59. Dakota

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Camila Cabello | Point Of View


Novamente um balde de água foi jogado contra meu corpo, resmunguei e ele gargalhou.


- Estou amando esses dias, não sabe como a Lauren tem me procurado para desabafar.

- Ela... ela... es... – Parei para respirar. – Bem? – Ele ficou me encarando.

- Você é bem resistente, Cabello. – Ele se escorou na porta. – Ela está muito triste, mas nada que o tempo não resolva. – Ele jogou o balde não chão. – Eles disseram para seus filhos que você está viajando. – Eu comecei a chorar. Chorar muito... estou com tanta dor e com muita saudade deles. – Não chore, Camila. Logo minha amiga vai chegar.


Ficamos encarando um ao outro. Ele soltou meus pés, eu nem força tinha para chutar.

- Ela já devia ter chegado, vou ver o que aconteceu. Ela deve estar se preparando para machucar você mais.


Eu sorri... Porque não sei se sinto mais dor. Quando ela entrou na sala... Demorei para focar meu olhar nela.

- Você a matou?

- Não... Mas quase.

- Essa sala está fedendo.

- Queria que eu desse banho nela?

- Eu disse que queria ela consciente.

- Ela está!

- Camila... Lembra de mim? – Fiquei a encarando... até arregalar meus olhos. Caramba...


Flashback on

Entrei na casa da minha ficante... Caminhei até a cozinha e a irmã dela está ali.

- E a minha vadia?

- Não sei. Chegamos e ela não estava. Não atende o celular. – Olhei para ela... E a moça. – Essa é a namorada...

- Só transamos.

- Essa é a transa da Dakota. Essa é Selena, a melhor amiga da minha irmã.

- E ae? – Eu disse apertando a mão dela e ela sorria para mim. – Demora muito?

- Eu cheguei cedo aqui, mas acho que ela nem dormiu em casa.

- Durmiu lá na minha baia. Enrolo que ia tá aqui e pah.- Elas se olharam e sorriram.

- É dela que a Dakota fala? – Ellen assentiu e sorrindo as duas ficaram perto. – Você acha legal duas mulheres se beijando?

- Que? – Ela começaram a se beijar... – Uou.. – Aquilo era melhor que filme. Elas ficaram se beijando e se alisando...

- Já que ela não está... – Ellen disse se aproximando, Selena sorriu para ela. – Podemos ajudar você com tudo isso. – Elas tiraram a minha camiseta... Bom, elas que são parentes da outra, eu que não vou dizer não. Beijei a Ellen de maneira bruta, fazia tempo que ela me estava me tentando, a outra ficou de joelhos... Ai ai. Vai ser melhor que o esperado.

×××

- MAS QUE MERDA É ESSA? – Pulei da cama, Ellen e Selena estavam nuas e eu também. – CAMILA?

- Dakota? – Selena se levantou. – Sinto muito.


Levantei e Dakota pulou em mim. Me encheu a tapas e me acertou um chute... Bem no saco. Elas se atracaram e eu fugi dali.

Flashback off.


- Dakota?

- Isso mesmo. – Eu tossi... – Aquele Mark é um imbecil. Você nem vai me escutar.

- Por... Que? – Mark não estava mais ali.

- Você foi uma filha da puta comigo, Camila... Na minha cama... Você nem se desculpou.

- Eu... Não... Fiz sozinha.

- Minha irmã e a Selena estão mortas. Só falta você. Encontrei você faz tempo e estava te seguindo, Mark percebeu e disse que tinha um plano. Shawn fracassou e Mark disse que teria que ser em longo prazo e precisaríamos de muita grana. Grana eu tenho... Como você deve lembrar. Tive que esperar anos, mas finalmente minha vingança vai terminar.

Como ela usou a palavra matei... Fiquei quieta.


Lauren Jauregui |Point Of View


Não encontramos nada... Essa foi a frase que mais ouvi nesses dias, estou com raiva... Raiva por não saber nada sobre...
Que droga. Estou na agência, estou morando aqui. Troy, Ally, Dinah e Normani estão comigo.


- Ela é forte. – Troy disse. – Ela está se virando, pessoal. Não vamos ficar com cara de enterro... Precisamos pensar. Quem mais tem motivos?

- Como vocês estão? – Mark entrou na sala. – Precisa de algo, Lauren? – Ele me encarou... Mark...


Flashback On...

- Quem é essa mendiga? – Mark perguntou sorrindo debochado quando as portas do elevador se fecharam.

- É minha amiga e não a chame de mendiga, o nome dela é Camila.


Saímos para a festa e depois fomos para a casa de campo dele. Foi uma droga, cada segundo com ele me fez enxergar que estar com Camila era melhor e como eu queria estar me entregando a ela.

×××

- Não acredito que me trocou pela maltrapilha. – Mark disse pegando café.

- Somos amigos, Mark. Apaixonada mesmo eu sou pela Camila. E não a chame assim... Ela tem nome.

- Estou pouco me ferrando, ela não serve para você.


Ele disse e se afastou.

- Pode falar comigo se precisar de ajuda...

Flashback off



... Lauren pelo amor de Deus acorde... – Ally estava me abanando.

- Estou bem, Mark. Quem sabe eu precise de uma carona à noite.

- Ótimo. – Ele sorriu. – Eu passo aqui à noite. – Ele saiu.

- Carona? Você está de carro. – Ally disse e eu neguei.

- Dinah... Você viu uma assinatura na agenda?

- Sim.

- Consegue copiar ela? – Ela ficou indecisa. – Lembra de todos os detalhes?

- Acho que sim. – Ally entregou uma folha e uma caneta. Dinah ficou um bom tempo desenhando... Depois dizendo que não era e começando de novo. Muito tempo... Ou minha ansiedade estava gritando. – Acho que é o melhor que consigo. – Não era a mesma coisa, mas era bem parecida.

- Mark. – disse pegando as chaves.

- Aí meu Deus. Claro. – Normani exclamou. Eles me seguiram, fomos conversando, como se nada tivesse acontecido.

Entramos no carro de Mani e fizemos a volta no quarteirão.

- Todos estão armados? – Eles levantaram as armas. – Vamos esperar ele sair... Provavelmente será no almoço.

Ali ficamos. Até ele entrar no carro. Seguimos ele, Mani manteve uma distância razoável. Ele parou no prédio dele, passamos reto para ele não desconfiar e estacionamos na rua de baixo. Após uns minutos, ele cruzou por nós.

- Acha que ele está desconfiado?

- Vamos ter que arriscar.


Novamente o seguimos, fomos até a alta estrada.

- Acho que ele vai para a cabana dos avôs dele. – Eu disse e Mani concordou. Ele dava festas enormes ali. Ele dobrou e deixamos o carro ali, para não chamarmos a atenção na estrada de chão deserta.

Caminhamos pelo campo e saímos na lagoa perto da casa. Tinha dois caras na guarda. Esses teriam que morrer para não sermos vistos.

- Ele precisa de homens para que? – Neguei... Camila tem que estar aqui. Ele foi para o galpão bem afastado da casa.

- Matamos... – Nem esperei Mani falar e coloquei o silenciador no meu revólver. Atirei na cabeça dos dois e segui. Eles me seguiram.

Fizemos a volta no galpão, achamos mais capangas e Troy e Dinah batiam neles de maneira habilidosa e não levantamos alarde. Olhamos na janela e havia onze homens na porta da sala, rodeamos e aquela sala não tinha janelas.

- Ela tem que estar aqui, pois acabei de matar duas pessoas.

Eles se olharam... Depois Ally me abraçou. Ficamos pensando no como entrar lá sem alarmar nada.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora