14! ○ Álcool sabor 'não estou apaixonado'

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A semana não tinha acabado, ao contrário, ainda estava no meio, e junto da rotina agitada de todos que passavam apressadamente pelas ruas, estava Han Jisung. Só que diferente dos demais, ele não caminhava com pressa ou corria atrasado, apenas lavava a montanha de louça que enchia sua pequena pia da lanchonete.

Tudo estava igual ao dia de reinauguração, o anterior, exceto pela grande ajuda que o Han recebera. Naquele momento eram apenas ele, Jeongin e Minho.

Sim, Minho resolveu que ver seu cara de pau apenas um dia na semana não bastava, então, com a desculpa de que viera trazer o primo, ele se acomodou em um banquinho ao lado de Jeongin no caixa e assim ficou. Ele poderia estar ajudando, e até se ofereceu para tal, porém não é como se Jisung quisesse se distrair em pleno expediente. Porque era isso que aconteceria se ele estivesse com aquele homem bonito e cheiroso ao seu lado por mais de cinco minutos, o paquerando sempre que achava uma brecha.

Então durou até às sete da tarde, quando enfim deu a hora de fechar. Já não havia mais clientes, restando apenas os dois funcionários e o Lee no ambiente. Ao menos até um certo rapaz bonito adentrar apressado, bem no momento em que o Han se preparava para trancar as portas. Não se importou de as abrir novamente para mais um cliente, ainda mais se este fosse alguém tão gentil e boa pinta igual àquele.

— Acho que cheguei atrasado. Já tão fechando?

— Sim, estamos. Sinto muito, mas terá que voltar e, de preferência, não aparecer novamente. — Minho se levantou do banquinho, estufando o peito e arrastando as solas do sapato até a entrada. — O que faz aqui, Christopher?

— Sabe, eu deveria te fazer a mesma pergunta, mas do pouco que conheci de você, não me surpreendo em te encontrar por aqui. — Sorriu divertido, esbanjando os dentes bonitos e os pequenos furinhos fofos que demarcavam suas bochechas. — Mas, caso você não saiba, eu vim ver o Sung e conhecer a lanchonete.

Minho arregalou os olhos, indignado com o apelido que aquele sujeito havia usado para se referir ao seu cara de pau. E ficou mais indignado ainda quando, ao olhar para este, percebeu que suas bochechas gordinhas estavam vermelhas em vergonha.

Sério, Jisung?

— Isso é verdade, cara de pau? — perguntou, só para ter certeza de que não estava delirando.

— Chris! Eu achei que você tinha desistido de vir. Sabe, aqui não é nenhum cinco estrelas Michelin, pensei que talvez não fosse gostar ou se dar ao trabalho… — Jisung, ainda meio acanhado, cumprimentou o australiano com um aperto de mão e um curvar simples de cabeça, mordendo os lábios para conter o sorriso envergonhado que insistia em aparecer.

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora