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Já tentou fritar um ovo sem quebrar ele? Ou fazer um bolo de cenoura sem as cenouras? É como se algo estivesse faltando e/ou parecesse errado, certo? Lee Minho se sentia assim em relação a Han Jisung. Não tinha como declarar algo a ele, um sentimento tão forte e sincero, ao mesmo tempo em que mentia sobre sua maior verdade; sobre si mesmo.
Por isso a angústia em seu peito sobre a frase "eu te amo".
Estacionou o carro vermelho um pouco afastado da entrada do ferro-velho que ficava na saída de Seul, do outro lado da rodovia. Mesmo após um mês de ter finalmente recebido seus prêmios como vencedor do APK, ido em diversas entrevistas e tirado um zilhão de fotos para a imprensa (e de alguns pulinhos para validar sua carteira de motorista ali), era a primeira vez que dirigia oficialmente um automóvel em solo terrestre.
Não era um dos melhores no volante, sequer muito habilidoso com o GPS, mas as aulas árduas que teve com Younghyun (muito entediantes, ainda que o amigo fosse super prestativo) trouxeram um bom resultado. Jisung foi a viagem inteira agarrado ao cinto de segurança e trancou a respiração a cada cruzamento ou lombada que passaram.
A sensação era estranha para Minho, um friozinho na barriga e vento na cara, tão libertador quanto qualquer outra coisa que já viveu em Marte.
— Ainda não me disse aonde vamos.
— Nós já chegamos, cara de pau. — Ele deu de ombros. Jisung se ajeitou no banco para poder o olhar de frente, franzindo a testa.
— Um ferro-velho no meio do nada? — perguntou descrente, meio incrédulo. — Beleza, eu espero, de verdade, que isso não seja um sequestro e que você não vá usar seus dotes com facas de cozinha pra me esquartejar e jogar em um cantinho.
— Que horror!? — Minho fez careta, sendo agora ele o assustado da situação.
O Han sorriu pequeno, retirando o cinto de segurança.
— Eu falei brincando, perdão.
Minho negou com a cabeça, imitando o gesto, suspirando antes de voltar a falar, um pouco mais sério do que antes.
— Enfim, tem muita coisa que eu não te falei e tô adiando essa conversa desde o final do programa, então… obrigado por não me pressionar, tá bom? É estranho falar disso. Eu sei que você já sabe sobre tudo e tá sendo paciente em esperar a minha versão, mas eu só quero que as coisas entre nós dêem certo, de verdade.
— Vou ficar aqui, Minho, não precisa se preocupar — garantiu.
A mão de Jisung foi para a coxa de Minho e por lá fez um carinho de conforto que quebrou as mil e uma barreiras que cobriam o nervosismo dele.
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𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsung
FanfictionO aroma dos temperos o hipnotizava, cozinhar tornava Han Jisung outra pessoa, sua melhor versão, aquela que mostrava quem realmente era. Naquele ambiente, sentia-se confiante. Até ele chegar, com seu perfume inconfundível, desestabilizando Jisung e...