Lauren Jauregui |Point Of View
- Lauren... Eu sabia que isso aconteceria um dia. Já estava preparado.
- Eu tenho muitas coisas pra fazer... Preciso reconstruir meu casamento. – Eu estava entregando um pedido de aposentadoria.
- Eu entendo. Bom... Você já se feriu algumas vezes, resolveu os casos mais importantes e está alegando estafa. Muito bem orientada.
- Papai me ajudou. – Ele assentiu. – Vou encaminhar esse agora. Brooke e Kornei também me entregaram esse pedido há algumas semanas. Já foram liberada.
- Eu sei.
- Vou perder minhas melhores.
- Tem muita gente boa aqui. Logo terá mais de nós.
- Assim espero.
Depois de uma pilha de papeis assinados, voltei para minha sala e comecei a organizar minhas coisas. Lógico que eu não sairia hoje dali, mas aquilo era quase minha casa, levaria tempos para me organizar.
×××
Fui até a agencia de Camila. Era uma rede de resorts, então os meninos decidiram gerenciar tudo de um lugar só. Sofia era assistente de Camila e Taylor ganhou carta verde para montar o espaço pra crianças em todos os resorts como quiser.
- Pois não? – A secretária perguntou.
- Eu vim ver Camila.
- A senhora tem horário com a Senhora Cabello? – Eu franzi o cenho.
- Não.
- Então vai ter que esperar ali, pois ela tem a agenda cheia hoje.
- Lauren? – Troy me chamou. – Aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou preocupado.
- Não. Eu só vim ver Camila.
- Então vem comigo. – Ele disse e a secretária olhou pra ele.
- Ela não marcou hora.
- Essa é a senhora Cabello, Lu. É a esposa da Camila. – Ela me olhou por um tempo.
- Prazer, Sra Cabello. Eu realmente não fazia ideia.
- Tudo bem. – Eu disse e me condenei por nunca ter vindo conhecer esse lugar. Troy repousou a mão no meu ombro e caminhamos até o elevador.
- Que bom que veio. Camila vai ficar muito feliz. Não aconteceu nada mesmo?
- Não. Só vim conhecer. – Ele sorriu e assentiu.
- Ela vai pirar, então. Que bom que você veio mesmo. – Ele disse e aumentou minha culpa. – aqui é a sala dela.
- Obrigada, troy. – Ele assentiu e eu entrei na sala. Camila estava no telefone e olhando para a janela.
- Um coquetel... É uma ótima ideia, Sofi... Acho que podemos chamar possíveis investidores... Claro... Os ricaços virão como possíveis clientes... – Ela virou para o computador e deu um pulo quando me viu. – Que susto, Lauren. Aconteceu alguma coisa?... Não estou falando com você, Lauren está aqui... Foi o que eu perguntei. Aconteceu? – Ela me indagou preocupada e eu neguei. – Não aconteceu... Eu liberei uma quantia na conta da Dinah, conversa com ela e se precisar de mais me avisem. – Ela desligou o telefone e caminhou até mim. – Não aconteceu nada mesmo?
- Não.
- Então porque está aqui?
- Eu vim conhecer. – Ela arqueou uma sobrancelha. – Não posso?
- Pode, mas achei que não ligasse pra isso. – Ela disse e voltou para a poltrona. Discou algo no telefone e o colocou na orelha. – Oi, Lu. Traga café pra minha sala... Sim... Ela é linda sim. – Ela disse me encarando. – É... Sou uma pessoa de sorte... Obrigada Lu.
- Esse mural aqui... – Eu apontei para a parede, onde havia vários desenhos de crianças.
- Esse mural... – Ela caminhou até mim e me abraçou por trás. – Bom... Ele começou com um desenho do Stanley em um quadro pequeno, depois Connor soube e fez dois pra mim. Então... eles começaram a fazer um por semana... E agora, Elisha descobriu, então tive que colocar esse mural enorme aí pra acomodar todos e não ter ciumeira.
- Muito fofo de sua parte. – Eu me virei e a abracei. – Não vai me levar pra conhecer aqui.
- Sim, só estou esperando o café pra gente ir tomando. – Assenti.
Depois de uns minutos, Lu entrou na sala e deixou os cafés sobre a mesa.
- Me desculpe, Sra Cabello. Eu não conhecia a senhora.
- Não tem problema, Lu. Acho que a culpa é minha por nunca ter vindo aqui.
- Foi uma falha minha. Desculpe mesmo.
- Não tem problema. – Eu disse e ela saiu dali.
- Ela não deixou você entrar?
- Não. Disse que sua agenda estava cheia.
- Não está. Só pedi pra não me passar nada hoje. Estou cansada. – Ela me entregou o café. – Agora vamos.
Começamos o tour. Conheci a sala da Dinah, depois a do Troy e depois a sala de segurança... Todos os resorts são monitorados por eles o tempo todo. Eles sabem coisas muito antes dos próprios funcionários do local.
- E essa é a sala de Sofia. Não importa que sua irmã tenha que planejar vários centros recreativos, nem que eu tenha acabado de mandar Sofia pra sala de Dinah para organizar nosso coquetel, a hora que entramos aqui, sempre está acontecendo a mesma coisa. – Ela disse e abriu a porta, Sofia e Taylor estavam em uma pegação canibal ali. Temi pela vida de uma das duas...
Principalmente pela da minha Irma. Mas Camila só negou e fechou a porta.
- Não vai surtar.
- Eu levei uma joelhada no saco a ultima vez que surtei.
- A Sofia não te respeita mais.
- Não mesmo. Faz tempo.
- Eu queria te contar uma coisa. – Ela baixou os ombros.
- Eu sabia. – Ela disse e largou o café no lixo. – O que houve?
- Tem um lugar mais legal pra conversarmos.
- Vamos para o terraço.
Ela caminhou até o elevador e eu a acompanhei. Ela apertou o botão do ultimo andar e se escorou na parede gélida do mesmo. Ela levou as mãos aos bolsos... Apalpou varias vezes o mesmo e depois bufou.
- O que foi?
- Esqueci meus cigarros na mesa. – Não falei nada, ela sabia o quanto eu odiava esse costume dela, mas acho que ela estava nervosa demais para eu cobrar isso dela agora.
Chegamos ao terraço e Camila caminhou até a borda e se escorou no muro. Fiz o mesmo ficando ao lado dela. Estávamos de frente para toda a cidade agora.
- Então... – Ela quebrou o silencio. – Qual o caso importantíssimo que a grande agente Jauregui terá que resolver agora? – Ela me encarou. – Vai demorar dois anos como o ultimo? Ou um ano e meio como o outro?
- Estou ouvindo uma nota de decepção?
- Está ouvindo a sinfonia inteira. Estou farta disso tudo. Eu via mais você quando era Karla. – Ela disse e limpou as lágrimas do rosto.
- Camz... Desculpe.
- Tudo bem. Só diz quanto isso vai durar... Essa droga de caso.
- Acho que vão durar dois meses?
- Só isso?
- Talvez menos.
- Então tudo bem. Eu sei que depois desse vai vir outro, só espero que não dure cinco anos.
- Mas não é bem um caso... – Eu disse.
- Sim... Para durar tão pouco, só se o cara fosse muito burro.
- Eu pedi minha aposentadoria. A resposta vai sair em dois meses. – Ela ficou com a expressão estressadinha por uns segundos, eu deixei que ela formulasse minha frase sozinha. Ela se virou de supetão.
- O que?
- Eu tenho repensado muito minha vida nesses últimos dias... Camila, eu estou sendo muito ausente. Analisando bem... Eu nem lembro quando foi a ultima vez que almocei com você. E... Você é o amor da minha vida... Eu sinto que estou te perdendo a cada dia que passa. Eu estou muito decepcionada comigo por ter deixado chegar a um ponto esgotante pra você.
- Você nunca vai me perder, Lauren. Eu sou sua pra sempre... Eu só sinto a sua falta. – Ela me abraçou. – eu sinto falta de você.
- Vamos começar de novo? – Eu perguntei e ela sorriu.
- Vamos. Vamos fazer o que você quiser. – Ela disse e beijou meu rosto. – Obrigado amor. Nossa! – Ela me pegou no colo e nos girou.
- Camz!
– Lauren... Não sabe o quanto está me fazendo feliz... Eu sentia sua falta, mas ficar preocupada com você me consumia bem mais... Eu rezava pra você voltar inteira cada vez que você passava pela porta pra ir trabalhar. Eu não sou nada sem você.
- Eu amo você, Camz. – Eu disse e selei nossos lábios.
Assim eu vi um sorriso iluminado e quase pintado de tão lindo no rosto dela.
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Criminal Case
FanfictionUma renomada agente do FBI que acaba caindo na cilada mais simples que foi submetida. Talvez ela não tenha notado... Ou talvez ela não esteja tão imune a sentimentos como pensa. Camila Cabello G!P