15🥀

171 13 31
                                    

Olho pra trás vendo o Jonah com o punho cerrado. Sem perder tempo, ele da um murro na cara do Tryvo, fazendo ele me soltar. Me encosto no armário chorando, tentando raciocinar o que tinha acontecido, ou o que iria acontecer se o Jonah não tivesse chegado.

- Some daqui, agora! - Jonah grita e o Tryvo saí correndo com a boca sangrando. Ele vem até mim, o abraço tremendo sem conseguir parar de chorar. Isso é uma sensação horrível. Te tocarem sem você permitir. É uma sensação de nojo enorme.

- Ei, tá tudo bem agora - passa a mão no meu cabelo - Eu tô aqui, ok? - assinto ainda chorando nos seus braços - Temos que ir, não vou deixar esse babaca sair impune depois disso - saio do seu abraço, fecho o armário e pego a minha mochila. O Jonah pega a mochila das minhas mãos e me abraça de lado saindo da escola.

- Como veio parar aqui? - pergunto baixo.

- Eu vim te buscar com o Corbyn e o Zach, mas você estava demorando muito. O Corbyn queria vir atrás de você, mas eu era o único que conhecia a faculdade, por já ter estudado aqui. Consegui convencê-lo a deixar eu vim - passamos pela portaria, indo em direção ao carro - Se eu não tivesse chegado a tempo...

- Obrigada Jonah - olho pra ele, ainda com o rosto inchado. Chegamos na frente do carro e dois garotos saem de lá vindo até mim preocupados.

- O que aconteceu? - Corbyn pergunta e eu o abraço, chorando em seu ombro.

- Vamos para o carro, explicamos no caminho até a delegacia. Tudo bem pra você S/a? - assinto me soltando do abraço e ando até o carro. Entro no banco de trás com o Zach e ele me abraça de lado.

O Jonah explica toda a situação prós meninos, que ficam a ponto de voltar para a escola e bater nele. Corbyn ficava me olhando pelo espelho do carro mordendo o seu dedo, percebi que ele fazia isso quando estava nervoso ou com raiva de algo. Chegamos na delegacia e fizemos todo boletim de ocorrência. Ficamos sabendo que o Tryvo já tinha passado pela polícia, mas foi solto por fiança, porém o policial me garantiu que dessa vez não teria fiança nenhuma.

O caminho até a minha casa foi em silêncio, eu estava perdida em meus pensamentos. Olho pro meu braço onde tinha uma atadura branca no local onde tinha ficado roxo. Eu não sei o que doía mais, a sensação de quase ter sido violada ou a dor psicológica.

Chego em casa e subo pro quarto deixando os meninos na sala. Vai ser um pouco difícil eles saírem de perto de mim agora, falaram que eu não podia ficar sozinha nesse momento. Tomo um banho e visto uma roupa confortável. Deito na cama, não tinha lágrimas mais, só uma sensação ruim e muita dor no braço.

Alguém bate na porta e eu digo que pode entrar. O Corbyn passa por ela, se senta no chão do lado da cama alisando a minha bochecha.

- Sinto muito - uma lágrima escapa do seus olhos - Você não merece isso pequena - passo minha mão no seu rosto limpando a lágrima, ele pega a minha mão a beijando - Eu deveria ter ficado mais atento àquele babaca.

- Ei, você não tem culpa nenhuma - o puxo pra se deitar na cama junto comigo
Ele se deita e pega no meu braço machucado o alisando - Vai ficar tudo bem, o Tryvo vai ser preso e me deixar em paz.

- Como você consegue? - me olha.

- O que?

- Ver algo bom nisso tudo, você está bem de verdade?

- Vou ficar, ok? - ele me encara - E tenho uma mania de ver o lado bom em tudo, até demais as vezes.

- Você é forte - alisa minha bochecha e eu sinto os seus lábios na minha testa. Fecho os meus olhos - Descansa agora, não vou sair daqui - sussurra me abraçando - A Ashley vem pra cá ficar com você, se eu precisar sair. Foi uma luta pra convencer ela de não ir na casa do Tryvo bater nele, se acalmou depois que eu disse que ele iria ser preso - rio de leve fechando os meus olhos, deixando o cansaço tomar conta.

•Paixão Inesperada•Onde histórias criam vida. Descubra agora