LIAM #8 - DOIDAS POR UM TERNO NOVA ERA

17. " sejam bem vindos à Grécia!"

Liam.

Eu ainda estava bravo com a Valentina. Mesmo que aquela conversa tenha sido necessária para ambos, ainda é estranho olhar pra ela e saber que eu não vou tê-la na minha cama no final da noite dormindo como um anjo.

Nós estávamos dentro do avião e eu havia decidido que iria trata-la com educação, mas sem intimidade alguma. Por isso, eu coloquei os fones de ouvido e o livro nas mãos.

Eu estava ouvindo música? nenhuma. Lendo o livro? Não faço ideia nem do assunto, mas quando percebi que a Valentina havia dormido, eu retirei os fones e perdi a conta dos minutos que fiquei a observando dormir.

Certo, se ela acordasse agora eu estaria a encarando como um psicopata e isso seria preocupante para os dois lados, por isso parei.

Ela parecia estar extremamente cansada e pelo modo que dormia era notável que ela ainda não tinha dormido desde que saiu da minha casa na madrugada.

...

- Senhoras e senhores, esse vôo com destino à Grécia irá pousar em quinze minutos. Por isso, afivele seus cintos de segurança e coloque a poltrona no lugar para evitar qualquer tipo de dano. - acordo com o piloto passando todas as informações de pouso.

Olho pro lado e a Valentina estava acordada lendo o livro que eu havia trazido.

- Esse livro é muito bom. - ela diz ao perceber que eu acordei.

- Sim, ele é. - minto, pois eu não havia lido nem a sinopse.

- Não sabia que você gostava ler livros com safadeza. - ela me encara rindo.

Meu pai amado, ferrou!

- Esse é o meu primeiro livro assim. Ele parecia ser legal quando comprei e até onde eu li realmente era.

- Onde você comprou?- pergunta.

Cacete, Valentina! Ela estava pior que o FBI.

- Comprei no aeroporto. - falo a verdade. - Eu sabia que a viagem ia ser longa e não estava afim de olhar pra sua cara durante o voo inteiro, por isso comprei um livro.

- E você nem começou a ler. - ela afirma.

- Como descobriu?- questiono chocado.

- Você mesmo quem acabou de dizer. - ela dá de ombros e volta sua atenção para o livro.

Eu acabei de cair em um dos truques mais velhos que existe! A Valentina literalmente plantou o verde e colheu tudo maduro. Patético, Liam!

...

O avião pousou e o calor exorbitante da Grécia abraçou meu corpo de uma maneira surreal.

Essa é a minha primeira vez aqui e sério, como eu não me permiti vir aqui antes?

Eu e a Valentina buscamos nossas malas na esteira e fomos para a parte de fora do aeroporto onde um motorista nos esperava com a placa: " sejam bem vindos à Grécia, Sr Magalhães e Srta Müller. "

- Olá, boa noite! - o motorista nos recebe.

- Boa noite, Pavel. - o cumprimento após ler seu nome no crachá.

- Boa noite! - a Valentina o cumprimenta feliz.

- Bom, a estadia de vocês aqui na Grécia começa hoje e o meu trabalho é levar vocês até o hotel que ficarão hospedados durante esses sete dias. Vamos? - assentimos e ele abriu a porta do carro para nós dois.

O trajeto até Santorini foi de apenas uma hora e foi bem tranquilo.

O Pavel era bem engraçado e estava nos ajudando bastante na questão de lugares para visitarmos.

Quando ele estacionou o carro na frente do hotel que ficaríamos durante uma semana, eu desci e abri a porta para a Valentina porque educação sempre.

Até porque se eu não tratar ela com educação a dona Megan me mata por telepatia!

- Pavel, muito obrigado por ter nos trazido até aqui. - o agradeço.

- Eu que agradeço por se hospedarem no hotel. Qualquer coisa é só me ligar. - ele entrega um papelzinho para a Valentina com o número dele.

Isso foi um " me ligue para sairmos juntos. " ou eu estou ficando paranóico?

Quando o Pavel sai, eu e a Valentina entramos no hotel. Fomos até a recepção e fizemos o nosso check-in. A recepcionista nos entregou dois cartões dourados que funcionariam como nossas chaves e assim, subimos para nossos respectivos quartos.

- Bom, até amanhã. - ela diz quando chegamos no corredor dos nossos quartos.

- Até amanhã, Valentina. - me despeço, mas ela continua andando junto comigo.

Nossos quartos devem ser um ao lado do outro - penso, mas esse pensamento se vai no momento em que paramos na MESMA porta.

- Liam, qual o número do seu quarto? - pergunta desconfiada.

- 2006. - respondo abrindo a porta.

- Não é possível. - ela diz irritada. - Liam, o meu quarto é o 2006.

- Valentina, olha. - mostro o número do quarto na chave.

- Liam, nós estamos no mesmo quarto. - ela afirma.

Entramos no quarto calmamente como se essa descoberta não fosse o próprio inferno em nossas vidas. O quarto era bem grande, a vista era surreal de linda mesmo a noite e o pior de tudo aconteceu...

- Liam, só tem UMA cama! - Valentina diz chocada assim como eu.

- Sabe de quem foi essa arte, né? - ela assente.

- Gabriel, você me paga! - ela diz com raiva.

- Eu não quero ficar no mesmo quarto que você. - afirmo. Pegando o telefone do quarto e ligando para a recepção.

- E quem foi que disse que eu quero ficar no mesmo ambiente que você, hein? - ela questiona.

- Olá, boa noite. Recepção dreams, como posso ajudar? - a recepcionista que havíamos feito o check-in atende.

- Boa noite, aqui é o Liam Magalhães do quarto 2006 e eu gostaria de reservar mais um quarto. - peço. Eu estava calmo por fora, mas por dentro eu estava implorando para ela conseguir essa reserva.

- Mil perdões, Sr Magalhães, mas o hotel está lotado e não há nenhuma suíte disponível mais. - ela diz.

- Ok, obrigado. - desligo e olho para a Valentina que me encara ansiosa pela resposta.

- E.. - ela pede para eu começar.

- E que nós vamos ter que ficar no mesmo quarto durante sete dias. - falo desesperado.

- Não é possível uma coisa dessas! Liam, você sabe que isso é impossível, né?

- Sei, mas não podemos fazer mais nada. Vamos ter que ficar no mesmo quarto durante todos esses dias e temos que lembrar que não estamos aqui de férias.

- Sim, nós estamos aqui à trabalho...

♡ deixe seu voto!