primeiro que a poço de ansiedade e tomei um banho. A acordei e logo estávamos a sala do médico.


- Então... Como estão as mamães?

- Eu estou ótima, sendo devidamente mimada por essa mãe ansiosa aqui. - Peguei a mão de Camila que sorria abobada.

- É minha função, não é, Dr? - O Dr sorriu.

- Claro. Mas está ansiosa?

- Claro. Eu sempre quis ter um filho com Lauren... Eu nunca me senti tão feliz e quero escutar ele logo. O que estamos esperando? - Ele riu alto.

- Vamos logo. - Ele disse. - A enfermeira Penny vai preparar você, Lauren. Camila e eu vamos te esperar na sala. – Eu assenti e fui a loira.


×××


- Nossa... já com um relevo?

- Sim. - Eu respondi.

Ele colocou o gel gelado em minha barriga e logo passava o lazer por minha barriga.

Logo estávamos estávamos escutando os tum-tuns . Muitos tum-tuns.


- É ele? -Camila perguntou, já chorando e apertando minha mão.

- Sim... - Médico respondeu apreensivo.

- Aconteceu alguma coisa? Ele está muito rápido. - Camila disse e ela estava certa.

- Na verdade... Não está rápido. - Ele virou pra mim. - Lauren, você contou pra Camila da forma que me falou? Com a roupinha dos corações?

- Sim.

- Sim... Eu vou emoldurar aquela roupinha e colocar no meu escritório. - Camila disse toda orgulhosa.

- Ótima ideia, mas terá que fazer uma pequena alteração.

- Qual? - Perguntamos ao mesmo tempo.

- São três corações. - Ele disse e virou o monitor. - São gêmeos. - Eu sorri e senti o aperto de minha mão diminuir. Olhei para o lado e Camila estava com a mão na boca. Logo ela me abraçou.

- São dois pequenos, amor. Só faltam quatro. - Ela disse e o doutor gargalhou.

- Não é engraçado, dr. Ela não está brincando.

- Mas estou rindo por saber que é verdade.

- Quero os sexos, dr.

- Nessa fase...

- Eu li algo na Internet sobre algum exame bem caro. Eu quero ele. Quero saber os sexos logo.

- Claro. Vamos fazê-lo.


Então... Fiz todos os procedimentos e logo estávamos em casa. Mais duas horas de ligações, pra Camz contar pra todo mundo que eram dois bebês.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora