"Acho que todo mundo já se perguntou se estaria vivo no próximo dia, se o que fizéssemos no dia anterior não afetaria em nada, até porquê estaríamos mortos. Começo mórbido né? Infelizmente não tem outro pra ele, não pra essa parte da minha vida"
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Dois anos depois....
- Obrigada - sorrio e pego o meu café. Estava na cafeteria que tinha perto de casa. O clima frio nessa época do ano arrepiava todo o meu corpo, então era uma boa desculpa para tomar o máximo de café possível, talvez eu seja um pouco viciada.
Saio da cafeteira começando a andar até uma pequeno parque que tinha alí perto. Deixa eu resumir esses dois anos pra você: Eu comecei a fazer estágio em uma clínica de psicologia pra me ajudar a conseguir um emprego futuramente, sou a recepcionista de lá, e a dona me ajuda muito quando eu tenho dúvidas em relação ao trabalho, esse estágio também me ajuda muito a me sustentar aqui, meus pais ainda mandam dinheiro, mesmo eu pedido mil vezes pra pararem pois eu já tinha conseguido um emprego.
Não consegui convence-los a parar, cabeças duras. A minha prima se forma esse anos no colégio e já sabe o que vai fazer, é uma coisa que sempre esteve na sua vida e que eu devo admitir, é muito a sua cara. Ela decidiu fazer arte cênica, a arte sempre esteve presente na sua vida, e a ruiva sempre foi fascinada por isso, não me surpreendeu muito quando ela me contou.
A Ashley cresce mais na sua carreira a cada dia que passa, até conseguiu um ponta em uma série da Netflix, acho que eu nunca a vi tão feliz quando me contou, seu sorriso ia de orelha a orelha. A série se chama "Legaices", fazia parte de uma história que eu conhecia e era muito viciada.
Os meninos? Bom, estão fazendo mais sucesso que nunca, estão muito felizes com tudo que estão realizando, fãs por todos os lugares e um enorme fandom no Brasil, o que não me deixou muito surpresa, os brasileiros sabem o que é música de verdade. A pouco tempo estavam fazendo uma turnê, a qual nos deixou morrendo de saudades quando estavam fora, mas valeu muito apena ver seus sorrisos quando voltaram.
Eu e o Corbyn? Bom....
- Te achei - chega ficando na minha frente, me dando um leve susto. Em um ato rápido pega o café das minhas mãos e me puxa pela cintura me beijando. Coloco uma mão no seu peito e outra segurando a gola da sua camisa - hum, acho que o café fica muito melhor quando eu sinto o gosto na sua boca.
- Você é um safado - do um tapa no seu braço e ele rir - não me assusta mais assim - faço um biquinho, estendo a minha mão fazendo ele entregar o meu café - não é legal.
- Oh desculpa - me dá um selinho - só estava animado demais.
- Pode me contar o motivo? - tomo um gole de café e começamos a andar pelo parque com as mãos entrelaçadas.
- Por eu querer passar um tempo com você, não tem coisa melhor do que ficar com a namorada.
- Você é um fofo, mas passamos o dia inteiro Juntos ontem - semicerro os olhos - tem algo amais aí.
- O Reynald, chamou a banda para uma reunião, vamos fazer um show em Las Vegas - levanta as mãos para cima feliz e eu começo a pular junto com ele. Reynald era o novo empresário deles, era uma ótima pessoa, com uma família linda, já passamos até o natal com eles, ele fez questão.
- Meu Deus sério? - ele assente animado e eu o beijo - estou muito feliz por vocês.
- Só tem uma notícia ruim - saio do seu aperto, ele estava com as mãos em minha cintura desde o momento que nós beijamos.
- O que?
- Tenho que viajar amanhã - me afasto um pouco tentando absolver a notícia.
- Mas vocês já tiveram uma tour a um mês, iam tirar um tempo de folga lembra? Um tempo pra compensar os cinco meses longe - sinto uma pontada no coração.
- Eu sei amor, eu sei - passa a mão no rosto - eu tentei convence-lo a não irmos agora, que poderíamos deixar isso pra outra vez, só que ele e os meninos sabem que é uma oportunidade única, eu sei - aponta pra se mesmo - que é uma oportunidade única.
- Eu também sei - sinto meus olhos lacrimejarem - mas eu também sei que eu quero o meu namorado do meu lado, eu sei que os cinco meses que você passou longe foram os mais complicados - esbravejo - que a gente quase terminou - uma lágrima escapa.
- Ei - chega perto tocando o meu rosto e eu seguro no seu braço - será só uma semana.
- Uma semana que nem da última vez? - pergunto um pouco baixo - "uma semana apenas no Canadá amor" - imito a sua voz - a uma semana durou quase dois meses porquê não paravam de ter propostas, eu relevei pois era oportunidades se abrindo pra vocês e eu fiquei muito feliz de verdade, sabe que eu sou a maior apoiadora do sucesso que estão fazendo - ele assente ainda me encarando e tentando aparta as lágrimas que caíam - mas eu também quero o meu namorado presente.
- Eu - imprensa os dentes fazendo uma careta, ele fazia isso quando não queria que as lágrimas viessem - uma semana, eu prometo, uma semana e eu volto pra você, e no final, não vai ter mais nada que possa nos separar tudo bem? - encaro suas íris acinzentadas procurando pelo conforto que eu sempre tinha em seus braços, assinto e o abraço afundando o meu rosto no seu peito.
Àquela situação infelizmente era constante entre nós, não era porquê queríamos, era porquê não tínhamos outra opção. E mesmo que ele tenha me afirmado dessa vez que não se passaria de uma semana, uma pontada no meu peito dizia que alguma coisas iria acontecer.
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•Paixão Inesperada•
RomanceSua vida pode mudar muito com uma simples escolha, imagina uma viagem! S/n uma jovem de 20 anos se muda para a Califórnia, para realizar sua tão sonhada faculdade de psicologia. Mas ela não imaginava que uma conversa com o seu vizinho, poderia mudar...