2.19🦋

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Três meses depois...

- Se você não se levantar dessa cama, eu juro por Deus que jogo um balde de água fria em você! - exclamo irritada com Júlia depois de horas insistindo pra ela se levantar de sua cama.

- Me deixa sofrer em paz - cobre o rosto novamente.

- Ana Júlia faz três meses que você está assim, contando os dias que tentava esconder que estava mal com a briga de vocês - cruzo os braços - Eles chegam de viagem hoje, ver se conversam pelo amor de Deus.

- O Dani quis isso tá legal! - se senta na cama bruscamente - Ele quis brigar antes de viajar, ele que não sabia o que queria, ele que - a interrompo.

- A culpa é dos dois e sabe disso - ela fica calada me encarando - Você ficou com o Stiles na festa quando você e o Dani estava tentando se acertar, tudo bem que ele não deixava claro o que queria, mas você não deu tempo pra ele Ju - me sento na cama segurando a sua mão - Os dois estão errados nessa história, mas isso não quer dizer que não podem se acertar. Conversa com ele, diz o que sente de verdade e se ele não sentir o mesmo o manda se lascar e segue sua vida - rir - Mas se vocês não tentarem nem conversa, tranco vocês em um quarto e só saem de lá depois de uma noite de amor de reconciliação.

- O jeito que você fala é engraçado - ri.

- Júlia! - seguro a vontade de rir - É sério. Agora se levanta - fico de pé e seguro sua mão arrastando-a da cama - Você vai comer, eu e a Raquel vamos nos arrumar enquanto isso, quando você terminar de comer vai se arrumar também pra irmos buscar eles.

- Cadê a Jas? - levanta-se emburrada da cama.

- Na casa do Rafa, vamos passar lá quando estivermos voltando - lhe puxo pra fora do quarto - Agora vem, vamos reagir - A morena revira os olhos, mas ainda me acompanha.

Deixa-me explicar o que aconteceu nesses últimos meses. Voltei para o psicólogo e foi umas das melhores decisões da minha vida, me senti bem melhor depois de algumas seções. Os meninos precisaram voltar a fazer os shows depois de vários meses adiando, eles ainda queriam entregar tudo para os fãs depois de tantos meses sumidos, lógico que os fãs entendiam o acontecimento, mas os meninos ainda queriam entregar tudo de se nós shows pra recompensar. Esses três meses foram suas viagens pelo mundo fazendo shows.

Também os três meses que o Dani e a Júlia estão brigados. Eles não rotularam o que tem, só ficavam sério e nada mais que isso, mas quando a Júlia foi lhe perguntar o que exatamente eles eram, entram em uma discussão pois o Daniel não sabia exatamente o que responder, ele ainda estava confuso com os seus sentimentos, e ela a flor da pele sem pensar muito nos seus atos, acabou ficando com o Stiles durante uma festa.

A gente meio que tinha virado um grupo grande, o Stiles e o Scott estavam incluídos também e eu amava isso. Jasmim e Rafa continuam sendo o casal mais lindo e fofo, mas as vezes eu acho que algo neles não é mais o mesmo, a Jas não me diz nada, mas eu também não vou forçar. É coisa deles, caso ela queira conversar eu vou estar aqui.

- Estou pronta e a Júlia tá de braços cruzas no sofá querendo nós matar - rio e acompanho Raquel até a sala.

- Deixa de birra e vamos - pega na mão da morena e a arrasto para fora de casa - Não fica com raiva de mim, sabe que estou certa.

- Não é raiva - se rende descruzando os braços - É só medo de tentar algo e acabar não dando certo.

- Ei - a abraço de lado e Raquel nós deixa sozinhas indo até o carro do namorado. Os meninos deixaram seus carros por nossa conta enquanto estavam fora. Eu fiquei com o do Corbyn e a Quel com o do Zach, já a Júlia preferiu não ficar com nenhum carro já que ela sabe que dirige que nem uma doida e segundo ela, não está a fim de vender seus rins para pagar um carro novo pra ninguém. Juro que até hoje me pergunto como ela tem a carteira de motorista - Se vocês conversarem e esclarecerem realmente o que querem. Serem sinceros um com o outro, a relação de vocês será linda. Confia em mim - ela sorrir e me abraça de volta beijando minha testa.

Eu sou a mais velha de nós duas e as vezes é ela quem me trata como um bebê. Juro que quando disse a ela sobre a primeira vez que transei, ela quase teve um troço e quase que não acredita em mim alegando que bebês não transam.

- Então gatas - Quel chama nossa atenção encostada no carro do namorado - Vamos? O avião está prestes a pousa - sorrio por faltar poucos minutos pra o encontrar novamente.

- Vamos que essa aqui vai ter um treco se não ver o namorado logo - Júlia brinca saindo do abraço e indo em direção a Raquel.

- Vai me deixar ir sozinha? - pergunta chocada.

- Nem vem, você vai com a Ana e eu já aguentei muito sermão seu hoje - mostro o dedo do meio e ela devolve rindo - Também te amo - reviro os olhos e entro na Mercedes. Eu com toda certeza amo dirigir esse carro, mas ainda vou ter minha BMW preta com o escapamento fosco. Me lembro da primeira vez que vi um, me apaixonei logo de cara e disse pra mim mesma que se me desse vontade de aprender a dirigir algum dia, seria para dirigir aquele carro.

Depois de buscar a Ana na casa do Rafa, não demoramos muito para chegarmos no aeroporto. Demora um pouco para o desembarque dos meninos, ainda mais com fãs esperando na entrada. Só conseguirmos passar por causa dos seguranças que nos ajudaram, porque se não fosse por isso, estávamos presas do lado de fora.
Os meninos tiram algumas fotos com os fãs e logo se dirigirem para nós. Suspiro feliz e aliviada quando os braços do Corbyn envolvem a minha cintura com a maior força sem me machucar e eu sinto sua respiração bater em meu pescoço. Sentia falta do seu toque, sentia falta de tudo nele.

- Oi amor - sussurra perto do meu ouvido e eu sorrio - Senti sua falta.

- Eu também - respondo no mesmo tom. Ele se afasta um pouco ainda com as mãos em minha cintura e com os meus braços ao redor do seu pescoço. Seu olhar faz um triângulo em meu rosto que me deixa completamente anestesiada por saber o que precisávamos. Sem perder muito tempo, logo acabo com o espaço entre nós, juntando nossos lábios.

Ele pede passagem com a língua eu cedo. Suas mãos em minha cintura aumentam a intensidade da força. O puxo mais para mim — se é que isso ainda é possível — aproveitando a sincronia perfeita de nossas línguas lutando por espaço.

- Vão para um quarto - escutamos a voz do Jack e eu tenho vontade de pular em seu pescoço. Terminamos o beijo com três selinhos e o meu namorado mostra o dedo do meio para o amigo. Rio me aconchegando mais em seus braços - Agressivo - coloca a mão no peito fazendo drama.

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