33! ○ Artificial de morango

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O aroma dos temperos o deixava hipnotizado. Cozinhar tornava ele outra pessoa, a pessoa que realmente era. Ali, Jisung estava confiante de si. Até que Minho chegou, com um perfume inconfundível, lhe deixando desestabilizado, perdido em seu próprio eixo.

Seu propósito era apenas juntar um dinheirinho e abrir um pequeno restaurante no centro da cidade, mas se transformou em um universo gigantesco a cada novo dia que passava ao lado dele. Conseguiu uma vaga em um programa de culinária prestigiado, que daria um ótimo prêmio ao vencedor; de brinde, ganhou ótimos amigos e, se tudo desse certo, um futuro namorado. Estava tudo dando certo para Han Jisung, o cozinheiro esforçado de madeixas laranjas e sorriso bonito, rumo ao seu grande sonho e rodeado das pessoas que amava.

Não tinha como dar errado.

Acordou com um ótimo humor naquela segunda-feira, espreguiçando-se na cama que parecia mais confortável do que nunca e sorrindo aberto ao recordar do dia anterior. Minho não estava no cômodo, mas tinha certeza de que ele ainda estava na residência, pois suas roupas continuavam jogadas aleatoriamente pelo chão.

Jisung puxou uma cueca limpa na gaveta, mas fez questão de vestir a blusa social de botões do Lee, que mantinha o mesmo cheirinho gostoso do perfume dele.

Caminhou preguiçosamente até a cozinha, dando de cara com o bumbum redondinho rodeado por um short azul se movendo de um lado ao outro enquanto Minho cantarolava alguma coisa distraído. Ele mexia em alguma coisa no fogão, sequer percebendo que não estava mais só.

Jisung sorriu, achando a cena maravilhosa, pensando que não se importaria se aquilo se repetisse pelo restante dos dias.

— Bom dia!

O Lee deu um pequeno pulo, virando de frente para o mais novo, sorrindo aberto com a imagem de Jisung vestido apenas com uma cuequinha e sua blusa de botões aberta, expondo o abdômen magro e com gominhos quase inexistentes, além, é claro, de algumas marquinhas vermelhas.

— Bom dia, cara de pau. Dormiu bem? — Desligou o fogo antes de se aproximar, o dando um beijinho rápido na bochecha.

Adorava Han Jisung pelas manhãs, ele ficava no auge de sua fofura.

— Tendo você como travesseiro eu não poderia ter dormido melhor.

— Certeza que foi só pelo travesseiro? — perguntou, de tom sugestivo e balançar de sobrancelhas.

Jisung corou, deixando um tapinha fraco no braço alheio, desviando o olhar para qualquer canto que não fosse a face bonita do Lee.

— Minho!

— Mas falando sério, você tá bem? Eu te machuquei? Tá doendo alguma coisa? Eu posso comprar, sei lá, uma pomada caso esteja muito…

— Minho! Eu tô bem, tô ótimo, em perfeitas condições — exclamou, sentindo até mesmo sua testa arder em quentura de tanta vergonha.

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora