40! ○ Chocolate quente

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— Eu ainda não acredito nisso!

Minho exasperou, bagunçando os cabelos da nuca de forma frustrada, sem acreditar no que estava vendo bem diante de seus olhos.

— Bem que eu nunca fui com a sua cara, mas ajudar a ferrar com o Jisung? — voltou a dizer, indignado demais para medir o tom de sua voz. — Ele confiou em você, acreditou que eram amigos, pra no final ser puro teatro?!

— Eu sinto muito — Christopher disse sem muita emoção, sentando-se na cadeira e compondo a mesa redonda do restaurante chique após voltar do banheiro. Seus ânimos não estavam nos melhores dias e a raiva de Minho não ajudava em nada. Concordava com ele, mas ainda não estava em posição de chorar por desculpas, Lee Junho continuava ali e não costumava ser receptivo com arrependimentos.

— De novo com esse moleque? Já não te disse pra esquecer que ele existe, Minho? Eu não costumo descumprir com o que digo. Aliás, isso serve de aviso pra você também, Chan, principalmente por não ter dado conta de ganhar de um idiota como aquele garoto. Não foi isso que eu te mandei fazer, não é? Eu não tô aqui pra brincadeira, então é melhor ficarem espertos. — Junho ajeitou a gravata sobre o pescoço, puxando a chave de seu carro do bolso interno do bolso do paletó.

Minho o fitou com sangue nos olhos, controlando-se ao máximo para não avançar naquele homem que nem fazia questão de chamar de tio novamente. Se dependesse dele, também não o veria em sua frente nunca mais.

Minho estava esgotado de toda aquela história. Uma parte de si insistia de que tudo ficaria bem depois que aquele programa de culinária acabasse, que assim poderia, finalmente, dizer o quanto amava Han Jisung. Por outro lado, na parte um tanto mais realista e impiedosa de sua mente, um aviso piscava a todo momento, dizendo que, independente de conseguir o que queria ou não, Lee Junho nunca largaria de seu pé.

— De qualquer modo, eu preciso ir, tenho uma reunião com o Jinyoung e não posso mais perder meu tempo explicando coisas que vocês já deveriam saber. Se comportem. — Levantou-se da cadeira, dando um último gole no whisky.

A parte aberta do restaurante refinado havia sido reservada justamente para terem aquela conversa, na qual Minho e Chan não tiveram muito a oportunidade de falar. Junho não estava a fim de escutar, de qualquer modo, visto que seu objetivo era apenas repassar suas exigências.

Minho estava furioso por descobrir o envolvimento do Bang, o que juntava com o clima desagradável da conversa e o deixava inquieto na cadeira de estofado macio.

Seu tio nada mais disse, apenas deixou uma quantia de dinheiro em cima do prato de porcelana vazio do seu sobrinho e rumou para dentro do restaurante, atravessando o ambiente e se mandando com seu carro de luxo.

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora