- Eu não acredito que você realmente é apaixonada por uma música nossa, mas não sabia da nossa existência - Corbyn indaga indignado saindo do carro e eu sigo fazendo o mesmo.
- Sinto muito senhor cantor, mas eu estava nervosa no avião, então comecei a procurar músicas e achei essa, passei a viagem inteira escutando ela - falo parando na sua frente focando nós seus olhos, que até o momento não tinha notado que eram tão lindos.
- Bom, se você enjoar eu já sei o porquê - rimos e começamos a andar em direção a entrada do mercado. Pego um carrinho de compras médio, começando a procurar pro comidas que pelo menos seja familiares as do Brasil, acho difícil, porém não custa tentar.
- Então, você não usa nenhum disfarce pra sair de casa? - pergunto brincando e ele faz uma careta pra mim.
- Não tem necessidade, já venho aqui a muito tempo, então as pessoas me tratam normal - da de ombros - E pra sua felicidade, aqui tem um corredor com comidas brasileiras.
- Tá falando sério? - paro o carrinho olhando pra ele com um sorriso no rosto - Eu já estava imaginando como diabos eu ia comer alguma coisa aqui - ele rir.
- Vem - me puxa para um corredor personalizado com as cores da bandeira do Brasil, o que eu achei bem bonitinho na verdade. As pessoas daqui amam o Brasil de uma forma que não consigo entender, enquanto a gente quer morar aqui, eles querem ir pra lá.
Comprei várias comidas para durar um mês, pois só iria fazer essas compras de mês em mês, já que era só eu, as coisas ficariam mais fácies. Vim pra Califórnia pra fazer faculdade, ganhei um bolsa e consegui convencer os meus pais de deixar eu vim, todo mês meu pai manda um quantia certa de dinheiro pra eu me sustentar aqui.
- Então, ainda acha que sou um psicopata? - Corbyn pergunta assim que saímos do mercado, colocando as compras no porta-malas.
- Me deixa em casa, são e salva, aí a gente conversa - pisco pra ele e entro no carro, ele nega rindo e faz o mesmo.
[...]
Termino de guarda as compras respirando fundo, depois que o Corbyn me deixou em casa, ele insistiu em me ajudar com as compras, dizendo ele que era muita coisa pra eu sozinha, então começou a arrumar antes que eu dissesse um não.
- Obrigada pela ajuda - sorrio agradecida.
- De nada - pisca, o que me deixa um pouco vermelha - O que vai fazer amanhã?
- Arrumar as minhas coisas, organizar tudo e no final fica assistindo série, até porquê minhas aulas só começam próxima semana - só de ombros.
- Então venho aqui amanhã - o olho confusa - Vou te ajudar ué.
- Grudou igual chiclete né? - ele rir - Por que tá fazendo isso?
- Porque sou um ótimo amigo - afirma.
- Amigo? - arqueio as sobrancelhas.
- Amigo! - ele cruza os braços me olhando do mesmo jeito.
- Não estou te atrapalhando?
- Não, estou de férias, antes de você chegar eu ficava jogado no sofá jogando ou compondo. Então não, você não está atrapalhando - sorrir.
- Te tirei do estado de vegetação - ele me olha indignado - Me sinto honrada - coloco a mão no coração.
- Ok ok, depois dessa eu vou embora - faz um sinal de rendição andando até a porta - Até amanhã cachinhos.
- Cachinhos?
- Sim, seu nome é complicado, e os seus cachos são lindos - da de ombros - Juntei o útil ao agradável.
- Ok popstar.
- Popstar?
- Juntei o útil ao agradável - sorrio sapeca e ela abre a porta da casa logo passando por ela.
- Até amanhã popstar - ele fecha a porta e eu continuo parada olhando pra porta com um sorriso bobo no rosto - Mais que porra é essa S/n? Sem isso, da última vez foi só ladeira a baixo - falo pra me mesma subindo as escadas indo em direção ao meu quarto.
Procuro um short de pano cinza e um camisetão preto pra dormir. Sempre amei essas camisas, da uma sensação de liberdade tão boa e confortável. Acho a roupa e vou até o banheiro tomando um banho tranquilo pra tirar todo o nervosismo da viagem e relaxar pensando em tudo que me espera no futuro.
Meus sonhos sempre foram além, meus pensamentos não iam só até arrumar um emprego e ter uma família, eles sempre foram além disso, viajam pro onde puder, conhecer lugares incríveis e pessoas também, e eu ainda vou realizar isso, não gosto de me prender em um canto só, em quanto eu ainda for jovem, posso conquistar tudo que eu quiser.
Termino o meu banho e visto minha roupa logo deitando na cama, me cobrindo relaxando o meu corpo, já tinha jantado pois o Besson havia parado em uma lanchonete e pedido um lanche pra gente.
Pego o meu celular ligando o wi-fi, começando a receber várias notificação no Instagram e Whatsapp, não entendi o porquê de tantas mensagens já que nunca recebia tantas notificações assim. Logo percebo que não tinha ligado pra minha mãe e avisado que estava tudo bem nada casa, última vez que tinha ligado tinha sido no aeroporto quando cheguei.
Vou no Whatsapp e mando uma mensagem dizendo que estava tudo bem e me desculpando por não ter mandado mensagem antes. Para matar a minha curiosidade vou no Instagram ver o porquê de ter tantas notificações assim.
Ai não...CORBYN BESSON!
Ele havia postando o nosso vídeo no carro cantando, e agora tinha várias pessoas me seguindo e perguntando quem eu era. Aí meu senhor, eu queria tudo agora, menos chamar atenção. Vou Whatsapp falar com o Besson.
Rio do seu jeito. Paro pra pensar em como a nossa amizade aconteceu do nada e ficou tão boa. Depois do que aconteceu, ele é a minha primeira amizade sendo menino. Não confiava mais em garotos, os achava um babaca que não pensavam nós sentimentos de ninguém, espero que o Corbyn não seja assim, e que nossa amizade dure bastante.
Amei conhecê-lo, não quero perder sua amizade Corbyn, seja diferente por favor...
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•Paixão Inesperada•
RomanceSua vida pode mudar muito com uma simples escolha, imagina uma viagem! S/n uma jovem de 20 anos se muda para a Califórnia, para realizar sua tão sonhada faculdade de psicologia. Mas ela não imaginava que uma conversa com o seu vizinho, poderia mudar...