21. Fria

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Lauren Jauregui |Point Of View

Depois de uma despedida demorada, dirigi até a agência e fui até a sala do meu chefe dar uma explicação sobre minha ausência.

- Lauren. Que bom ver você.

- Queria pedir desculpas por não ter comparecido nessas últimas semanas.

- A agente Brooke me contou por cima o que aconteceu.

- Desculpe. O amor me derrubou.

- Quem não é derrubado por ele? - Ele sorriu. - Você é minha melhor agente, dedicou muito tempo aqui, passou direto aqui, sem dormir ou comer. Seria injusto não relevar isso.

- Obrigada.

- Mas e o amor?

- O amor está no meu apartamento e disse que vai me esperar com o almoço pronto.

- Que beleza. Fico feliz. Agora como chefe, digo que você tem um monte de trabalho.

Cheguei a minha sala, Ally e Normani me esperavam na mesma.

- Boas vindas, chefe.

- Eu não sou a chefe. E obrigada.

- Nossa Lauren. Seu sorriso está radiante hoje e é muito bom te ver assim.

- Obrigada meninas. Nem sei se estou mais feliz por ter passado a noite com Camila ou por saber que ela está me esperando em casa.

- Como foi à noite? Você estava tão insegura.

- Vocês não tem noção... - Eu disse sentando em minha cadeira. - Camila me olhou da mesma forma, talvez até com mais desejo. Me senti a mulher mais incrível. Ela foi à mesma garanhona de sempre e fui despertada para um maravilhoso sexo matinal.

- Lauren... Ficamos felizes por você.

- Muito felizes.

- Obrigada. Mas agora tenho muito serviço.

- Sim. Vamos ajudar você.

Com a ajuda das meninas terminou mais rápido e pude ir para casa almoçar. Quando cheguei, Camila estava sobre uma escada, com um cinto de ferramentas a cintura e apertando um parafuso.

- Camz?

- Oi linda. Estava arrumando seu lustre. Liga ele para nós. - Eu fui até o interruptor e liguei. O lustre ligou, havia um tempo que ele estava estragado. - Faltou essa aqui. - Ela disse apertando mais a lâmpada apagada e ela ligou. - Perfeito. - Ela colocou a chave no cinto e quando foi descer, falsou o pé e caiu de costas no chão.

- Oh meu Deus, Camz! - Corri até ela. - Você está bem? - Ela levou a mão às costas.

- Sim. Minha babaquice amorteceu minha queda. - Eu gargalhei e a ajudei a levantar.

- Tome cuidado, amor. Você podia ter se machucado feio.

- Eu sempre estou tropeçando nas coisas e me embolando nas próprias pernas. Sou um desastre.

- Não deve ser tão horrível.

- Você verá.

Tomei um banho e depois almoçamos, Camila mandava muito bem na cozinha. Não me fiz de rogada e enchi-a de elogios. Ela ficou toda boba e eu me apaixonei mais ainda por ela. Ficamos trocando beijos e carícias, mas as coisas, como sempre, esquentaram demais e tivemos que parar, pois eu tinha que voltar ao trabalho e ela tinha aula. Ela colocou os chinelos e pegou as
chaves.

- Vai direto pra escola? - Eu perguntei e só conseguia pensar no monte de mulher dando em cima da minha mendigata.

-Não. Tenho que alimentar e trocar a água do Sr Fitz.

- Sr Fitz?

- Sim. Eu fiquei muito solitária sem você e adotei um gato pra me fazer companhia.

- Você tem um gatinho?

- Tenho.

- E esse nome?

- Eu disse que estou assistindo várias séries. Esse é o personagem de uma delas.

- Você é tão fofa. Como você consegue? - Ela corou e selou nossos lábios. Ela pegou minha cintura com força e olhou nos
meus olhas.

- Quero ver você me chamando de fofa, quando eu estiver te arrombando com meu pau essa noite. - Ela disse isso contra minha boca e se eu já estava mal por conta dos beijos, imagina como fiquei depois disso.

- Você continua a mesma cretina de sempre. - Dei um tapinha no rosto dela, ela pegou e beijou a palma dela.

- Guarde seus tapas para hoje a noite.

- Cachorra! - Eu disse virando para pegar minhas chaves e ela deu um tapa forte em minha bunda.

- Gostosa!

- Você não presta. - Ela me abraçou por trás e beijou minha nuca.

- E você gosta.

- Eu amo.

Me virei e ela estava sorrindo. Trocamos mais um beijo, saímos do apartamento e entrelaçamos nossos dedos.

×××

Quando eu estava voltando de uma missão, onde pegamos todos os bandidos, na verdade pegamos dois e os eles entregaram os outros depois de um acordo. Meu celular tocou e era Camz.

- Oi amor!

- Oi Lauren. - O tom dela estava estranho.

- Acontece alguma coisa?

- Sim. Precisamos conversar... Estou com um problema. Um bagulho sobre nós. - Eu gelei minha espinha e meu peito
apertou.

- O que houve?

- Uma dívida que eu tenho... Precisamos conversar pessoalmente. - O tom dela estava completamente frio. - Anota um endereço aí. Nos vemos as 20h.

Ela me passou o endereço e depois encerrou a ligação. Já comecei a me desesperar. Qual problema seria?

Droga! Porque sempre que tudo parece ir bem, alguma coisa cai do céu como uma bomba em minha cabeça?

Com certeza às 20h vão demorar a chegar hoje.

Coloquei um dos meus vestidinhos soltos, que viraram meus melhores amigos por conta do meu ganho de peso. Dirigi até o endereço. Era um prédio abandonado. Fiquei pensando que ela tinha errado o endereço. Caminhei até a porta, pois do carro avistei um envelope.

"Para Lauren Jauregui, te espero no terraço!"

Guardei o envelope e abri a porta. As escadas estavam com os corrimões cobertos com luzinhas natalinas, piscando e
deixando o percurso iluminado. Quando abri a porta para o terraço, havia uma mesa e caminhei até ela. Nela havia um champanhe
e dois pratos e um pouco afastado ela, um cobertor estendido no chão e cheio de almofadas, e mais uns edredons.

Escutei a porta e Camila passou por ela e eu cai sentada na cadeira da mesa. Ela estava com uma calça jeans clara e uma camisa social com estampa de bolinhas. Estava com uma gravata preta frouxa e vestia um cardigan verde musgo. Seu cabelo estava preso em uma trança longa sobre seu ombro e descia até seu peito. Ela estava linda... Mais linda se é possível. Eu estava babando e nem tentava esconder.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora