30. Seu sobrinho

1.8K 144 9
                                    

Lauren Jauregui|Point Of View

Colocamos Camila no carro, mas ele estava sem chave. Sofia arrancou os fios e fez uma ligação direta. - Conheço um hospital perto daqui. Assenti e Camila vomitou sangue, despertando.

- Camz... Aguenta um pouco. Estamos chegando ao hospital.

- Eu... A...mo você.

- Eu também te amo, Camz. - Ela fechou os olhos novamente, o pulso dela estava muito fraco.

Chegamos ao hospital e conseguimos um médico que entendia um pouco do nosso idioma. Ele nos fez sentar e levou Camila. Depois de uma hora, Lisa chegou.

- Oi. - Ela disse.

- Como nos encontrou?

- Rastreador no carro. - Ela sentou ao meu lado. - Quem se feriu?

- Minha noiva... Aquela teimosa me seguiu e salvou minha vida.

- Vou conseguir informações. - Assenti. Ela entrou na zona restrita e voltou com o médico.

- Retiramos a bala e agora ela está descansando. Quando ela acordar, nos vamos chamar vocês.

- Obrigada. - Lisa disse e eu escorei minha mão na testa. - Como vocês estão?

- Bem. Mas Sofia não vai depor hoje.

- Não. Nem hoje e não mais. Mike foi morto. Encontramos ele desfigurado ao lado do galpão e com um tiro no peito.

- Um bandido a menos no mundo.

- Sim. Só perdemos os esquemas dele, mas graças a você, temos um caso encerrado. Já reservamos o quarto ao lado do de vocês para Sofia. - Ela entregou uma pasta para Sofia. - Lauren nos passou seus dados e refizemos tudo, identidade... Todos os documentos e seu visto, mas não sabíamos do menino. Dê-me o nome dele é conseguiremos.

- Connor. Agora pode ser Connor Cabello. - O menino estava sempre de cabeça baixa e agarrado a mãe. - Connor Cabello Hutcherson. - Ela acariciou a cabeça dele. - Nome do papai.

Lisa se afastou, dizendo que precisa de um café.

- O filho não é do Matthew?

- Não. Eu me prevenia com ele, minhas pílulas eram sagradas, não podia engravidar daquele monstro. Mas uma das quatro
vezes que fugi... Foi por amor. Josh foi meu grande amor, ele estava na facção por causa do pai, que era viciado e faliu a família. O Mike cobrou em serviços. E nosso romance acabou acontecendo. Quando fugimos, conseguimos nos esconder por um mês... Mas
Matthew nos encontrou e o matou, me levando para o galpão novamente. Fiquei realmente fazendo o papel de mula, mas ficava tonta e enjoada com frequência. Tive que mentir que o filho era dele... Acho que ele não acreditou, mas ele gostava de mim e fingiu que sim, mas nunca deu bola para ele. Éramos só nós dois.

- Agora você vai voltar para casa. - Falei a abraçando. - Quer ir para o hotel descansar?

- Não. Quero muito ver a Kaki.

- Kaki?

- Sim. É o apelido dela. - O médico caminhou até nós.

- Já podem entrar. - Assenti e caminhamos até o quarto. - Fiquem a vontade.

- Vou entrar primeiro e prepará-la.

- Claro. Boa idéia.

Entrei na sala e Camila sorriu.

- Camila Cabello! Você tem noção do que fez?

- Eu sabia que levaria bronca, mas você se despediu... Eu senti que devia te seguir. - Ela me abraçou.

- Você salvou minha vida.

- Eu estava no terraço quando vi você correndo para os botes e o cara escondido. Nunca desci tão rápido de um prédio,
ainda bem que cheguei há tempo.

- Quase morreu.

- Valeria à pena.

- Um dia Normani me perguntou quem era a mais doente.

- No momento eu. – Eu sorri e selei nossos lábios

- Tenho algo para te contar... Vou contar de supetão. - Ela assentiu. - Eu achei Sofia.

- Achou?

- Sim. Era com ela que estava correndo para os botes.

- Mas Matthew disse que havia matado ela.

- Encontrou Matthew?

- Sim. Aposto que nem o pai dela vai reconhecê-lo.

- Você que o matou?

- Sim. E não me sinto culpada por isso, mas e Sofia?

- Vou pedir para ela entrar. - Ela assentiu. Eu fiz sinal da porta e Sofia correu para abraçar a irmã.

- Kaki, pensei que tinha te perdido.

- Eu também, pequena. Não vou mais ser do seu lado. - Camila estava chorando e sorriu para mim. Depois olhou para o garotinho. - Quem é esse?

- Vem cá. - Sofia disse e o sentou na cama. - Esse é seu sobrinho. Connor. Essa é sua tia.

- Tipo... Uma família? - O garotinho falou.

- Sim. Tia Camila. - O garotinho abraçou Camila. - Eu tenho algum parente da minha idade?

- É que ele sempre sentiu falta de companhia. - Sofia explicou.

- Tem. O sobrinho de Lauren tem sua idade.

- Isso. Vocês vão poder brincar. - Eu disse e Lisa me chamou. Sai do quarto.

- Então agente... Nunca vamos poder agradecer pela ajuda. Uma gratificação já foi depositada na sua conta e se um dia quiser mudar de ares... Tem uma vaga esperando por você... Aqui na Itália.

- Nossa! Muito obrigada, mas não tem dinheiro no mundo que pague o que estou presenciando ali dentro - Eu a abracei. - Foi ótimo trabalhar com você.

- LAUREN! ESTOU TE VENDO! - Eu sorri.

- Quer conhecer minha noiva ciumenta?

- Ela não vai me bater?

- Não sei. - Entramos no quarto.

- Camz, essa é a agente que me ajudou a resgatar a Sofia . A Lisa. - Elas apertaram as mãos.

- Muito obrigado, agente que ajudou a resgatar a Sofia. Lisa. A mulher que estava abraçando minha noiva.

- Camz!

- Estou brincando. Obrigada mesmo.

- De nada. Encerramos nosso caso mais complicado. Foi uma troca.

- Vou indo. Tenho um relatório para fazer.

- Adeus.

- Adeus.

Ela saiu e me sentei na poltrona ao lado da cama. Sofia e Camila conversaram por horas, até o médico a liberar. Ela entrou no banheiro e depois saiu com as roupas normais, já haviam secado, mas estavam sujas, mas como Sofia falou ninguém se importa com os visitantes.

Fomos para o quarto e depois saímos para jantar.

Após fomos descansar, Camila me abraçou forte e disse.

- Lauren... Você trouxe minha garotinha de novo. Não sabe o quanto estou feliz por isso. Nunca vou poder te agradecer.

- Não precisa agradecer, Camz. Sua felicidade é tudo para mim.

- Eu amo você.

- Eu também te amo.

- Agora podemos marcar a data?

- Deixe falar com meu chefe e ver se consigo umas férias e te dou uma data.

- Como você me enrola.

- Não estou te enrolando, amor.

Nos abraçamos e pegamos o sono, depois de um dia cheio.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora