17. Usada

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Lauren Jauregui|Point Of View

Depois de um mês, eu estava mais acostumada com a ausência de Camila. Apesar de que não era uma ausência completa, pois ela manda flores, bilhetes e tentou conversar comigo várias vezes, mas eu fui irredutível.

Saí do caso de Karla e Ally e Normani quase surtaram. Disse que aquele caso estava me absorvendo muito e elas pararam um pouco. Usei a desculpa dos quase desmaios e elas aceitaram.

- Laur... Acabou essa depre. Arruma-se e vamos sair pra dançar.

- Mani... Estou cansada, eu deixei um caso e me deram mais dez.

- Sem desculpas. Vamos sair e se você não colocar um vestido, te arrasto de pijama pra lá.

- Ok sua chata. - Coloquei qualquer coisa, um batom e entrei no carro de Ally. Só ela sabia um pouco de ocorrido. Sem a parte do Karla, mas ela defende Camila, assim como minha mãe.

Na boate, começamos a dançar. Estava um calor e a aglomeração não combinava comigo. Um garoto alto chamou Ally para dançar e depois, uma morena sorridente fez o mesmo com Mani. Elas não queriam, mas fiz com que elas aceitassem, afinal, quem estava na bad era eu, injusto deixá-las a noite presas.

Senti minha cintura ser rodeada e virei acertando um tapa na pessoa. Era Camila, ela alisou a mandíbula.

- Poxa gata, quase me deixa sem beiço.

- Que susto! Quer me matar?

- Quem qué mata eu é você. Tô surtando de saudade. - Ela fez um sinal para o DJ e começou a tocar a música perfeita... Droga! Ela está conseguindo.

- Está me seguindo? - Ela assentiu. - Eu vim com minhas amigas.

- E eu com os meus amigos. - Ela disse apontando para onde as duas estavam e eu revirei os olhos.

- Eles vão mentir e magoar elas também?

- Talvez. Mas acho que eles querem mesmo é apanha delas. - Eu olhei incrédula para ela. –Eu sei! É estranho. Paguei o Dj pra toca essa música. Não vamos dançá?

- Quem escrevia aqueles bilhetes?

- Minha velha. Vamos dançar?

- Não. Eu vou pra casa. – Ela me puxou pelo braço e colou nossos corpos.

- Lauren...Chega. Te dei um mês. Não fico mais um dia sem tu. – Ela levou a mão a minha nuca e eu já estava toda mole... A música... Ela... O cheiro dela... Ela roçou nossos lábios e ficou me encarando... Como se pedisse permissão.

- Ok. Sem beijos... Vamos conversar primeiro. – Ela assentiu.

- Vamo pra casa da minha velha? Eu limpei a piscina... Podemo toma um banho.

- Sim... Vamos passar na minha casa. Vou pegar umas roupas. – Ela assentiu. Ela fez um sinal para o DJ e ele trocou a música.

Nós caminhamos até o estacionamento, ela parou em frente a um carro diferente. Ele parecia novo... Mas era antigo.

- Que carro é esse?

- O meu. Minha primeira compra foi esse Impala 67. Maneiro, né?

- Sim. É lindo. – Quando entrei, ele cheirava a novo, tinha os bancos de couro e ele era completo.

O caminho foi um silencio total. Camila parecia desconfortável, ela queria puxar assunto, mas não tinha nenhum... Eu acho.

Chegamos à casa da mãe dela e ela já estava dormindo. Ela saiu do banheiro de sunga preta e um top. Eu peguei um
biquíni e entrei no banheiro... Minha cabeça estava rodando, eu queria ficar com ela, mas a magoa por ter sido enganada falava mais alto.

Quando sai, ela já não estava mais no quarto e eu desci as escadas. Ela estava sentada a beira da piscina e eu sentei ao
lado dela.

- Valeu por ter aceitado conversar.

- Eu estou muito magoada com você.

- Lauren... Não vou mentir para tu. No começo foi mesmo para ver como tu estava com as paradas do meu caso. – Eu olhei para água e ela levantou meu rosto com o indicador. – Nunca abaixe a cabeça. – Ela disse e respirou fundo. – Eu gostei muito do sexo. Depois... Senti falta quando não estava do meu lado na cama. Eu me afundei no contrabando, pois ficar longe de você, me fazia sentir mal e eu tinha trampar para não noiar. E nesse ultimo mês... Eu descobri o que tava noiando e completamente na sua. Eu tentei conta pra tu, mas meu medo de você me larga era muito grande. Lauren... Eu não sei mais vive sem tu, mas sei que to errada e se tu não me quise... Eu vo te que aceita, mas se me dé uma chance... me dize no que muda... Se tu quise que eu me entregue e pague por tudo... Eu faço. Se tu me esperar... Eu faço qualquer coisa. – Ficamos em silencio por um bom tempo... Eu estava pensando no que falar, mas não sabia o que. – Se tu quiser um tempo...

- Camz... Eu amo você, mas fui usada por você. – Ela sorriu.

- Me perdoa. Eu amo te pra caralho, braquela. – Ela entrou na piscina e me pegou no colo, me escorando na borda dela. – Diz o que tu qué e eu faço sem pensar. – A abracei forte e ela retribuiu.

Eu a beijei... Estava com saudade dela. Morrendo de saudade. Circulei sua cintura com minhas pernas, ela apertou minha cintura forte e nossas línguas serpenteavam afoitas.

- Vamos subir! – Eu disse saindo da piscina e a puxando pela mão.

Entramos no quarto dela e ela trancou a porta. Pegou camisinhas na gaveta e jogou sobre a cama, voltando a me beijar intensamente. Enquanto ela beijava meu pescoço e passava por minhas pernas com suas mãos, eu arranhava as costas dela.

- Tu vai me dar uma chance?

Voltei a beija-la e tirei as poucas peças que nos cobriam. Ela me deitou na cama e ficou sobre meu corpo. Colocou uma camisinha em seu membro e guiou até minha entrada.

- Ahhh – Gememos juntas. Ela colou a testa na minha e ficou por completo dentro de mim. Começou a rebolar e me estocava lento...

- Ahhh... Porra! Que saudade de você, Lauren...

- Vai Camz... Mais forte... – Ela aumentou os movimentos e eu cravei as unhas nas costas dela.

- Ohh Lauren... Eu amo tu...

- Camz... Eu vou gozar!

- Goza, amor... – Ela disse e o meu corpo tremeu, ela estocou mais duas vezes e gozou. Ela me abraçou forte e depois
continuamos... Varias vezes...

Camila Cabello|Point Of View

Acordei com um sorriso de doer à cara, olhei para o lado e estava sozinha. Caminhei até o banheiro e nada. Desci as
escadas e minha mãe estava fazendo café.

- Bom dia, filha.

- Bom dia, vel... Mãe. A Lauren já levantou?

- Lauren? Não sabia que ela estava aqui.

- Ontem ficamos juntas, mas ela não está no quarto.

- Eu não a vi.

Voltei para o quarto e percebi que a mochila dela não estava ali. Comecei a recolher as camisinhas do chão e chorar. Bom... voltamo a estaca zero.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora