28. Mentindo para mim?

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Lauren Jauregui|Point Of View

Na agência, arrumaram uma sala para mim e fiquei debatendo com Lisa sobre os pontos que fiquei em dúvida.

- Mas esse Glen Torenti foi liberado por quê?

- Ele pagou fiança, ele e a família dele são muito ricos.

- Ele não falou nada sobre Mike?

- Não. Nem conseguimos o interrogar ele direito, pois o advogado o instruiu a falar só na frente do um juiz.

- Acho que devemos procurá-lo. Fazer perguntas informais.

- Não acho que ele falaria algo, mas podemos tentar.

Ela chamou mais dois agentes e fomos à vinícola do tal Glen.

Ele demorou quatro horas para nos receber. Quando entramos, ele não nos olhou e muito menos nos convidou para sentar.

- O que você quer?

- Reabrimos o caso em que seu nome foi envolvido. Precisamos da sua ajuda.

- Eu não estou na presença de um mandato ou de um juiz. Não vou falar nada.

- Estamos implorando por sua ajuda. Você não vai ser afetado se nos ajudar.

- Não vou falar nada. - Olhei para a estante de livros no escritório dele. Tinha uma foto dele com a esposa e três crianças. Um menino e duas meninas.

- Linda a sua família. - Eu disse e ele sorriu.

- Obrigada.

- Que idade as crianças têm?

- O Julio tem quatro anos. Lia, a da direita tem seis e a Kristen tem 12.

- Eles são lindos... A minha noiva tinha um pai e uma irmã. O pai foi morto pelo Mike e a irmã de dez anos foi sequestrada. Hoje está com 18, mas a minha sogra e minha noiva nem sabem se ela está viva. É uma situação difícil, não acha? - Ele me olhou, olhou o retrato e suavizou a expressão.

- Wallace Hill. É só o que vou falar. Adeus.

Lisa Anotou o nome e saímos dali. Ela mandou buscarem o nome dele pelo rádio e depois de dez minutos, já tínhamos um endereço.

Ela dirigiu até lá, batemos na porta de um apartamento antigo e ouvimos o chão ranger quando nos movíamos. Após um tempo, escutamos passos até a porta e depois de um tempo, os passos viraram uma batidas fortes e nós arrombamos a porta.

- Um fique na escada de incêndio e o outro na entrada. - Ela disse no nextel e eu corri atrás dele. Ela foi para o outro lado e tentou detê-lo, mas ele foi mais rápido.

Quando ele subiu na janela, me atirei conta ele e rolamos um lance das escadas de incêndio. Ele disse algo em italiano e
nos levantamos.

Ele veio para cima de mim e me atacou. Defendi os primeiros socos como Camila me ensinou e já sabia como ele se movimentava. Ele tentou socar meu rosto e eu defendi, torcendo a mão dele. Ele tentou me agarrar com a mão livre, mas levou uma cotovelada no nariz. Peguei minha arma e deixei apontada para cabeça dele. O agente chegou e o algemou. A Lisa Falou algo
e italiano e depois deu risada.

- O que houve? - Eu perguntei.

- Ele disse que o a polícia era ingênua, pois só estava contratando mulheres. Eu perguntei o que ele tinha achado da nossa mais nova e linda agente. - Eu sorri e neguei.

- Adoro quando sou subestimada.

Liguei para Camz e avisei que chegaria tarde, pois havíamos acabado de pegar um criminoso e começaríamos um interrogatório. Ela ficou meio tristonha, mas depois concordou. No interrogatório, ele ficou em silêncio por um bom tempo.

- Vou ter que oferecer liberdade para esse imbecil e livrá-lo de qualquer acusação. Pegar Mike é nossa prioridade no momento. - Assenti e ela começou a conversar com ele, eu entendia muito pouco de italiano, mas como traduziram os arquivos e só colocaram agentes que falam minha língua, Glen falou também falou, não tinha feito diferença até agora. Preciso aprender mais idiomas. Ela sentou se e começou a anotar coisas em inglês e depois de alcançou. Era um endereço. Ele seguiu conversando com ela e ela ficou atenta a tudo.

Após algumas horas, ela falou com os guardas e eles levaram o cara dali.

- Esse é o endereço da facção do Mike. Ele e os capangas vivem ali. É um galpão enorme e caindo aos pedaços por fora,
mas com apartamentos de luxo por dentro. - Ela me mostrou um mapa. - Ele disse que só tem uma entrada, pela frente
completamente vigiada.

- Vamos até lá.

- São onze da noite.

- Só para olhar, passamos na frente e fizemos a volta. Arrume um carro mais comum.

- Vou pedir na garagem para liberam algum modelo comum com os vidros escuros.

- Ótimo. Precisamos ter um acesso alternativo quando invadirmos o lugar.

- Você é tão corajosa. Você é uma mulher encantadora, Lauren. - Ela disse e tocou minha mão. Eu a tirei rápido.

- Mas precisamos fazer isso logo, pois minha noiva está me esperando impaciente no hotel. - Ela endireitou a postura.

- Claro. Vamos indo para saída. - Assenti.

Após uns minutos, um carro parou na nossa frente. Ela pediu para os mesmos agentes nos acompanharem, mas ficou aquele clima estranho mesmo assim. Chegamos ao endereço e tinha uma luz na entrada, mas ela não parecia vigiada e o lugar era um lixo. Ele seguiu a estrada de chão e ela nos levou até uma barragem.

- Então agente... Sua agência tem barcos? - Ela sorriu.

- Você é meio maluquinha... Mas acho que conseguimos alguns.

- Encontramos nossa entrada alternativa.

- Encontramos. - Ela disse. - Vicente, dirija até o hotel de Lauren e vamos para cada. - O rapaz assentiu.

×××

Quando cheguei ao quarto, Camz estava dormindo obviamente. Tomei um banho e coloquei uma camisa dela.

Me deitei ao lado dela e fiquei a admirando. Minha noiva é linda...

Ela abriu os olhos e ficou me encarando.

- Estou me sentindo à amante suja que fica esperando isolada do mundo em um apartamento.

- Desculpe, amor. Esse é o caso mais importam da minha vida depois da Karla. Não posso fracassar de novo. - Ela olhou
para o teto e depois me abraçou.

- Você não fracassou. Você pegou a Karla e a prendeu para sempre. Você é foda, amor. Não noia com isso... Eu que tô fazendo drama... Só sinto sua falta. Estou te vendo menos que antes.

- Falta pouco, amor. - Ela assentiu.

Novamente dormi aos carinhos dela.

×××

O outro dia foi inteiro organizando um plano para invadir a facção do mostro. Cheguei mais cedo no hotel, pois estava tudo esquematizado. Passamos um fim de tarde maravilhoso.

Na manhã seguinte, estava agoniada, mas tentei não transparecer. Abracei-a e a beijei antes de sair.

- Está tudo bem?

- Sim.

- Você está estranha.

- Não. Só estou com preguiça. - Ela me olhou por um tempo.

- Por que está mentindo para mim?

- Não estou mentindo.

- Esta sim. Conheço seus olhos... Você nunca ficou com eles assim.

- Está tudo bem, Camz. Amo você.

- Também amo você. - Ela beijou minha testa e ficou me olhando sair pela porta.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora