24! ○ Pimentão de ouro

449 72 69
                                    

★★★★★

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

★★★★★

A segunda-feira havia começado, e o que para alguns era motivo de grandes lamentações, para Han Jisung estava na mais perfeita alegria. Sua mãe tinha tirado um tempo para o visitar naquele dia — mesmo que a casa também fosse dela —, para saber das novidades e matar a saudade que sentia do filho.

A pequena sala de estar era aconchegante e ressoava, além do barulho baixo da TV, o som contagiante da risada que o Han soltava a cada história que sua progenitora contava sobre os vizinhos de sua patroa e das caras e bocas que o patrão dela fazia sempre que ela comentava sobre o filho e o programa de culinária. Park Jinyoung odiava Jisung desde sempre, nunca foi com a cara da criança fofa e bochechuda de sua funcionária, e nem havia um motivo plausível para tal. O Han já não mais se importava, apenas dava risada da cara de desgosto do velho metido e esnobe junto de sua mãe.

— Aliás, o primeiro episódio vai ao ar daqui duas semanas, se não me engano. Eu tô tão nervoso pra isso que nem sei se vou assistir, só de lembrar daquele dia eu já sinto minhas pernas tremerem de tanta vergonha que eu passei. — O ruivo fez uma careta sofrida, em puro drama perante a senhora à sua frente.

— Cala essa boca, Jisung! Se alguém não gostar de você é porque sente inveja desse seu rostinho bonito e desse seu talento maravilhoso. — Deixou um tapinha raso na coxa do filho.

— Só tá falando isso porque é minha mãe…

— Se só tô dizendo por ser sua mãe, então como é que você ainda tá naquele bendito programa? Porque, que eu saiba, se dependesse do Jinyoung, você nem teria entrado. — Se ajeitou no sofá, colocando uma de suas mãos sobre o ombro do mais novo. — Sung, você não precisa ficar nervoso só porque quase metade do mundo vai tá te assistindo, nem vai ser ao vivo… quer dizer, a final vai ser?

Jisung sorriu de canto, feliz com o carinho que sua mãe passou a lhe dar, mesmo que fosse um toque singelo.

— Não. Mas a senhora nem sabe se eu vou pra final, têm cozinheiros muito melhores por lá. Por exemplo, o Minho, ele é perfeito em tudo que faz, seria impossível ganhar dele! — disse, como se aquela fosse uma observação qualquer.

Ou talvez tudo estivesse o levando para Lee Minho ultimamente, de forma contínua e inconsciente.

— Minho, é? — Ela ergueu uma sobrancelha. — Nem aquele bonitão é capaz de vencer meu filho, você vai ver. Agora, ele sabe que você fica elogiando ele assim, com esse brilhinho no olho? — disse sugestiva, o que fez o ruivo desviar o olhar em pura vergonha.

— Não! E nem pode saber, se não, é bem capaz de ele ficar se gabando pelo resto da vida. E outra, eu não fico com os olhos brilhando, você tá exagerando…

Jisung fazia um biquinho fofo com os lábios enquanto cruzava os braços, não querendo admitir para a mulher que lhe criou durante toda a sua existência que estava apaixonado. Aliás, até alguns dias atrás ele não queria ao menos cogitar essa possibilidade.

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora