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Jeongin suspirou, bagunçando os próprios cabelos na tentativa de se acalmar um pouco.
O quarto de hóspedes da casa de Younghyun, o qual o jovem Yang passou a frequentar e utilizar como se fosse seu, estava completamente revirado. As roupas espalhadas pelo chão até poderiam ser um sinal de que sua preguiça era grande demais, assim como qualquer adolescente um dia já foi. Porém Jeongin não era tão desorganizado àquele ponto.
Por isso só tinha uma explicação para uma situação que não havia sido ele o causador.
Com a hospedagem um tanto quanto indesejada no apartamento mediano e de apenas três quartos, o rapaz teve que ceder a cama confortável a qual utilizava para a progenitora, tendo que dividir o outro dormitório com seu primo mais velho. Acontece que a maioria de seus pertences continuava ali, então não era incomum vez ou outra ir buscar alguma coisa por lá. Apenas não esperava encontrar uma bagunça como a que estava vendo.
O pior de tudo é que tinha plena consciência de que aquilo não era um simples aviso.
— Terminou o drama, filhotinho? — a voz tão conhecida soou atrás de si, calma como se nada estivesse acontecendo.
— O que a senhora tava procurando no meu quarto? — apesar do desespero em seu rosto, o garoto sussurrou as palavras de forma quase inaudível.
A mulher bonita, vestida em uma calça de couro vermelha e uma blusa de botões amarela ergueu as sobrancelhas, tombando levemente a cabeça para o lado. A maquiagem bem feita destacava seus traços, tão parecida fisicamente com o filho que ninguém poderia negar que eram parentes.
— Como? Por que acha que eu pegaria algo sem pedir? Filhotinho, sei que tá triste por eu não ter te deixado sair para ver o seu primo ganhar, mas você tem que entender que tá de castigo e isso é pro seu bem. — Ela deu um passo à frente, causando um barulhinho agudo por causa do atrito de sua bota de salto fino em contato com o chão de porcelanato.
— Mamãe, eu já sou grande demais pra ficar de castigo.
— Não, Jeonginnie, você ainda é o meu bebê!
O rapaz fechou os olhos por meros instantes, tomando forças para se manter firme.
— O que tava procurando no meu quarto pra ter que virar ele do avesso? — tentou mais uma vez.
Mina sorriu, puxando do bolso da calça apertada uma espécie de cartão de cor verde e azul, junto de um papel pequeno dobrado ao meio. Jeongin não precisou ao menos ler as pequenas letras arredondadas que estavam gravadas em ambas as faces do cartão, pôde reconhecer de longe o que aquilo significava.
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𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsung
FanfictionO aroma dos temperos o hipnotizava, cozinhar tornava Han Jisung outra pessoa, sua melhor versão, aquela que mostrava quem realmente era. Naquele ambiente, sentia-se confiante. Até ele chegar, com seu perfume inconfundível, desestabilizando Jisung e...