10. Eu Quero Ficar.

183 17 11
                                    

Segunda, 31 de agosto de 2020.
 

  – Ei. Se acalma. Já passou eu já tinha resolvido.

  – Desculpa, é que esse negócio de tocar em uma pessoa sem o consentimento dela me deixa com muita raiva. - Ele começou a fazer massagem no pulso. - Posso te pedir uma coisa?

  – Pode.

  – Eu fico até sem graça, mas… você pode dirigir meu carro até o meu hotel? Acho que torci o pulso com o murro que eu dei na parede.

  Fiquei um pouco pensativa, poderia ser perigoso, mas por algum motivo (talvez o pulso machucado) eu sentia que ele não me machucaria, então não teria porque não ajudá-lo.

  – Posso.

  – Obrigado. Eu vou pagar a conta e já saio.

  – Ok.

  Quando Ethan entrou Ryan saiu olhando para o mesmo:

  – E ai? Ele tá mais calmo?

  – Parece que sim, mas ele acertou um soco na parede e deu mal jeito no pulso, vou dirigir o carro dele até o hotel que ele mora.

  – É sério isso?!

  – Sem show Spencer!! Já passei por sentimentos de mais por hoje, e olha que ainda são três horas da tarde. E lembra do que a gente combinou, sem colocar sentimentos na frente das missões.

  – Tá. Eu não vou reclamar. Vou te esperar no apartamento.

  – Não precisa esperar. Pode descansar.

  – Vamos? - Ethan falou saindo do restaurante.

  – Vamos. Até daqui a pouco Spencer.

  – Até.

  Ethan me entregou a chave e eu segui para o banco do motorista. Ele foi me dando as coordenadas e logo estavamos na frente de um hotel que não era tão grande mais ainda assim parecia ser bem caro.

  Abri a porta para sair do carro mas antes de sair ouvi Ethan dar um grunhido de dor:

  – Está tudo bem?

  – Está.

  – Deixa eu ver seu pulso.

  – Está tudo bem.

  – Me deixa ver!

  Ele estendeu o pulso, e eu notei um enorme inchaço com uma mancha roxa bem escura.

  – Meu Deus. Isso está horrível. Você tem algum medicamento de primeiros socorros no seu apartamento? E gases… essas coisas?

  – Não.

  – Tem alguma farmácia aqui perto?

  – Tem uma na esquina.

  – Vou te ajudar a sair do carro. Me espera na recepção que eu vou comprar umas coisas pra fazer um curativo.

  – Não precisa se preocupar.

  Revirei os olhos e sai do carro, fui para o lado do passageiro abrindo a porta:

  – Isso é tão vergonhoso. Eu que deveria abrir a porta pra você.

  – Uma mulher também pode abrir a porta para um homem. - Dei um sorrisinho.

  Assim que ele saio, eu travei as portas e mandei ele esperar na recepção, o mesmo me entregou um dinheiro para comprar os medicamentos:

  – Não precisa.

Vermelho Sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora