2. Acho Que Era O Alvo!

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Sábado,  29 de agosto de 2020

  Depois de alguns longos minutos tentando acordar o Ryan, ele finalmente estava de pé e nós estavamos desembarcando no aeroporto de Heathrow em Westminster.

  Pegamos nossas malas, e apresentamos os novos documentos. Graças ao ótimo trabalho da nossa equipe, a família Turner era bem conhecida em Nova York, e por isso estávamos sendo muito bem tratados.

  Pelas coordenadas que o Anthony havia nos enviado, o hotel que iríamos nos hospedar não era muito longe do aeroporto, então chamamos um táxi e seguimos para o nosso novo lar.

  A fachada do hotel era muito luxuosa, havia um enorme gramado que se estendia até porta de entrada e bem perto da calçada, uma grande placa de mármore apresentava o nome do hotel escrito com uma tinta dourada. Quando direcionado o olhar para cima, nem dava para ter uma noção do tamanho que era aquela construção, mas dava para perceber de longe a cor branca e as grandes varandas e janelas com vidros que reluziam os raios solares.

  Por dentro também era muito bonito e bem iluminado, em diversos cantos eram vistos grandes vasos de cerâmica branca com plantas de folhas de um verde muito vivo e saudável, além dos dois cantos com sofás e poltronas de couro branco e mesas de madeira escura. Seguimos até o balcão da recepção e passamos algumas informações para a moça que estava a nossa frente, ela esbanjou um enorme sorriso ousado para o Ryan, e pediu para segui-la.

  Nos a seguimos para dentro do elevador, e eu não deixei de notar que ela arrumava o decote da roupa à todo momento se inclinando para o Ryan, esperando que ele notasse a presença de seus seios fartos, o que obviamente ele não deixou de olhar.

  Saímos do elevador já no vigésimo quinto andar, ao entrar percebemos que aquele apartamento era enorme. Ele tinha um design moderno, com tons neutros e móveis novos.

  – Bom, espero que possam levar ótimas lembranças de Londres. É uma cidade muito linda, e com muitos pontos turísticos maravilhosos. - A loira falou olhando mais para o Ryan do que para nós dois.

  Depois de mais umas olhadas inoportunas enquanto ela fingia explicar para nós as regras do hotel, ela finalmente saiu dando passagem para fecharmos a porta:

  – Fico impressionada em como pode existir pessoas tão oferecidas. - Falei indo até o sofá e tirando minha jaqueta preta.

  – Isso por acaso é ciúmes? - Ryan falou com um sorrisinho convencido.

  – Na verdade é pena. Ela aparentemente só esta dando em cima de você, por que acredita que nós realmente somos uma família importante de Nova York. Ou seja, pra ela você é apenas um rostinho bonito, com corpo sarado, e algumas coisas mais… - Fiz um sinal de dinheiro com as mãos, logo pegando minhas coisas e seguindo pelo corredor.

  Abri a ultima porta e encontrei um quarto aconchegante, os tons e móveis sendo da mesma tonalidade que a sala de entrada.

  – Vou ficar com o quarto da última porta à direita ‐ Falei antes de entrar.

  – Tá. - Ryan respondeu aparecendo na entrada do corredor.

  Entrei no quarto logo trancando a porta:

  – Em fim, em minha própria companhia.

  A Corporação já havia comprado a maioria das nossas roupas, então eu levei apenas uma mala com algumas coisas mais pessoais que eu deixei perto da porta e fui abrir as enormes cortinas.

  Depois de soltar um longo suspiro, eu me joguei na cama procurando pelo conforto e macieis que eu não vivenciei naquele avião.

  Eu amo meu trabalho, me faz se sentir viva poder ter outras identidades, manusear armas de fogo, viajar para países diferentes, e colocar na cadeia criminosos que a policial local não consegue pegar mesmo que esteja de baixo do seu nariz, mas passar 5 horas dentro de um avião é realmente estressante.

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