24. 22 de dezembro

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Lauren Jauregui|Point Of View

Eu tentei falar com Camila o dia inteiro, mas o celular dela só dá na caixa. Eu queria convidar ela e a mão para passar o natal conosco. Liguei algumas vezes para a casa dela e ninguém atendeu. Depois do trabalho, vou ter que ir até lá.
Dirigi até a casa dela. Quando desci do carro, ouvi uns gritos e corri para dentro de casa. Sinu estava sentada no sofá.

- O que está acontecendo?

- Hoje é o dia. Dia 22 de dezembro.

- O que tem essa data?

- Foi o dia que levaram a Sofia. – Os gritos eram de desespero e me deixavam agoniada.

- Sua outra filha?

- Sim. Ela fica gritando o dia todo.

- Eu tentei ligar, mas...

- Eu não posso atender. Eu não consigo escutar nada.

- Ela não fala com ninguém.
- Às vezes ela fala comigo, mas não para de olhar a janela.

- A porta está aberta? – Ela me entregou uma chave.


Caminhei até o quarto dela e abri a porta. Ela estava sentada no chão da varanda.


- Camz... – Ela não respondeu.


Sentei-me atrás dela e a abracei. Ela tentou levantar, bateu nos meus braços, mas não a soltei.


- Sou eu, Camz. Vai ficar tudo bem. Estou com você. – Ela relutou mais, mas aos poucos ela relaxou e se virou, me abraçando. Não sei por quanto tempo ficamos assim, mas não parei de fazer carinho nela até ela pegar no sono.

- Ela dormiu. – Me assustei com Sinu. Ela me ajudou a colocar Camila na cama. Me deitei ao lado dela e fiquei acariciando o cabelo dela. – Vai dormir aqui? – Assenti. – Boa noite. – Ela beijou minha testa e depois a de Camz.


Fiquei observando ela dormir como um anjo, Sr Fitz subiu na cama e deitou na barriga dela.


×××


Acordei e Camila estava me olhando. Ela atacou meus lábios de forma urgente, nos cobriu por completo com o cobertor e tirou minha roupa. Eu tirei dela e voltamos a nos beijar. Eu não sei o que passava pela cabeça dela, mas eu estava ali para ela fazer o que quisesse. Apertei seu membro na base e depois o masturbei rápido.

Ela se pôs entre minhas pernas e esfregou seu membro em minha intimidade. Estávamos contendo os gemidos, com beijos desengonçados e chupões por nossos pescoços. Ela posicionou o membro em minha entrada e me penetrou.

Começou a se movimentar de forma frenética e eu não consegui contar tanto os meus gemidos. Mas ela não pareceu se importar, pois começou a se movimentar de forma rebolada, me levando ao céu.

Cravei minhas unhas nas costas dela quando meu ventre contraiu. Ela estocou mais uma vez antes de gemer no meu ouvindo. Ela me abraçou forte.

- Eu amo você, Lauren. Eu amo demais.

- Também te amo, Camz.


Eu cai no sono novamente.

Quando acordei, estava com Sr Fitz deitado ao meu lado. Eu estou começando a ficar muito irritada com esse bicho. Caminhei até o banheiro e fiz minha higiene matinal
Voltei para cama e depois de um tempo, Camz entrou no quarto.


- Bom dia, Camz. Como você está?

- Levando. – Ela sentou em minha frente. – Precisamos conversar.

- Não precisa. Eu espero você estar preparada.

- Eu estou. Bom... Meu pai era traficante, mas ele começou a gastar muito, com nós, escolas caras, carros e mansão. Uma facção que era concorrente dele começou a pegar os clientes e meu pai foi falindo. Sofia era uma princesa e eu vivia com meu pai, então parecia um projeto de marginal. Um dos barcos que carregava as drogas e uns diamantes foi saqueado por um dos capangas do meu pai, que fugiu com tudo e meu pai teve que assumir a divida. Mas eles só queriam uma desculpa para matá-lo e essa divida caiu sobre nós. Nós vendemos quase tudo que tínhamos, mas não foi o suficiente e eles levaram Sofia... Ela era tão nova, Lauren. Eu nem sei o que eles fizeram com ela, comecei a juntar dinheiro, mas sozinha não consegui muita coisa. Quando chamei Troy e Dinah foi que as coisas melhoraram. Comecei a juntar dinheiro e paguei detetives para procurá-la. Eu achei que só traficando, não teria o suficiente, pois só a divida era astronômica e fiquei imaginando que teria juros. Só que já faz seis anos e nada... Agora eu tirei os detetives, eles foram um investimento sem sentido, toda vez que eles encontravam algo, essa pista sumia. Eu me mantenho bem sempre... Mas tem dias que não aguento. – Eu a abracei forte.

- Eu estou com você, amor. – Beijei o pescoço ela. – Para tudo.

- Eu sei, Lo.

- Você tem uma foto dela. – Ela me olhou e depois pegou a carteira. Tirou a foto e me alcançou. – Ela é linda. Muito parecida com você.

- Era sim.

- Por via das duvidas... 

- Eu já perdi as esperanças.

- Eu vou ajudar você, mas vou precisar desta foto.

- Mas é antiga. Ela mudou muito.

- Eu trabalho no FBI, amor. Temos os programas para acharmos criminosos depois de anos. Envelhecemos ela em... Quantos anos ela tinha aqui?

- 10.

- Foi há?

- Oito anos.

- Não tem nada mais recente?

- Não. Não podíamos registrar muita coisa, meu pai tinha medo. – Assenti.

- Mas acho que conseguiremos algo.

- Obrigada, Lo. – Ela disse me abraçando novamente.

- Quer ir comigo?


Ela assentiu e fomos a agencia.

Conversei com nosso desenhista e conseguimos deixá-la mais velha e ela ficou muito parecida com Camila.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora