37! ○ Copo de vidro

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— Eu não sei… eu tô bem, apesar de toda confusão, mas sinto que falta algo…

— Algo ou alguém?

Jisung suspirou, mordendo os lábios de forma nervosa enquanto encarava o teto do quarto de sua mãe, que lhe fazia um ótimo cafuné ao mesmo tempo em que conversavam, deitados e encolhidinhos na cama espaçosa.

A senhora Han sorriu gentil, admirando os traços bonitos do filho, que tanto pareciam com os dela. Era engraçado pensar assim, porque ela nunca foi muito vaidosa ou com a mais alta autoestima, mas Jisung, ele era e sempre seria a pessoa mais bonita do universo em sua concepção de mãe coruja.

— Eu vi ele na delegacia, parecia aflito e acho até que conversaria com você. Talvez não tenha tido coragem, pelo que você me disse, foi o tio dele que causou tudo isso — ela deu continuidade ao que não havia recebido uma resposta para a pergunta anterior, dando seu ponto de vista para o filho.

O Han não precisou de muito para saber a quem ela se referia. Não estava chateado por Minho não ter ido o visitar ou ao menos ter o mandado uma mensagem, é só que havia se acostumado tanto com a presença alheia, que estranhamente sentia uma dorzinha no peito ao ficar tanto tempo — por volta de mais ou menos vinte e quatro horas — longe do cozinheiro de ego aguçado.

Estava com saudades de Lee Minho. Muita saudade, coisa de outro planeta, ele diria.

A situação não era boa, sabia, compreendia e aceitava os prováveis motivos de Minho. Era o tio dele, que mesmo sendo quem era, continuava sendo família. E tinha ele, Han Jisung, que apesar de significar muito, havia chegado há pouco tempo. Minho estava certo de ter tomado um tempo para assimilar tudo, talvez, quem sabe, estivesse com vergonha, receio ou algo do tipo. Jisung realmente não julgava, achava até que no lugar dele, provavelmente faria o mesmo. Só esperava que, diante dos maus bocados, Minho estivesse bem.

— Eu sei, e entendo que uma delegacia não seja o lugar favorito de muitas pessoas, eu, por exemplo, odiei ficar lá, mas é que… Mãe, sabe quando você se apega tanto a uma pessoa, um alguém que você convive todos os dias, seja pessoalmente ou não, e que quando ficam sem se falar ou se ver por um certo tempo é como se algo tivesse faltando? — disse, sem nem mesmo notar que começava a fazer pequenos círculos sobre o colchão.

Jisung sabia exatamente o que faltava.

A luz do quarto estava desligada, os raios de sol ultrapassavam a janela aberta e se juntavam ao abajur de tom amarelado na função de iluminar o cômodo. A cama da mãe era confortável, os lençóis tinham o cheiro dela e isso era o suficiente para o distrair por breves momentos, focado nos desenhos invisíveis que a ponta do indicador trilhava.

Eunji sorriu, com a felicidade subindo e descendo entre seus pulmões juntamente ao ar, contente de saber que seu filho estava tendo sentimentos como aquele.

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐫𝐨 | minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora