22! ○ Cerveja do meu copo

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Quando Christopher perguntou a Jisung, naquele dia em que saíram para comer e beber alguma coisa, sobre mudar o que já havia passado, o Han respondeu de forma decidida que não mudaria nada. Mas, agora, com toda certeza, gostaria de entrar em uma máquina do tempo apenas para não ter gritado com Minho durante a primeira prova do dia. 

Já tinham retornado ao estúdio, passando mais algumas horas no set de gravação apenas para observar os demais competidores — os que faziam parte da equipe azul — cumprirem com a segunda missão. Todavia o Lee não havia trocado uma mísera palavra de parabenização com o ruivo, o que lhe causou um certo desconforto, mesmo que tentasse ao máximo não deixar transparecer em suas feições e ações.

Jisung também tinha sua porção de ego guardado, afinal.

Era estranho para ele estar ali, apenas observando seus companheiros cozinharem enquanto suas mãos coçavam para ajudar. Ainda assim, sentiu um alívio no peito por ter se livrado da eliminação, mesmo que em sua cabeça a culpa ainda estivesse martelando.

E logo se foi decidido o eliminado da semana: Kim Seokjin, que saiu de cabeça erguida e cumprimentando a todos com seu bom humor costumeiro. Era difícil ver alguém se despedindo, principalmente quando o pensamento de que pudesse ter sido você viesse junto como acompanhamento. De repente, dos doze participantes iniciais, só restavam sete.

Han Jisung estava entre eles, mas neste exato momento, encarando seu reflexo no espelho da penteadeira de seu camarim, pensava em outra coisa. Raciocinava a ideia de procurar Minho, mas sua insegurança fazia questão de deixar tudo mais complicado, divagando sobre ser ou não realmente a coisa certa a se fazer. Não tinha ficado estressado na prova por motivo algum, isso era incontestável, porém também não precisava ter sido rude com seus colegas, ainda mais tratando-se de Minho.

Olhou uma última vez para o espelho, vendo seu reflexo apreensivo e arrumando seus fios tingidos de laranja, que, inclusive, já estavam ficando desbotados e com a raiz aparente. Juntou suas coisas de forma desajeitada na bolsa e a atravessou pelos ombros e saiu apressado, andando pelo corredor enquanto observava as diversas portas. Alguma daquelas deveria ser o camarim de Minho, e apenas confirmou sua hipótese ao perguntar a algum dos Staffs que passava bem na hora.

Bastava achar a coragem que havia perdido em algum canto e torcer para não levar um fora. Quer dizer, ele só estava ali para pedir desculpas, não teria motivos para se sentir tão nervoso, não é mesmo? E daí que morria de vontade de beijar Minho outra vez? Que diferença essa informação trazia para seu conflito de agora? Nem sabia as reais intenções do Lee, ele poderia ter dito todas aquelas palavras bonitinhas em vão, apenas para conseguir outras bitocas e Jisung estava caindo direitinho em seu papo cara de pau.

Respirou fundo, batendo na porta com o punho, e para seu desespero (já que nem teve tempo de processar seu ato corretamente), ela foi aberta logo em seguida. Era como se ele já estivesse prestes a sair… ou então, em outra suposição, Lee Minho já estivesse esperando por sua pequena visita.

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora