17! ○ Seu sabor

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Não havia sido fácil deixar seu lugar de origem para estar ali, mesmo que o apartamento de Younghyun, em um bairro chique de Seul, fosse super confortável para se morar. Minho ainda tinha suas pequenas desavenças com certas coisas naquele lugar diferente e sentia falta de outras de sua terrinha. Porém não tinha volta (e talvez essa opção nem existisse mais). Depois de aceitar a proposta convincente que seu tio havia lhe feito, com um papo balela que o enganou perfeitamente, só podia dar o melhor de si e esperar bons resultados.

Contudo, no meio de tantas coisas que poderiam acontecer em uma competição culinária, o Lee não imaginou que encontraria um certo ruivo estressado, que ao mesmo tempo em que não tinha uma gota de paciência, conseguia ser um poço de fofura. Porque Jisung, o seu cara de pau, ficava lindo com as bochechas rechonchudas vermelhas de vergonha. Minho era sim um rapaz que pouco se importava com relacionamentos sérios — e uma prova disso foram os poucos amassos que dera em Hyunjin, no mesmo dia em que o conhecera, além de outras pessoas —, mas como tinha dito para seu amigo Younghyun, há uns dias, havia mudado!

E Han Jisung foi o tempero que transformou todo o rumo de sua receita, porque agora Minho apenas tinha olhos para ele.

Sua cabeça pensava em Jisung o tempo todinho, em cada mínima ação, tudo lembrava ele. Os olhos dele, a boca, o sorriso, voz, até mesmo o jeito impaciente fazia seu coração disparar de forma aleatória ao longo do dia.

O cozinheiro olhou para trás, observando o ruivo conversar com os demais competidores; alguns pareciam tristes com a eliminação do japonês. As câmeras já não focavam mais em cada detalhe que acontecia naquela enorme cozinha, então Minho não se importou de sair do Set de gravação para caminhar até o homem mais velho, trajado num terno bonito e com cabelos bem penteados. Ele, vale ressaltar, não parecia muito feliz.

O estômago de Minho embrulhava apenas em chegar perto.

— Não foi pra passar por esse vexame que eu te coloquei aqui, então faça o favor de não repetir essa merda. Estamos entendidos, Lino? — Junho perguntou em um tom sínico, sorrindo simpático ao que colocava uma de suas mãos sobre o ombro de seu sobrinho.

Provavelmente estava tentando manter sua boa imagem para os demais ao redor. Minho sentiu a cabeça latejar ao olhar para ele, inalando o cheiro forte do perfume caro. Depois de tanto tempo de convivência, aprendeu a rejeitar aquele homem com todos os sentidos humanos.

Chegava a ser irônico passar por aquilo, todas as sensações esquisitas e desconfortáveis, justo com alguém que se dizia família.

— O que veio fazer aqui? — perguntou, deixando de lado a fala do mais velho. Minho não estava se importando em parecer rude, apenas queria saber o porquê da presença do tio. Ao que ele pensava, e no que tudo indicava, Junho só estava se importando com o dinheiro do prêmio e os contatos a mais que receberia. Fama e mais poder, como se o que tivesse já não fosse o suficiente.

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora