11. Amo

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"É errado pensar que o amor vem do companheirismo de longo tempo ou do cortejo perseverante. O amor é filho da afinidade espiritual e a menos que esta afinidade seja criada em um instante, ela não será criada em anos, ou mesmo em gerações." - Khalil Gibran

Lauren Jauregui|Point Of View

          

Eu estava muito nervosa. Depois de quase sairmos no tapa, convenci Camila a ir no meu carro até a casa da mãe dela, ficava há uma hora e meia da nossa cidade e fiquei com medo que o possante do meu bem explodisse no meio do caminho.

Durante o percurso, Camila parou em um posto e comprou varias bobagens. A viagem inteira, fomos comendo e conversando. Eu corrigia a Camila em suas falas erradas, mas me surpreendi, pois em vez de revirar os olhos e bufar, ela repetia o que eu falava e perguntava se ela havia falado certo.

Ela estacionou a frente de uma casa linda, abriu o portão e entrou. Ela tinha a grama da frente bem cuidada e um jardim com vários tipos de flores. A casa de dois pisos, com um balanço na varando e umas cadeiras ao lado do jardim. Camila abriu a porta da garagem e colocou meu carro ali dentro.

Depois saímos e ela fechou a mesma.

- Se largo o carro no pasto dela, ela fica fula comigo.

- Grama, Camz. Deixo na grama, ela fica irritada comigo.

- Se deixo na grama... – Ela parecia ver se aquilo soava bem. – Ok. Vem. – Ela estendeu a mão e entrelaçou nossos dedos.

Caminhamos até a porta e Camila abriu a mesma. A sala era cheia de decorações e tudo muito limpo. Eu, sinceramente, pensei que a Camila havia puxado a falta de asseio de alguém, mas da mãe não foi. A casa estava com um cheiro maravilhoso de biscoitos.

Quando chegamos à cozinha, a mãe dela não havia nos ouvido, pois estava com o liquidificador ligado. Ela abriu um sorriso enorme quando viu Camila e a mesma retribuiu. Ela soltou minha mão e correu para abraçar a mãe.

- Minha filha! Você veio!

- Eu sempre apareço.

- Você está bem? E o tiro?

- Facada, mãe.

- Você fala facada e tiro como se tudo fosse normal. Porque você não volta para cá e deixa sua mãe cuidar de você?

- É noiado. – A mãe dela me olhou.

- Nossa! Que moça linda. Quem é ela?

- Mãe... Essa é minha mina, Lauren Jauregui. Lauren essa é minha velha... – A mãe dela deu com o pano no braço dela. – Ai. Minha mãe, Sinuelo.

- Prazer, Sra Cabello.

- O prazer é meu. Me chame de Sinu.

- Tudo bem. – Eu disse sorrindo.

- Ela é linda, minha filha. Espero que você tenha umas roupas melhores para sair com ela.

- Mãe!

- Eu não me importo com o jeito de Camila. Eu gosto dele.

- Sério? – Eu assenti. – Não a deixe escapar, filha. Não deixe.

- Mãe! Não fica me cabulando na frente dela.

- Ok. Agora sobe no seu quarto e vai colocar a roupa que deixe sobre a cama.

- Mãe!

- Vai logo, Camila! Tome banho direito, use o shampoo e o sabonete. – Camila foi resmungando até a escada. – E a cueca também. – Eu gargalhei e Camila bufou. – Só assim com ela. Não quero que você pense que concordo com a falta de vaidade dela, mas ela é uma pessoa difícil.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora