•Epílogo•

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4 years later

- O paciente foi diagnóstico com ansiedade e TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) - murmuro com a caneta entre os dentes. Estava no escritório da minha casa, revisando alguns prontuários dos pacientes recentes da clínica. Mesmo em casa, as vezes não consigo ficar parada sem pensar no trabalho. Minha clínica é nova, mas com uma demanda enorme de pacientes, o que me surpreendeu, mas confesso que ser esposa de um dos participantes da banda mais famosa da atualidade, ajudou bastante.

É tão bom dizer: minha clínica.

Saio dos meus pensamentos escutando leves batidinhas na porta do escritório. Tiro a caneta da boca e sorrio - Oi - as batidinhas continuam - Oi amor. Pode entrar - demora um pouquinho, mas ela consegue alcançar a maçaneta, abrindo a porta devagar e praticamente pendurado nela. Sua mão na boca com um sorriso sapeca, mostra que havia aprontando algo. Logo reparo no seu rosto todo cheio de farinha, assim como o vestidinho e cabelo - Aí meu Deus, ele fez de novo.

- Mama - passo a mão no rosto rindo.

- A mama, vai acabar com a raça do papai - me levanto e a pego no braço. A pequena só sabia rir enquanto eu tentava tirar o máximo de farinha possível do seu cabelo - Eu juro que dá próxima vez que ele inventar de fazer bolo com você encima da bancada, jogo um saco de farinha de trigo todinho na cabeça dele - ela continua rir - Continua rindo sua sapeca.  

- Papa faiando com a dinda Mimin - a Aíla está perto de fazer quatro anos. Ela fala bem, mas ainda é pouco, o que é normal pra idade dela, aos poucos ela vai aprendendo a colocar as palavras na ordem certa e do jeito certo.

- Você viu a dinda Mimin? - arqueio as sobrancelhas demonstrando surpresa, pra animar ela. Aíla abre um sorriso contente e assente - Que legal. Vamos até a cozinha, a mamãe também quer falar com a dinda - ela bate palminhas e eu fecho a porta do escritório. Desço as escadas devagar, já que estava de salto e com a minha filha nós braços.

A casa é de primeiro andar e bem grande por sinal. Quando o Corbyn me mostrou a planta achei um exagero, confesso, mas depois de pronta, simplesmente amei. É ótimo pra receber os amigos e família. Temos uma piscina, um jardim grande o suficiente para a Aíla brincar ao ar livre e pro nosso cachorro correr a vontade. É, temos um golden, depois de muita insistência das duas crianças da minha vida, Corbyn e Aíla, adotamos o Skay quando a minha pequena completou três anos.

Entro na cozinha e me deparo com o meu marido de avental, que não serve de muito já que a camisa está cheia de farinha, o que suspeito ser arte da pequena em meus braços. Seu celular está apoiado em um pote de vidro enquanto fala com a Jasmim por face time.

- Amor, se continuar assim vai acabar virando o próprio bolo - me aproximo e deixo a Aíla na sua cadeirinha, presa. Vou até a geladeira e pego seu suco de goiaba - Pega amor. Toma tudinho pra depois você tomar banho e estar bem cheirosa quando os tios chegarem.

- Ah, queria estar aí - escuto a Jas lamentar pelo telefone. Deixo um selinho nos lábios do Corbyn e encaro a minha prima.

- Como está aí em Mônaco?

- Bom - mostra o salão de beleza onde está no momento. Alguém escovava seus cabelos e outra mulher fazia sua maquiagem - Como pode ver, estou sendo tratada como uma princesa - sorrio - A coletiva de impressa é daqui algumas horas e a premiere é amanhã - sorri apreensiva - É o meu primeiro trabalho como protagonista, estou nervosa.

- Tenho certeza que o filme está incrível. Você é uma atriz maravilhosa, Jas, porque acha que é a protagonista? - ela sorrir envergonhada - Sei que não posso pedir pra não ficar nervosa, mas tenha certeza qua esse filme vai 'tá incrível e que sua atuação está impecável.

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