•Paixão Inesperada•

2.15🦋

- Ah meu amor - minha mãe me abraça enquanto chora, odiava vê-la assim, mas pelo menos seu choro agora era de felicidade - Que bom que você acordou - passa a mão em meus cabelos.

- Não chora mãe - ela se afasta e eu limpo suas lágrimas - Se não eu choro também.

- É choro se alegria - sorrir alisando o meu rosto - Me conta - se senta na poltrona que estava lado da minha cama como sempre. Só estava eu e ela no quarto, o Dom estava lá fora com o meu irmãozinho, pois é, eu tenho um irmão. Ele é tem os olhos do pai que são verdes e o resto é todo a minha mãe, ele pelo menos puxou o meu cabelo cacheado, muito lindo - Como está se sentindo?

- Bom, a dor de cabeça passou - mais ou menos, e como se tivesse dolorido, mas nada demais - E o médico falou que tá tudo bem com a cirurgia - do um leve sorriso.

- E aqui - aponta pro meu coração e eu suspiro.

- Está confuso - abaixo a cabeça e ela segura a minha mão - Acha que ainda podemos dá certo?

- Isso depende de vocês.

- Mas tudo que aconteceu - ela me interrompe.

- Tudo que aconteceu foram consequências do trabalho dele, e talvez pra provar o quanto o amor de vocês é forte pra suportar tudo.

- Talvez não seja tão forte - ela levanta minha cabeça.

- Filha, tá tudo bem se perguntar se vocês podem da certo depois de tudo que aconteceu - brinca com um cacho solto na frente do meu rosto - Lembra quando ele estava em turnê e você me ligou dizendo que talvez vocês terminassem pois era difícil a distância e suas brigas - assinto - Ele fez questão de voltar apenas por uma noite pra ficar com você, pra conversarem e esclarecerem o que estava acontecendo - sorrio de lado lembrando - Ele te ama muito.

- E eu amo ele - ela sorrir.

- Não deixe o tempo e a distância ter poder sobre vocês, façam acontecer, voltem um para o outro.

- Miriam frases - mamãe rir - Tudo bem, só não estou com muita cabeça pra conversar agora - suspiro.

- Tudo bem - aperta sua mão na minha, demostrando conforto - No seu tempo ok?

- Ok - sorrio e escutamos batidas na porta. Meu irmãozinho e o Dom passam por ela com sorrisos no rosto.

- Desculpe atrapalhar - Dom fecha a porta segurando a mão do meu irmão com a outra  - Mas tem alguém aqui agitado - ele solta a mão do meu irmão que vem para a beirada da cama tentando subir.

- S/a - ele diz puxando os lençóis da cama e levantando um pouco a perna, tentando apoiar na cama.

- Calma Théo - mamãe diz rindo e pega o pequeno no colo, colocando o mesmo encima da cama - Pronto.

- Aaee - ele bate palminhas e vem em minha direção abraçando o meu pescoço - colinho.

- Sim, é o colinho da maninha - sorrio o abraçando um pouco mais forte - Estava com saudades.

- Sadade - ele sussurra ainda me abraçando.

O Théo tem um ano e meio, uma criança muito sapeca quando quer ser e também muito carinhosa. O que era maravilhoso para mim que amo abraços. Acompanhei toda a gravidez da minha mãe de longe, mas ainda ainda acompanhei o parto. Quando ele nasceu fiquei um mês no Brasil ajudando a minha mãe e fazendo a faculdade a distância, foi um pouco complicado, mas deu tudo certo.

- Aí pequeno - fecho os olhos ainda no abraçando - Fica aí e não sai mais por favor - escuto minha mãe rir e o pequeno também soltar uma risada fraca.

- Apeto (aperto) - o solto e ele senta no meu colo, começando a brinca com o meu anel, o meu anel de compromisso.

- Pensa bem ok? - minha mãe diz quando me pega encarando o anel e eu suspiro - Acho que vocês tem um grande futuro juntos.

Sorrio e volto a observar o meu irmão brincar com o meu anel. Minha mãe tinha razão, não podemos acabar assim, nosso história tem que ter um fim, sendo ele triste ou feliz. Sempre que imagino o meu futuro, o popstar está nele e eu espero que continue lá, pois não vejo um sem ele.

Minha família demorou um tempo ainda pra ir embora, pois tinha que levar o Théo pra um parque que prometeram levar ele antes de voltarem para o Brasil, e o pequeno não esquece uma promessa. Se tem uma coisa que ele é bom, é cobrar quando alguém lhe promete algo. Por fim acabei ficando sozinha novamente, era chato isso as meninas ainda não haviam chegado, faculdade não liberou elas mais cedo, aposto que estão soltando fumaça pelas orelhas.

A Jas estava em alguma lanchonete, diz ela que estava morrendo de fome e só voltaria pro hospital quando estivesse satisfeita, não duvido nada que tenha parado na praia e ficado lá observando o mar.

- Olha aqui, quem foi o idiota que inventou a faculdade? - Bia entra no quarto reclamando e jogando a bolsa na poltrona - Aí como é bom te ver acordada - me abraça.

- S/n - Raquel me abraça assim que a Júlia se afasta - Como estava com saudades de ti.

- Oi suas doidas - rio - Raiva está grande assim? Pra nem uma lágrima eu ganhar de vocês.

- Não posso chorar - Raquel se deita ao meu lado me abraçando - Tenho que ter a maquiagem intacta pra sair com o meu namorado.

- Perai, namorado? - pergunto a olhando indignada.

- Vai nem tomar banho sua porca - Júlia brinca se sentando na ponta da cama. Como resposta receber um casaco na sua cara - Ei!

- Isso é o que ganha por ser chata - Raquel esbraveja irônica - Sim, namorado, o Zach - ela sorrir enquanto fala.

- Vocês dois estão juntos meu Deus, que lindos - sorrio - Estou feliz por vocês.

- É, finalmente pararam de cu doce - Júlia diz.

- E quando você e o Daniel vão parar de cu doce? - a loira levanta as sobrancelhas a olhando com um olhar de "te peguei".

- Perai vocês duas - digo chamando a atenção - Muita informação, será que dá pra me atualizar devagar - elas riem.

- Ok - Júlia começa - eu e o Daniel ficamos uma vez, só que não rolou mais nada depois disso, só ficamos um pouco estranhos um com outro.

- Eles não tem coragem pra falar o que sentem - a loira diz como se fosse óbvio.

- Deixa eu terminar loira azeda - Raquel mostra a língua pra ela e a morena devolve. Aí Deus, duas crianças - Ele é incrível S/n, acho que é demais pra mim.

- Não diz isso, vocês são perfeitos um para o outro e se gostam um do outro na mesma intensidade, só tentem - falo e ela sorrir de lado.

- Tava com saudades do seus concelhos - a morena vem até mim e me abraça.

- E eu com saudades de vocês.