19. A paz

2.5K 183 17
                                    

Lauren Jauregui |Point Of View

- Vamos Lauren.

- Minhas roupas não estão entrando, Ally.

- Veste qualquer abrigo e vamos ao shopping. Ou vai de abrigo mesmo, Camila vai estar de chinelo e com aquele casaco fedido.

- Ela não fede, Ally.

- Tanto faz.

Eu coloquei um abrigo da Chanel e uma camisa larga. Caminhei para o espelho e vi que não estava tão mal, mas precisava de um regime urgente. Sai do quarto e Ally me analisou.

- Nossa... Laur. Você é tão linda que até bagunçada fica bem.

- Obrigada pelo bagunçada.

- Bom... Troy disse que ela estuda nesta escola. – Ela me alcançou um papel e eu o coloquei no bolso. – Boa sorte e beije muito se tudo der certo.

- E se não der? – Disse muito angustiada.

- Vai dar... Ela ama você demais, Laur. Isso não muda com alguns meses.

Assenti e saímos do meu apartamento.

Peguei meu carro e coloquei o endereço no GPS. Parei na frente da escola e o carro ela estava estacionado ela. Ele estava com os rodados brilhando e os vidros escuros.

Coloque meus óculos escuros e sai do carro. Perguntei por Camila na secretaria e a moça depois de suspirar, disse que ela sairia da aula em 15 minutos. Fiquei sentada ao lado da sala que a moça me indicou. Quando Camila saiu da sala, tomou um susto.

- Lauren? O que tu ta fazen... – Um homem picarregou. – O que você está fazendo aqui?

- Melhor assim. – O homem saiu.

- Força do habito. – Ela respondeu.

- Sem desculpas! – Ele disse e ela deu os ombros.

- Vim ver você.

- Como soube?

- Troy deu o endereço a Ally. Fiz mal?

- Não. Só estou surpresa. Tenho dez minutos. Está com fome? – Assenti. – o hot dog daqui é muito bom.

Caminhamos até a cantina, repleta de meninas suspirando por onde Camila passava. Ela pegou os dogs e sentamos a mesa.

- Como estão as coisas? – Ela perguntou e eu olhei ao redor. Havia brotado mulheres do chão e sentaram a volta da nossa mesa. Eu pensei em responder que estava tudo uma bosta, que eu estava morrendo de saudade dela e que eu me sinto um lixo longe dela.

- Complicadas. E com você?

- Minha mãe me fez estudar e morar com ela de novo. Nós paramos de roubar e traficar, dividimos o que conseguimos e dividimos umas das contas com os nossos ex-capangas. E eu tenho que limpar a piscina da minha mãe uma fez por semana e ajudar na contabilidade da Ari nos sábados.

- Nossa... Você está falando tudo certinho.

- Voltar a estudar foi incrível. Eu comecei a lembrar de um monte de coisa que tinha aprendido e quando vi, já estava adiantada.

- Que ótimo. Fico feliz por você.

- Obrigado. – Ela mordeu o hot dog e procurou por guardanapos na mesa. Umas dez mulheres alcançara os próprios para ela, mas ela agradeceu e caminhou até a senhora da cantina.

Ela voltou e terminamos de comer. Depois fomos sentar no banco ao lado da sala dela.

- Você está bem? – Ela perguntou calma e ficou me encarando.

- Eu sinto sua falta, Camila.

- Eu também, Lauren. Por mim... Eu estaria morando na frente do seu prédio. Mas minha mãe, Troy e Dinah, até Ally, me pediram para te dar espaço pra pensar. Que droga! Eu estou morrendo de vontade de te abraçar e não estou pensando direito. – Eu abri os braços e ela me abraçou forte. Cheirei o pescoço dela e quase chorei quando senti o perfume dela.

- Eu amo você, Camila.

- Também amo tu, branquela. – Eu sorri contra o pescoço dela. – Você e tu são os mais difíceis.

- Eu prefiro o tu nesta frase. – Ela se afastou um pouco e colou nossos lábios, invadiu minha boca com sua língua e eu levei minha mão até a nuca dela. Foi como se toda a angustia que senti esses meses, tivessem sido arrancadas do meu peito. Ela colou nossas testas e me deu vários selinhos.

- Como senti sua falta, Lauren. Você não tem ideia.

- Eu também, Camila. Queria ter sido menos orgulhosa e ter te procurado antes.

- Está tudo bem. Eu teria esperado anos por você.

- Você é incrível.

- Está na hora, senhorita Cabello. – O homem que corrigiu Camila falou e ela assentiu.

- Você vai me esperar? Quer me esperar na minha casa? Quer que eu vá te ver depois? Nós vamos nos ver de novo, né? Você não vai sumir de novo? – Ela disse desesperada e eu a abracei.

- Não te largo mais. Vou fazer um jantar para nós... Podem chegar ao meu apartamento as 21h. Ok?

- Sim. – Ela me deu outro beijo e me acompanhou até o carro. Depois correu para a sala dela e eu fui contratar um serviço
de limpeza para a zona que virou meu apartamento. Enquanto eles limpavam, fui até um shopping e comprei umas roupas novas, com minhas novas numerações.

×××

Eu estava sentada no sofá, olhando o relógio na parede e ele nunca chegava às 21h. Estava com um vestidinho solto e descalça. Minha casa estava um brinco e fiquei até com medo de pisar nele.

Meu telefone tocou.

- Lauren... Os seguranças estão me arrastando... – Eu nem esperei ela terminar e corri para a sacada do prédio.

- HEY! – Eles me olharam. – A SOLTEM. ELA TEM PASSE LIVRE AQUI, NÃO ENCOSTEM NUNCA MAIS NELA.

- DESCULPE SENHORITA JAUREGUI. A SENHORITA HAVIA PROIBIDO...

- NÃO IMPORTA O QUE EU DISSE ANTES, AGORA ELA PODE ENTRAR A HORA QUE QUISER AQUI.

Eles a soltaram. Ela arrumou as roupas. Depois de uns minutos, chegou a minha porta e bateu na mesma.

- Obrigada Lauren...

- Desculpe. Esqueci-me de avisar na recepção.

- Tudo bem. – Ela me puxou pela cintura e colou nossos lábios. Ela entrelaçou os dedos em meu cabelo e aprofundou o beijo. Levou a outra a minha cintura e me puxou para perto.

- Hey! Vão com calma, crianças. Fechem a porta. – Nos separamos e Normani nos encarava.

- Olá Normani.

- Oi mendigata. – Estranhei a cordialidade.

- Que bom que você voltou. Lauren estava nos preocupando. – Ela assentiu e Mani saiu.

- Vocês se dão bem?

- Ela fica com a Dinah. Eu vejo ela e a baixinha direto.

- Bom... Está com fome? – Ela analisou meu corpo.

- Estou faminta.

- Vamos jantar?

- Agora? Eu estou faminta de outra coisa...

- Depois do jantar... Saciaremos nossa outra fome.

- Muito bom. Meu pau estava ficando roxo. - Eu gargalhei e ela fechou a porta.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora