"A vida é curta demais pra viver de intrigas, mas e se a pessoa for cabeça dura demais pra conversar?"
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Saio do quarto onde a S/a estava indo até a lanchonete do hospital. As meninas tinham ido pra casa tomar banho e comer alguma coisa, afinal estamos aqui desde ontem, elas vão trazer uma roupa pra mim, já que me recuso a deixar à morena sozinha, tenho medo de sair e acontecer algo com o seu quadro.
O médico falou que seu caso era delicado, e qualquer agravante no seu quadro médico poderia piorar a situação. Compro um sanduíche natural e um suco de manga, só tinha coisa saudável alí, nada gorduroso, o que me deixou estressada, qual é? Preciso de glúten.
Me sento em uma mesa que era perto da recepção do hospital. Até que o sanduíche não era tão ruim e o suco? Uma delícia. Olho pra fora do local, sendo possível ver carros parando na estrada no hospital já que as portas eram de vidro. Visualizo um carro preto parando na frente, ele me era familiar, só não tinha certeza.
Cinco garotos saem dele vindo em direção a entrada, logo fecho a cara encarando o moreno magrelo. Sinto a raiva subir pelas minhas veias, sério que ele tem a cara de pau de vim aqui? Sendo que a culpa de estamos aqui agora é dele!
Ele para enfrente a recepcionista, imagino que perguntando sobre o quarto da S/a. Me levanto da mesa indo até ele pisando forte no chão, tentando ao máximo não pular em seu pescoço.
- Você não deveria nem está aqui! - esbravejo parando do seu lado o encarando, logo sentindo os olhares dos meninos encima de mim.
- Júlia, calma - coloca a palma da mão na frente do corpo, sua expressão era de cansado, de uma pessoa que não tinha comido absolutamente nada - eu só quero vê-la, eu só quero ter certeza que está bem.
- Ah você quer? - tento avançar mais sou parada por uma mão em minha frente. Subo o meu olhar para os olhos azuis que estavam me encarando com um olhar de súplica, mas eu ignoro - você pensou nela antes de beijar aquela loira azeda? Pensou? Porquê você e eu sabemos que a culpa dela está aqui agora é sua! - aumento o tom de voz.
- Júlia, por favor - Zach para em minha frente me afastando um pouco do seu amigo - ele não está bem, ele só quer ter certeza que ela está bem, que ele pôde comer, que não pode se matar a os poucos só por ela está em estado grave no hospital, que - suspira - que ele precisa ficar bem por ela.
- Só me explica o por quê! Por que diabos você ficou com ela, por que magoou a S/a?
- Eu não queria, eu juro, só deixe-me vê-la - olho pra ele encarando os seus olhos cansados e os olhares de súplica dos garotos, minha vontade era de pular em seu pescoço e descontar toda raiva que estou sentindo nesse momento.
- Ela está em coma - solto suspirando e relaxando os punhos que até o momento estavam cerrados.
- Como? - Zach pergunta desacreditado.
- O que? - Corbyn pergunta com os olhos lacrimejando.
- Isso que você ouviu, quer que eu desenhe? - esbravejo, só que o olhar de Daniel se encontra com o meu me fazendo respirar fundo e recuar um pouco a marra - o médico disse que o caso dela é delicado, ele não tem previsão de quando ela pode acordar, e nem se vai acordar - meu olhos ardem, Zach se senta em um banquinho colocando as mãos na cabeça, começando a chorar.
- Deixa ele ir - Jonah diz me encarando e eu deixo o Corbyn passar indo até o quarto dela.
Corbyn
Senti toda culpa consumir o meu corpo, eu sei que uma parte alí a culpa era minha, mas também tinha consciência do que realmente aconteceu lá, que as coisas fugiram do meu controle e eu simplesmente não sabia o que fazer.
A Júlia tem total razão de ter raiva de mim, de querer me bater, pois eu faria isso se estivesse com força suficiente. Depois que eu soube do acidente, meu mundo desabou completamente, os meninos que fizeram tudo no aeroporto pra eu não ficar parado lá apenas querendo que o mundo acabasse comigo.
Depois que chegamos aqui, a única coisa que eu fiz foi deixar as malas no apartamento, porquê eles me convenceram disso. O Jonah passou lá nós trouxe pro hospital.
Ando pelo corredor dos quartos do hospital, sentindo o ar um pouco melancólico alí. Paro na frente do quarto dela tomando coragem pra abrir a porta, meu coração acelerava a cada segundo que se passava. Encosto na maçaneta da porta gelada, abrindo a porta logo em seguida.
A encaro vendo seu semblante sem expressão alguma, o seu sorriso estampado no rosto que eu tanto amava não estava mais lá, seus cachos nos ombros, e seus lábios que ainda um pouco pálidos continuavam com um tom um pouco rosado. Fios conectados a os aparelhos que rodeavam a sua cama, o quarto só tem o som dos seus batimentos cardíacos.
Chego um pouco mais perto sentando na beirada na cama.
- Desculpa minha pequena - minha voz falha um pouco ao falar - a culpa é minha de você está agora aqui - toco os seus dedos, e entrelaço nossas mãos - faria de tudo pra não te ver aqui, pra te ver sorrindo das minha piadas sem graça, e poder te explicar o que aconteceu - suspiro.
Beijo a sua testa ficando um pouco alí com os olhos fechados, escuto os seus batimentos cardíacos acelerar e sorrio levemente. Me afasto do seu rosto e a encaro.
- Você vai ficar bem, você vai voltar pra nós e vamos ficar todos juntos novamente - beijo a sua mão - prometo.
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•Paixão Inesperada•
RomanceSua vida pode mudar muito com uma simples escolha, imagina uma viagem! S/n uma jovem de 20 anos se muda para a Califórnia, para realizar sua tão sonhada faculdade de psicologia. Mas ela não imaginava que uma conversa com o seu vizinho, poderia mudar...