Quinta-feira, 17 de setembro de 2020.
Ele me beijava com tanto sentimento que parecia que não iria me soltar nunca mais, parecia tão irreal que eu sentia que se o soltasse ele iria sumir.
Ao encerar o beijo ele encostou sua testa na minha:
– Você está com fome?
– Um pouco. - Ele se afastou e entrelaçou nossas mãos me puxando para podermos andar lado à lado.
– O que você quer comer?
– Talvez, hot dog?
– Eu nunca comi isso, acredita?
– Você está brincando?! Você vai ter que experimentar agora.
Chegamos à barraquinha e eu pedi os hot dogs e dois copos de suco, um de laranja e outro de morango, que havia sido a escolha do Ethan.
Antes que o mesmo entregasse o dinheiro segurei a mão dele e estendi o cartão para a mulher do outro lado:
– Você sempre paga. Me deixa pagar pelo menos uma vez? Está me fazendo sentir como se eu dependesse de você.
– Eu só quero ser cavalheiro. - Ele tentou se soltar enquanto a moça ficava confusa sobre qual cartão pegar.
– E eu acho lindo o modo como você está sendo educado comigo, mas eu não quero parecer interesseira. - Afastei o braço dele mas o mesmo levantou novamente.
– Eu nunca acharia isso de você.
– Mas eu acharia.
– Olha, porque vocês não fazem assim. Paguem dividido. - Encarei a moça e ela me enviou um sorriso singelo.
– Não é necessário. Eu vou pagar. - Falei e quando o Ethan levantou a mão para protestar eu belisquei o mesmo.
– Ai!! Tá bom! Ela vai pagar, moça. - Sorri triunfante.
Nos sentamos enquanto a mulher preparava os lanches e estavamos falando sobre coisas banais até uma menininha cair à nossa frente, o Ethan levantou no mesmo instante e ajudou a criança à se levantar.
– Você está bem pequena? - Ele começou a limpar o vestido dela, no mesmo instante em que a menininha de aproximadamente 4 anos começou a chorar.
– Eu quelo mia mãe! - O Ethan pegou a pequena de cabelos ruivos encaracolados no colo e eu me aproximei segurando a mãozinha dela.
– E onde está sua mãe? - Perguntei.
– Eu coli, e ela sumiu. - A mininha falou ainda aos prantos.
– Sophia?! - Olhamos para trás e uma moça também ruiva vinha em nossa direção com os olhos cheios d'água.
– Mamãe! - Ela estendeu os braços.
O Ethan colocou a criança nos braços da moça.
– Sophia, por que você correu?
– Puique eu quelia blincar de esconde-esconde.
– Não faz mais isso, por favor. - Ela olhou para nós dois. - Obrigado por segurarem ela. Eu estava distraída e ela correu.
– Por nada. - O Ethan sorriu e segurou a mão da pequena. - Não corre mais da sua mãe desse jeito, está bem? Ela ficou muito preocupada, e isso é perigoso.
Achei fofa aquela interação dele com a criança, muito parecida com a conversa que ele teve com o pequeno Ben.
Nos sentamos novamente quando a mulher e a Sophia foram embora:
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Vermelho Sangue
Random⚠️ATENÇÃO: Obra +16. Contém linguagem imprópria, palavrões, apologia ao sexo. Temas que tratam de suicídio, depressão, assasinatos e tortura. Caso sinta gatilho, aconselho que não leia, para o seu próprio bem. ...