Flashback on:
- Baby, to the Moon and back
You still love me more than that
When my skies are grey and my whole world is shaking
To the Moon and back
You love me more than that - começo a cantarolar enquanto algumas roupas minhas no closet do Corbyn.Depois de um tempo ele conseguiu me convencer a dividir o apartamento, por mais que eu ainda tenha um pé atrás com isso. Sei que parece besteira, mas tenho medo que ele acabe enjoando de mim por morarmos juntos, de alguma forma. Não tenho um histórico legal na minha família ou na minha vida com relacionamentos ao meu redor, sempre fui muito preservada comigo mesma pra ter algum cara na minha vida. Sempre tive medo, medo de um coração partido e que acabasse comigo.
- Sua voz é suave - escuto uma voz atrás de mim.
- As vezes, quando eu tô inspirada - do de ombros rindo e coloco uma caixa com algumas bijouterias em um cantinho no guarda roupa.
- Tá inspirada todo dia então? - escuto seus passos se aproximando mais de mim.
- Ha ha engraçadinho - sua mão pousa na minha cintura - não sou boa nesse negócio de cantar, já até tentei cantar algo, só que não tenho voz pra isso.
- Então só você acha que não tem, porquê minha opinião é diferente da sua - aperta minha cintura, girando o meu corpo, fazendo o colar com o seu - canta só pra mim, vou amar ter esse privilégio.
- Não posso.
- Não pode? - nego - por que?
- É mais um agravante pra você enjoar de mim - do de ombros.
- Por que eu enjoaria de você? - sua expressão era confusa.
- As pessoas fazem isso, olha - suspiro - elas se gostam, ficam juntos por algum tempo, mas quando ver, eles se separam de repente, aproveitam o máximo daquele relacionamento e o que fica é saudade e triste por um amor partido. Esse é o meu primeiro, e se acabar sem a gente nem perceber - ele coloca a sua mão em meu queixo, fazendo eu o encarar.
- Você deveria relaxar e ter a certeza que eu te amo mais que tudo - coloca sua mão em meu rosto - parar de pensar tanto no futuro, não sabemos nada do que pode acontecer lá, e estamos muito bem agora - me dá um selinho - me promete uma coisa.
- Hum - assinto.
- Mesmo que a gente termine, não iremos nos afastar totalmente, você é importante demais pra eu querer longe.
- Não sei, tenho que pensar, conviver com o ex da sorte? - pergunto risonha.
- Amor - rio.
-Tudo bem - sorrio.
- Eu dúvida que nos separamos algum dia - da de ombros sorrindo.
- Pode me dizer o por quê?
- Hum, não sei, talvez porquê eu seja um ótimo namorado - nego rindo.
- Você é muito iludido.
- Não sou não - rio e ele segura minha cintura mais forte me beijando - e o futuro que eu imagino pra nós é perfeito - beija meu pescoço. Suas mãos vão em direção as minhas coxas colocando força para colocar minhas pernas ao redor da sua cintura, assim faço e ele prende meu corpo a parede - nós substituímos nossas alianças pela a de noivado. Você estaria deslumbrante com um vestido branco indo em direção a mim no altar. E eu ficaria admirando a linda mulher que a partir daquele dia seria minha pelo resto das nossas vidas - as palavras sumiram da minha boca. Apenas fiz o que eu mais queria naquele momento, lhe beijar.
Flashback off:
Partes do meu corpo dói, só que eu não posso fazer nada pra essa dor passar, não é tão forte é mais um incomodo. É como se eu estivesse é uma paralisia do sono, não consigo me mexer, não posso me mexer, não consigo falar e nem abrir os olhos, é bem pior que paralisia do sono. Escuto passos e vozes, pessoas indo e vindo, mas nenhum fala comigo.
A última coisas que consigo me lembrar é de estar no meu carro conversando com o Corbyn, discutindo com ele na verdade. Ele seria mesmo capaz de fazer àquilo comigo? De me trair, será que realmente voltaria pra Califórnia e deixaria seu trabalho lá pra gente conversar em paz aqui?
Se sim, onde ele está? Ou melhor, onde eu estou? E por que não consigo me mexer?
Uma porta se abre me deixando totalmente focada no que aconteceria logo a pós, é a primeira movimentação que escuto depois que "acordei". A pessoa tem passos delicados, tais que eu mal posso escutar, sinto sua presença do meu lado e me parece que ela mexe em algo.
- Você é muito linda criança - era uma voz feminina, de uma mulher adulta - dói muito ver uma moça tão jovem presa nessa cama - toca minha mão, porém não posso retribuir o seu toque - sou a Melissa Mccall, enfermeira do hospital, irei cuidar do seu caso até você acordar - estou em um hospital, meu Deus - dizem que pessoas em coma escutam o que falámos, espero que esteja escutando, e saiba que tem pessoas lá fora doidas pra que você melhore logo e fique bem - aperta a minha mão como um sinal de conforto.
Eu estou em coma, as dores no meu corpo deve ter sido um acidente de carro talvez, mas a culpa foi minha? O acidente aconteceu por imprudência minha? Eu quero me lembrar.
Escuto seu passos se afastando de mim, e logo em seguida uma porta batendo e eu volto a ficar novamente sozinha aqui. Tudo ainda está bem confuso, eu sofri um acidente, estou em coma e mesmo assim ainda posso escutar o que falam pra mim, será que eu machuquei alguém?
A porta se abre novamente e o som e preenchido por vozes femininas baixas, muito familiares.
- Oi meu amor - era Raquel, ela toca a minha mão - a Melissa disse que se falássemos com você, tinha muitas chances de você escutar - sua voz embaça um pouco, isso dói, dói pois eu não posso abraça-la e dizer que tudo vai ficar bem, como eu fazia quando éramos pequenas.
- A sua testa - Júlia toca o local levemente, com medo de machucar ainda mais - acho que vai ficar brava com a cicatriz que vai ficar aqui - rir um pouco e escuto ela fungar.
- Acham que ela vai acordar logo? - é a vez da Jasmim falar, sua voz estava rouca e pesada, não gosto de vê-las chorando.
- Vai sim pequena - Ashley fala - ela é forte lembra? Quando a gente tava na praia e uma água-viva a queimou, sabíamos que estava doendo só que ela se fingia de durona pra não dizer que aquilo doía pra cacete - riem. Eu lembro desse dia, doía muito, só que eu via a preocupação em seus rostos, então eu só dei de ombros dizendo que estava tudo bem, sendo que eu queria gritar muito - ela é forte ok?
- Ok - fala um pouco baixo.
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•Paixão Inesperada•
Roman d'amourSua vida pode mudar muito com uma simples escolha, imagina uma viagem! S/n uma jovem de 20 anos se muda para a Califórnia, para realizar sua tão sonhada faculdade de psicologia. Mas ela não imaginava que uma conversa com o seu vizinho, poderia mudar...