2.32🦋

54 7 10
                                    

- Eu tenho que parar de fazer isso - murmuro assim que abro os olhos e encaro o quarto de hospital. Não sinto nada, a não ser um enjoou repentino. Há um cheiro estranho nesse quarto que está me deixando agoniada.

- Hey - Corbyn passa pela porta com um pequeno sorriso no rosto - Como se sente?

- Por favor me diz que não vamos passar por tudo de novo - choramingo e ele vem até mim segurando o meu rosto.

- Não, não vamos, ok? - assinto - Você apenas teve uma crise forte de ansiedade que causou o seu desmaio. Fizeram alguns exames em você, mas ainda não temos os resultados. Expliquei sobre o acidente e eles proporam uma tomografia, não tinha nada, 'ta tudo bem - sorrio - A enfermeira vem já já conversar com nós dois, ela disse que estava esperando você acordar.

- Quanto tempo eu dormi?

- A noite inteira, estava cansada.

- Mas você dormiu também, né? - ele faz uma careta - Corbyn!

- Vou dormir melhor quando já estivemos no quarto de hotel, com você nós meu braços - suspiro sorrindo de lado. Faço uma careta, assim que me dou conta do cheiro de novo - O que foi?

- Esse cheiro - franzo o nazis e cheiro o seu pescoço logo me afastando - Amor, que perfume é esse?

- O que você me deu no natal passado - estranha.

- Nossa, é horrível - murmuro virando o rosto, evitando ao máximo vomitar. 

- Está realmente bem? - assinto tampando o nariz.

- Que bom que acordou, S/n - a enfermeira entra no quarto, falando em português - Sei que é brasileira, pode traduzir o que eu falar, pra ele? - aponta para o meu noivo e eu assinto - O resultado dos exames saíram, mas preciso que venham comigo para mostrarmos uma coisa - assinto e traduzo tudo para o moreno ao meu lado - A doutora que está lhe atendendo, fala inglês, então não precisa se preocupar - sorrio.

- Posso ir andando? Não aguento mais cama de hospital - rimos.

- Claro, mas vai devagar, ainda está um pouco fraca - assinto e o Corbyn me ajuda a levantar com cuidado.

- O que acha da sua expressão? - Corbyn chama a minha atenção encarando a enfermeira - Preocupada ou tranquila?

- Está com medo do que elas tem para nós mostrar? - assente e eu beijo o seu rosto - Vai ficar tudo bem. Sua expressão está neutra, não acho que devemos nós preocupar - sorrir de lado, mas ainda posso ver o medo em seus olhos. Entendo totalmente, depois de tudo que passamos, não é pra pouco.

A sala não era muito distante, o que me fez agradecer muito, pois já estava um pouco zonza. Assim que entramos, pude visualizar uma morena dos cabelos ondulados, curtos. Ela nós encara com um enorme sorriso no rosto enquanto coloca suas luvas - Oi S/n, como está? - vem até mim e nós comprimentos.

- Bem melhor, só um pouco enjoada - faço uma careta e ela sorrir.

- É normal. Vem, deita aqui - me ajuda a subir na cama e eu observo a máquina ao lado.

- O que é isso?

- É uma ultrassonografia - franzo o nariz - Irar entender - ela pede licença e levanta a minha blusa - Irei passar esse gel, é um pouco gelado, então não se assuste - assinto. Corbyn para ao meu lado e segura a minha mão - Vou passar a maquininha na sua barriga, e o que estiver aqui - toca levemente na minha barriga - Aparecerá na tela.

- Certo - respiro fundo quando ela passa o gel e depois começa a passar o objeto pela minha barriga. Ficamos em silêncio o tempo todo, apenas esperando saber o que ela tinha para mostrar. Sua expressão era neutra, o que me deixava mais nervosa. Parecia tão empenhada no trabalho, que nem imagina o nervoso que aquilo estava me causando.

- Estão vendo esse pontinho - aponta para tela - Esse grãozinho de arroz - assentimos confusos - É um embrião - acho que esqueci como se respira.

- Espera, está dizendo...

- Que você está grávida, S/n. Vocês irão ter um bebê - sinto meus olhos arderem e a mão do moreno apertar mais a minha. Não acredito que iríamos ser pais - Sua gravidez ainda é recente, uma semana e alguns dias. Seja qual foi a pressão que você recebeu ontem pra ter a crise, lhe deixou mais fragilizada e te fez desmaiar, mais como uma proteção pro bebê, por isso foi tão rápido. Você não vinha tendo enjôos nós últimos dias, não é? - nego - Quando desmaiou, sua imunidade baixou, o que permitiu que quando você acordasse sentisse fortes enjôos.

- Aí meu Deus - respiro fundo e encaro o meu noivo, que estava em estado de choque.

- Vou dá um tempo pra vocês - ela sorrir e se levanta - Parabéns papais - deixa nós dois a sós.

- Amor, olha pra mim - seguro o seu rosto e encosto no meu.

- Estamos grávidos? - assinto sorrindo.

- Sim, estamos.

- Vamos casar e estamos grávidos. Acho que eu não poderia estar mais feliz - meu sorriso se alarga mais e eu beijo os seus lábios - Eu te amo muito, meu amor.

- Eu te amo mais - ele beija minha testa, e logo desce deixando um beijo na minha barriga, onde não estava melado com o gel.

E de repente, o que havia se tornado uma noite de sonhos e pesadelos ao mesmo tempo, se tornou uma manhã de alegria e realização. Somos três agora e eu vou fazer tudo por nós, sempre.

°•°•°•°•°•°•°

°Acho que caiu um olho na minha lágrima 🤧

°Acho que caiu um olho na minha lágrima 🤧

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
•Paixão Inesperada•Onde histórias criam vida. Descubra agora