23. O Começo De Tudo

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  Segunda - Feira, 7 de setembro de 2020.
 

  Eu já havia trabalhado em uma missão que envolvia um serial killer, mas ele não conseguiu agir porque eu cheguei na hora que ele entrou em ação, algo que é bem diferente quando o assunto se trata deste serial killer. Ele ataca quando a gente menos espera.

  Parece que foi á séculos atrás que eu e o Ryan fomos escolhidos e convocados para essa missão.

  Há dois anos um agente da corporação recebeu uma ligação anônima de uma adolescente que pedia socorro, disse que tinha um serial killer correndo atrás dela, mandou as únicas fotos que nós tínhamos como pista de como o Ethan poderia ser fisicamente, e também o documento com as supostas cinco vítimas do Ethan; a menina estava falando aceleradamente enquanto corria, mas parecia que havia descoberto essa lista quando hackeou o sistema de uma empresa de tecnologia (apenas por diversão), e também porque sempre achou o chefe da empresa muito suspeito.

  O agente passou essa informação para a central da FC, procuraram a localização do número; foram iniciadas buscas incansáveis atrás do suposto serial killer mas ninguém conseguia o pegar causando algum problema graças à falta de provas, e o número que havia ligado antes, estava dando como não existente.

  Seis meses depois, foram selecionadas a dedo as melhores duplas de cada uma das subdivisões da FC espalhadas por todo o mundo, e ouve treinos desgastantes por 6 meses e 25 dias para descobrir qual era a melhor dupla para essa missão, no final eu e o Ryan fomos escolhidos e passamos 1 ano se preparando, enquanto esperávamos que tudo ficasse pronto, passaportes, identidades, carros, apartamento, armas e objetos tecnológicos. 

  No começo o Ryan acreditava que seria muito mais fácil, apenas encontrar o Ethan e colocar ele numa jaula, mas nós nunca tínhamos visto ele em nenhuma das ruas de Londres, e o telefone da suposta vítima não atendia mas nenhuma ligação. Nós não podíamos simplesmente chegar em outro país, apresentar crachás de uma corporação secreta, e prender um cara apenas por que alguém ligou dizendo que ele é um serial killer. Seria uma tremenda idiotice.

  O Ethan foi considerado o alvo de uma missão de suma importância à partir do momento que ninguém encontrava rastros dele, pesquisaram sobre ele na empresa de tecnologia, mas o chefe, chamado Ethan Cooper, não tinha fotos em nenhum site ou rede social, diziam que ele não gostava de tirar fotos. Um único agente da FC que havia se passado por um jornalista, conseguiu conversar com ele pessoalmente, mas o Ethan não queria que gravassem o rosto dele, apenas a voz. Em qualquer momento que o agente perguntava sobre o que o Ethan achava sobre a grande quantidade de atrocidades e suicídios que estavam ocorrendo em Londres ele dava respostas rápidas e se esquivava facilmente, e foi dai que a corporação tirou a ideia de um homem extremamente inteligente e um excelente manipulador.

  A única solução foi criar dois personagens fakes para se infiltrar na sociedade do suposto assassino, e fechar o cerco dele, assim como eu havia feito no Alabama com o primeiro serial killer que a corporação lidou há anos atrás.

  Nós entramos nessa missão com pouquíssimas peças na mão e continuamos sem encontrar outras que deem suporte, enquanto o Assassino continua sem freio, intenso e frio com os assassinatos.

  Ver esse corpo ensanguentado e estático em cima dessa cama, mostra o lado que realmente está ganhando. Mesmo que muitas pistas apontem para o Ethan, eu ainda tenho 0,1% de esperança que ele não seja o verdadeiro serial killer, mas tudo aponta que é ele quem nós procuramos. 

  Depois que o meu horror se esvaiu quase que por completo, eu me virei para a policial mais próxima que usava um distintivo de chefe, e estendi a mão para um comprimento educado, a mesma me olhou, tirou a luva e aperto minha mão:

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