•Paixão Inesperada•

2.27🦋

- New Orleans! - falamos juntas chamando não só a atenção dos nossos amigos, mas também de outras pessoas no aeroporto.

- Uma semana. Uma semana pra vocês raciocinarem isso - Rafa para ao nosso lado rindo.

- Quando eu for te visitar, vamos em todos os lugares que a série foi gravada - pontuo encarando o moreno - Meu Deus! - o abraço e ele rir.

- Agora está feliz que eu vou embora? - pergunta indignado.

- Não meu anjo, mas eu com certeza vou te visitar sempre - rimos - Mas então, meus queridos. Estão me sequestrando, e ainda não me falaram qual é o nosso destino - encaro o meu namorado que está com a minha passagem na sua mão. Ele me mostra um sorrisinho inocente e eu rio.

Eram exatamente oito da manhã, e nós encontrávamos no aeroporto a poucos minutos. Nosso vôo é as oito e meia. Todo o nosso grupo vai para essa viagem, inclusive a Any e o Josh que agora estão em suas próprias carreiras solos, e eu os convenci a viajarem com a gente, mesmo que nem eu saiba pra onde iremos. Disse ao Corbyn pra conversar com eles e explicar o seu plano. Agora a cacheada e o loiro estão quase dormindo, um encostado no outro nas cadeiras de espera do lugar.

- Ok, acho que já posso contar - sorrio. O moreno da alguns passo na minha direção, segurando as minhas mãos - Sabe a minha agenda de shows?

- Que você não deixou eu ver? - ele assente rindo.

- Acontece que o primeiro show vai acontecer no Brasil, na sua terra - abro a boca sorrindo - E como eu sei o quanto você sente saudades de lá e da sua família - pulo em seus braços antes que ele possa terminar de falar.

- Eu não acredito - beijo seus lábios.

- O meu primeiro show é no Rio de Janeiro.

Desde que me mudei pra Califórnia, não cheguei a cogitar a ideia de voltar ao Brasil, eu sei, parece totalmente egoísta, mas passava a maior parte do tempo na faculdade e trabalhando. O dinheiro que eu tinha, era para a casa e mantimentos. As passagens sempre estavam caras em épocas de férias. Minha mãe tentava me convencer a ir pro Brasil, mas as nossas datas de férias nunca batiam, então sempre ficava pro próximo ano. Depois do que aconteceu comigo, viagem não era a maior das minhas procurações.

Eu nasci no interior da Bahia, aliás, meus pais moram lá até hoje, bom, minha mãe e meu padrastos né, porque o meu pai sumiu pelo mundo e nunca mais tive notícias. Nunca cheguei a ir no Rio de Janeiro, mas tenho certeza que será um passei incrível e o show também. Espero que meus possam ir nós ver lá.

- Com tanta gente assim, era mais fácil um jatinho particular - Any resmunga bocejando novamente.

- Fala isso pro burguês do Corbyn - meu namorado da um tapa na nuca do Zach.

- Você quer bancar, bocó? - reviro os olhos sabendo que àquela arenga duraria até o nosso embarque. Se tem uma coisa que eles gostam de fazer, é irritar um ao outro.

Depois de um tempo nosso vôo é anunciado e logo embarcamos no avião. Nosso grupo ficou praticamente todo junto, inclusive os casais. Até casais que não são casais, tipo a Jas e o Scott. Se o moreno e a ruiva não fossem tão lerdos, perceberiam que essa "amizade" deles, não é apenas amizade.

Passei boa parte do tempo dormindo, seria uma viagem longa. Os tampões de ouvido que a Lydia havia recomendo, ajudaram muito nisso. Eles serviam por causa da altitude e a pressão que o vôo poderia causar em minha cabeça. Os fones ajudavam a diminuir a pressão, com ajuda de remédios, os quais eu já tomava a meses.

Só percebi que chegamos quando o Corbyn beijou o meu rosto e balançou de leve os meus ombros tentando me acordar. Boa parte dos nossos amigos estavam com cara amassada, inclusive a Any e o Josh. Meu Deus, a quanto tempo eles não dormiam? Rio segurando a piada que eu queria fazer, mas estou cansada demais até pra isso.