19! ○ Algodão doce

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— Minho, me solta.

— Mas se eu te soltar, você vai cair.

— Minho, a gente tá em um carrossel!

— Por isso mesmo, não se deixe levar pelas aparências, esse brinquedo pode ser mortal, cara de pau.

Jisung revirou os olhos, porém era nítido o sorriso de canto que contornava seus lábios. Óbvio que o Lee estava apenas se aproveitando da situação — por mais ridícula que fosse — para manter suas mãos atrevidas coladinhas à cintura delineada do ruivo, que podia até estar reclamando do contato, mas que até agora não havia tomado nenhuma atitude para de fato se livrar do toque alheio.

Era gostoso sentir a palma dele em contato com seu corpo, ela era quente, ainda que as peças de roupa impedissem o toque direto. Que bom que Minho o segurava, porque talvez Jisung realmente caísse desorientado no chão por conta de toda aquela proximidade.

Já era noite, as poucas estrelas enfeitavam o céu junto da lua e as luzes da cidade iluminavam a multidão. Jisung e Minho estavam no parque de diversões que havia inaugurado há algumas semanas, com o ruivo sentado em um dos unicórnios do carrossel, enquanto o Lee estava em pé, ao seu lado, numa insistência boba de segurar sua cintura.

Haviam comprado algumas fichas na bilheteria e Jisung fez questão de dizer que deveriam ir primeiro no brinquedo calmo e de musiquinha relaxante, aquele que sempre achou ser o mais encantador de todos — mesmo que, ao seu lado, Minho estivesse quase implorando para sair daquela chatice.

— É minha primeira vez em um parque como esse… — Jisung começou, olhando tudo à sua volta de forma animada. — Minha mãe nunca teve tempo de me trazer e, geralmente, quando tinha, eu preferia ficar em casa. Ela trabalhava muito, digo, ainda trabalha, por isso que nos dias que conseguia tirar uma folga eu fazia questão de deixar ela descansar.

Também era a primeira vez de Minho.

O mais velho se aproximou, abraçando de vez o outro enquanto escorava sua cabeça no ombro alheio. O Han se assustou um pouco com o contato mais próximo, contudo tentou relaxar, apertando o suporte do brinquedo em mãos. Era ridículo que tentasse acalmar sua respiração, o contrário total do coração que batia eufórico e do cérebro fritando seus miolos.

Minho lhe causava arrepios, era gostoso sentir seu cheirinho de perto, a respiração em sua bochecha e as mãos rodeando sua barriga. Ele parecia forte, confiante e confortável, e isso tornava a experiência ainda melhor.

Jisung gostou mais do que achou que seria possível.

— Ah, cara de pau, você é um ótimo filho. Aliás, tenho certeza que também seria um ótimo namorado! — Sorriu, recebendo um tapinha no braço um pouco antes do ruivo o afastar desajeitadamente do abraço, pulando de cima do unicórnio feito de material resistente. A sentença havia sido demais para barrar o pânico que estremeceu seu corpo todinho. — Mas eu só posso ter certeza na prática, então…

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora