36. Casamento

1.7K 126 10
                                    

Lauren Jauregui | Point Of View







- Lauren... Me diz que sua irmã está brincando...



- Lógico que ela está, amor. Não é Tay? - Tay negou.



- Você é casada!



- Não sou mais. Foi só um beijinho, nada sério. - Camila fechou os punhos e ficou vermelha. Eu a peguei e a retirei dali, bem devagar, mas ela não parou de encarar Taylor... Como um cachorro brabo, só esperando a pessoa correr para atacá-lo.



- Só um beijinho... Ela acha que minha irmã é o que?



- Olha Camz... Sei que ela é sua irmã, mas ela é uma mulher e pode aproveitar a vida. Ela passou muito tempo presa. - Camila continuava encarando Tay, que conversava algo com Sofia, que se inclinou, selando os lábios dela.



- Cadê minha arma? - Ela disse e tentou ir até elas, mas eu a segurei.



- Camz... É minha irmã.



- E a minha.



- Então... Concunhadas.



- Né...asaisnnão...



- Camila! O que conversamos sobre você me xingar em sinais.



- Eu não vou aceitar...



- Não estou pedindo para aceitar, só deixe sua irmã fazer as escolhas dela.



- Azaindakalla...



- Camila!



Camila sentou no sofá, ficou com a cara que é um réu e acabou subindo para meu antigo quarto para dormir.



- Taylor... Você não pega leve com ela mesmo.



- Eu não sabia que ela era tão ciumenta. - Taylor disse e Sofia recostou a cabeça no ombro dela.



- Ela ficou anos longe da irmã... Você quer o que? Ela vai proteger Sofia com todas as forças agora. Não são ciúmes, ela só não quer que a irmã sofra de novo.



- Desculpe. Não tinha pensado nisso.



Caminhei até o quarto e Camila estava olhando pela janela. A abracei por trás e beijei a nuca dela.



- Não quero que a vida a machuque de novo.



- Eu sei, amor. Irmã pode ser louca, mas não é um ser humano ruim. Ela vai cuidar bem da sua irmã, caso elas fiquem juntas.



- Eu não vejo futuro nisso.



- Falou a criminosa que se apaixonou pela agente responsável por seu caso. - Ela sorriu.



- Mas a gente transa gostoso.



- Que safada. Só está me usando para sexo?



- Sexo? Você chama a obra de arte que deveria ter uma musica em homenagem de "sexo"?



- Como eu devo chamar?



- obra de arte que deveria ter uma musica em homenagem. - Eu dei um tapinha no rosto dela. - Olha aí... Já fiquei de pau duro. Amo quando você bate na minha cara... Lembra-me os velhos tempos.



- Você ama porque é uma cachorra safada.



- Você fala como se não amasse o meu jeito.



- Eu amo tudo em você, não só o jeito.



- Vai me amar daqui a trinta anos?



- Vou te amar daqui a sessenta, mesmo sabendo que você vai ser uma velhinha muito ranzinza.



- Bom saber... Então... Quando vai me dar um herdeiro?



- Depois do casamento.



- Careta!



- Falta pouco. Você quer um menino?



- Eu não tenho preferência... Eu vou ser louca por qualquer um.



- Você vai me abandonar?



- Não. Vou saber dividir meu tempo. - Ela beijou minha testa. - Amanhã entregam nossa casa.



- Eu estou tão ansiosa.



- Está do jeito que você queria.



- Eu sei, mas quero logo entrar nela.



Ela sorriu e me abraçou. Ficamos assim até minha mãe nos chamar para o almoço.




×××




No dia do nosso casamento, eu estava nervosa como nunca. Meu vestido branco com uma calda enorme e o véu cobrindo meu rosto. A Igreja Presbiteriana parecia mais bonita hoje... As portas se abriram e eu a vi. Ela estava linda com a parte de cima de terno feminino e a calça masculina. Era cinza e ela tinha os cabelos presos em um coque bem feito alto. Ela se emocionou quando me viu. Sim, a temida, Karla está emocionada só de me ver.



Meu pai me entregou para ela e ela o cumprimentou. Ele sussurrou algo para ela que assentiu. Segurei seu braço e ficamos ouvindo o discurso do padre.



Combinamos de não fazer votos, pois sempre estamos nos declarando e achamos que isso tinha que ser uma coisa particular. Troy alcançou as alianças para ela e ela estava tremendo tanto que quase não conseguiu colocá-la em meu dedo. Troy e Dinah eram os padrinhos dela, Tay e meu chefe, Jack, eram os meus.




×××




Na festa, dançamos muito, mas Camila estava com a expressão de exaustão evidente. A arrastei para limusine e fomos para o meu apartamento, pegar nossas malas e viajar para o Caribe.




×××



Depois das horas de viagem, caímos na cama do hotel e ficamos nos encarando.



- Como se sente, Sra Cabello? - Ela perguntou com um sorriso enorme e dando ênfase ao sra.



- Muito bem, minha esposa.



- Fala de novo!



- Minha esposa... - Eu a beijei. - minha esposa... - Eu sussurrei no ouvido dela. - Minha esposa. - sussurrei mais rouco.



- Eu não posso dizer que esse é o dia mais feliz da minha vida, pois todos os dias ao seu lado são uma dádiva. Cada dia você faz uma coisa, um torradinha com um coração e eu já me derreto toda. Você acabou com tudo de ruim que tinha em mim. Eu nunca vou cansar de dizer que você é a mulher mais incrível deste mundo, que é a mulher da minha vida e que eu amo tu mais que tudo. - Ela disse e eu já me derreti toda. Marejei os olhos.



- Camz... Você não tinha nada de ruim, só se defendia do mundo de uma maneira diferente.



- Você é tão perfeita, Lo. - Ela me abraçou. - Amor... Sei que a tradição é de fazer amor, mas eu não aguento nem levantar meu braço. - Eu sorri.



- Tudo bem, Camz. O dia foi cansativo e a viajem mais. - Levantei, tirei a roupa dela, a deixando só de cueca. Depois vesti uma bermuda e uma camiseta larga nela.



Ela acompanhava meus movimentos atenta. Liguei o ar-condicionado e troquei a roupa de viajem por uma camisola.



Aninhamo-nos e ficamos de conchinha.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora