67. Beijos

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Camila Cabello | Point Of View


Revisando os lucros e pensando se investiria no projeto que Tay me apresentou. Lauren entrou no meu escritório e eu estranhei, ela tinha muitas aulas agendadas para hoje.


- Lo? Que surpresa. – Fechei meu laptop e levantei para abraçar ela.

- Precisamos conversar.

- Sobre?

- Olha aqui. – Ela me procurou algo no celular e me entregou o mesmo.

- Mãos dadas? – Eu a encarei não entendendo o recado.

- Mãos conhecidas, Camz. Olha quem postou. – Olhei o nome da conta do Instagram. Brendon Jauregui Cabello. – Fiquei um tempo tentando entender o que estava acontecendo. – Não é a Bri?

- Não! Samara Weaving. Você não está lendo o nome dela marcado aí?

- Você sabe que eu não entendo dessas coisas. – Cliquei no nome dela e abriu sua conta. Nossa... O menino mandou bem. – Ela é gata.

- Você sabia?

- Não. Samara ele nunca comentou.

- Ele comentou sobre outras?

- Lauren... Eles tem dezesseis anos... Estão na idade. Não acha mesmo que eles nunca beijaram?

- Brianna me contaria caso fizesse.

- Brendon já beijou, Lauren. Com quatorze anos naquele joguinho da garrafa. Você sabe disso.

- Camila... ele está namorando?

- Não, amor. Ele me falaria se estivesse.

- Camila...

- Lauren... não fique paranoica. Ele está só curtindo, logo será a Bri... Isso é natural.

- Camila... Você quase matou minha irmã porque ela beijou a sua. Porque está tão tranquila em relação a isso?

- E adiantou? Elas não estão juntas e com um bebê novo? Você namorou na adolescência, adiantava seus pais impedirem?

- Meu Deus. Que ser evoluído. – A puxei e selei nossos lábios.

- Você fica sexy quando é irônica. – Ela abraçou meu pescoço.

- Eles cresceram muito rápido.

- Super. E são tão lindos... Você me deu filhos maravilhosos, Lo. Você é incrível. – Ela encostou a testa na minha e rocei nossos narizes.

- Você que é incrível. Eu tenho tanta sorte.

- Eu que sou sortuda pra caramba. – Selei nossos lábios várias vezes e ela levou a mão até minha nuca para aprofundar o beijo. Me escorei na mesa e abracei sua cintura mais forte, a trazendo ao meu encontro.


Estava perdida naquela boca, a língua dela acariciava a minha e nossos movimentos foram ganhando intensidade.


- Se você não quer mais dois melhor me parar.

- Eu não quero parar, mas só adiei uma aula pra vir conversar com você. – Ela selou nossos lábios e me abraçou forte.

- Vou buscar eles na escola e falo sobre isso. Okay?

- Fale mesmo.

- Eu vou.


Ela me beijou mais uma vez antes de sair da minha sala e eu demorar a me situar no que estava fazendo antes dela chegar.


×××


Parei na padaria antes e convidei os meninos para um café.

- Como foi a aula?

- Legal. – Brendon falou.

- O idiota do seu filho está dando confiança pra puta da minha amiga.

- Brianna!

- Okay! Sem brigas. Eu trouxe vocês aqui porque a Lauren viu a foto e acha que vocês vão casar amanhã.

- Do jeito que eles estão não duvido nada.

- Porque ela tem ciúmes de mim?

- Você surtou porque o Greg me deu bom dia.

- Aquele babaca não é pra você. – Eu só observava os dois discutindo e comia a torrada que pedi.

- Melhor que essa puta que você se esfrega.

- Parem os dois. – Tomei meu refrigerante. – O negócio é o seguinte, nós somos amigos, vocês ficam contando as coisas pra mim. Eu amo isso, mas hoje, quando a mãe de vocês chegar, vocês vão conversar com ela. Brianna vai contar que beijou esse Greg.

- O QUE? VOCÊ O QUE?

- Brendon... Não grita. Sua irmã beijou alguém, não surta.

- Mas ele...

- Eu não quero saber. Ela já me falou dele, aconteceu... Acabou. Lauren colocou o pé em casa, vocês falem pra ela tudo.

- Mas ela vai pirar.

- Só no começo, depois ela vai entender. Ela é muito cheia de regras, mas vai gostar que vocês confiem nela.

- Tudo bem, Papa. Vamos conversar com ela.

- Perfeito. Vamos comer que eu estou com muita fome.


Falei e eles assentiram. Comemos bastante e levamos uns sonhos para depois do jantar.


×××

Peguei os tablados de metal que Lauren usa para plantar os temperos que gosta usar e organizei sob a estrutura que construí com os meninos para não pegar o sereno da noite, ouvi o carro de Lauren e fiquei gastando tempo para eles conversarem melhor.



Lauren Jauregui |Point Of View


Nem coloquei o pé na nossa casa e os meninos me esperavam no corredor.


- Olá.

- Oi, mama. – Eles me abraçaram e ficaram fazendo senhas um para o outro.

- O que aconteceu?

- Brianna quer falar com a senhora. – Ele disse empurrando a irmã para frente.

- Bom...  a do Brendon é mais importante.

- Falem logo, estão me deixando nervosa.

- Irritou ela, seu idiota. Vai ser lindo de contar.

- Quem beijou o babaca foi você, o problema é seu.

- Quem quer a puta é você

- Parem os dois! – Me assustei com o grito duro de Camila que de fez presente. – Fez vinte minutos que estou lá fora e vocês não começaram ainda. Isso é jeito de falar com a mãe de vocês? Vamos ter que organizar um de cada vez pra falar?

- Não, papa. Eu vou falar primeiro.

- Falar o que?

- Calma, Lo. É coisa pequena, mas eles estão com medo da sua reação.

- Não precisam ter medo. – disse, mas eu estava muito nervosa.

- Eu já beijei algumas garotas, mama. E agora vou beijar a amiga da Bri.

- Ela não é minha amiga. Ela só se aproximou para ficar com você. – Brianna disse e ficou na minha frente. – Mama, beijei um garoto aí, mas eu ele é bem idiota e nunca mais quero o ver.

- O que ele fez, Bri? Eu arrebento a cara dele. – Brendon se exaltou.

- Brendon! Eu já falei que sua irmã e eu já resolvemos esse assunto. Não me irrita. – Brandou desestufou o peito.

- Desculpa, papa.

- Porque vocês não me contaram antes?

- Você é braba, mama. Estávamos com medo.

- Mas não devem ficar. Eu sou mama de vocês e quero ser amiga também. Quero que confiem em mim, como confiam na Camz. Okay?

- Okay, mama. Você é demais. – Eles me abraçaram e saíram dali.

- Depois vou querer mais detalhes, tudo bem?

- Sim. – Eles continuaram a subir as escadas e Camila me abraçou.

- Está bem mesmo, amor?

- Sim, mendigata. – Ela gargalhou.

- Fazia tempo que não me chamava assim... – Ela sorriu de lado. – Vamos ter que relembrar os velhos tempos. – Ela já disse naquele tom safado.

- Não... Eu preciso de um banho, dei aulas até agora.

- Eu não me importo.. – Me esquivei dela e comecei a correr. – Eu vou pegar você, Agente. E não vai ter clemência.


Eu gargalhei e corri até o banheiro, me trancando nele.

- Bom... Você não levou roupa, vai ter que sair daí sem ela... Mais fácil pra mim.

- Idiota.


Ela gargalhou e realmente ficou me esperando. Depois que sai, não tivemos tempo para nada, pois os meninos reclamaram de fome e fomos jantar fora.

Os meninos me falaram sobre tudo que fizeram e Camila ria das minhas caretas. É... Eles cresceram mesmo.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora