39. Minha Latina

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Lauren Jauregui | Point Of View








Meu coração disparou. Não! Agora não. Ela é a única coisa que me importa...



- Não. Camz!



- Ela é a Karla, Laur. Ela enganou a todos nós. - Normani disse.



- Onde estão as provas disso? - Eu disse.



- Temos uma testemunha. A levem daqui. - Normani disse e os agentes levaram Camila.



- NÃO. CAMZ! LARGUE ELA! - Eu tentei correr, mas minha cintura foi agarrada.



- Calma filha.



- Não, pai. Ela... Ela não pode ser presa.



- Eu sei, amor. Mas você não pode ir pra lá deste jeito, como civil e totalmente descontrolada. Vá para casa, tome um banho e pegue seu crachá.



- Pai... Ela é mesmo a Karla. - Meu pai bateu no meu ombro.



- Eu sei, filha. Você não ficaria desse jeito se não fosse. Mas... Vamos dar um jeito. Vou pegar um advogado e te esperamos na agência.



Assenti e fui para meu apartamento. Não entraria na casa nova sem Camz.



Quando fui para agência, meu pai estava conversando com Pedro, que é meu chefe e padrinho de casamento, eu queria chorar, mas Camila precisava de mim.



- Agente Jauregui.



- Senhor Costa.



- Não acredito que fui padrinho de casamento da bandida mais procurada desta agência.



- Para você ver como são as coisas. Quero vê-la.



- O quê?



- Quero ver a minha esposa e na minha sala, sem câmeras.



- Lauren... Sei que você está confusa...



- Pedro... Acho melhor elas conversarem. Quem sabe para Lauren ela fale alguma coisa...



- Tudo bem. Vou pedir para levarem ela até sua sala. - Ele saiu.



- Olha, filha. Conversei com Camila e ela está certa. Melhor você fingir que não sabe de nada.



- Porque isso?



- Não vai prejudicar seu emprego.



- Estou pouco me lixando para esse emprego... Se tiver que ajudar a Camila a fugir, faço isso.



- Lauren...



- Não, pai. O Sr pode achar ela um monstro agora, mas ela só estava procurando a irmã. Ninguém a conhece como eu. Ela é um ser humano incrível e não merece estar aqui.



- Eu sei. Não a acho um monstro, mas pensamos que gostava do seu emprego.



- Eu amo meu emprego... Mas não vou pensar duas vezes para ajudá-la.



Fui até minha sala e Camz entrou com as mãos algemadas.



- Tirem essa porcaria dela. - O rapaz rapidamente a soltou. Camila levantou o rosto e estava com o olho roxo. - Amor... Ele que te bateu? - Eu disse avançando no oficial.



- Não, amor. Só me abraça. - Eu a abracei e desabei nos braços dela. Sei que devia dar força para ela, mas eu estava desesperada. Ela fechou a porta e se escorou na mesma. Não sei quanto tempo ficamos abraçadas, mas não queria sair dali. - Desculpa te fazer passar por isso...



- Hey. Vamos resolver isso.



- Não sei, amor. Eu falsifiquei todos os registros sobre Estrabão, mas não sei até que ponto Normani vai procurar.



- Preciso conversar com ela.



- Me beija, amor. - Aproximei minha boca da dela e iniciamos um beijo intenso. Minhas mãos foram para a nuca dela e as dela para minha cintura... Nem sei por quanto tempo nos beijamos, depois ficamos de testas coladas por um tempo.



- Como ficou nossa casa?



- Eu não entrei nela.



- Por quê?



- Você não estava lá para me carregar no colo.



- Vou te pedir uma coisa. Essa coisa não se encaixa muito no momento.



- Todas.



- Pare de se prevenir. Precisamos de um filho. Realmente... Nunca sabemos o que pode acontecer amanhã.



- Tudo bem, amor. Quantos filhos você quiser.



- Você quer também?



- Claro, amor. Quero muito uma garotinha. - Ela sorriu. - O que foi?



- Quando meu papa era vivo, ele dizia que quando casais tinham filhos homens, as mulheres da relação eram mais fogos as e quando tinham meninas, os homens eram. Por isso eu nasci assim... Os dois eram.



- Bom... O que você acha?



- Não sei em qual categoria me enquadro. Mas quero uma menininha também.



A conversa estava tão boa, que quase esqueço o inferno que estávamos enfrentando.



- Vou tirar você daqui. Prometo.



- Não fique nervosa ou estressada. Eu vou ficar bem, preciso da sua ajuda, mas não quero você estressada e mal por causa disso.



- Tudo bem. Vou deixar um dos meus agentes de confiança cuidarem de você. - Ela sorriu.



- Ok.



- Fique sentada aqui. Vou conversar com Normani.



- Não vou a ligar nenhum. - Ela disse piscando pra mim.



- Não brinque com isso, boba. Eu fico triste.



- Ai meu amor. Vai ficar tudo bem. - Ela disse me abraçando.



Dei um selinho demorado nela e sai dali. Caminhei até a sala de Normani e entrei.



- Oi Laur. Que bom que você veio. Sei que vai ser difícil no começo.



- Quem denunciou?



- Shawn.



- Ele não estava no programa de testemunhas?



- Sim. Mas saiu, queria provas sobre Camila e não arrumou, mas a denunciou.



- Então vocês não têm provas?



- Tecnicamente... Não. Mas temos uma testemunha.



- Então... Amanhã mesmo consigo levá-la para casa.



- O que? Lauren... Ela enganou você.



- Não. Eu sei de tudo. Ela já havia me contado.



- Como você se casa com uma criminosa?



- Que parte do "Eu amo essa mulher mais que tudo na minha vida!" Você não consegue entender?



- Mas ela... Ela... Você sabia desde sempre?



- Não. Descobri depois. Olha Normani, estou com vontade de bater na sua cara, mas vou mandar a real. Você odeia minha cretina e todos sabem disso. Você ama dinah, Ally e é muito amiga do Troy. Se a Camila ficar presa, se essas acusações não desaparecerem e o imbecil deste imundo nojento do Shawn não for preso por dar informação falsa... Trago Dinah e Troy para cá amanhã mesmo. Adivinha quem eram os comparsas dela? - Ela arregalou os olhos. - Isso mesmo. Minha deusa latina presa... Sua vida vai virar um inferno. Não vou te deixar em paz. Camila está recomeçando e não merece passar por isso. Estou te dando um prazo, tem até amanhã para minha esposa entrar me carregando na nossa casa e fazermos amor em todos os cantos daquela casa. Até amanhã... E ela não vai voltar para a cela comum. - Eu disse e deixei Normani de boca aberta.

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