Toronto
Três dias depois do ocorrido em Seattle, o tempo em Toronto estava acabando comigo. Minha imunidade havia baixado e... sei lá.
Talvez fosse a rotina misturada com a mudança constante de clima. De qualquer forma, eu precisava arrumar um jeito de me acostumar logo.
Meu corpo dolorido pedia para voltar pra cama urgentemente, mas, mesmo assim, bati na porta de Luke no horário de sempre. Estávamos mais distantes do que o habitual e eu ainda não havia arrumado uma forma de fazer nós dois nos darmos bem. Não havia esforço algum da parte dele também.
- Parece que passou um caminhão em cima de você - Luke pontuou enquanto vestia a jaqueta na entrada no quarto.
- Obrigada por notar - Funguei e limpei com um lenço a coriza que ameaçava escorrer do meu nariz.
Enquanto descíamos, abri o aplicativo para pedir um carro pra mim. A probabilidade daquilo passar para Luke era maior se estivéssemos tão próximos. Menos uma viagem em silêncio sepulcral até a arena não faria mal a ninguém.
- O que está fazendo? - perguntou quando chegamos ao hall lustroso do hotel cinco estrelas.
- Pedindo um Uber. Estou doente, não posso passar isso pra você.
Ele parou pra pensar, mas acabou concordando.
Fomos em carros separados e eu passei as horas seguintes encolhida no sofá do camarim. Em dado momento, notei que comecei a ter febre, mas não tinha forças para me levantar e buscar o celular na bolsa, então tentei dormir até que alguém aparecesse para eu pedir um antitérmico.
Tremeliquei por mais uma hora até ouvir a porta abrindo.
Enquanto Luke entrava acompanhado de duas garotas, eu lembrei que havíamos combinado de sair pra beber com a equipe mais tarde. Inferno.
Levantei meu corpo na intenção de sentar no sofá e ajeitei os fios soltos do meu cabelo. Meu crachá estava virado ao contrário e meu corpo muito quente. Não percebi quando uma das meninas se aproximou de mim.
- Você está pálida! - Ela colocou a mão na minha testa - Como está se sentindo?
Tentei argumentar que só precisava dormir, mas a garota fazia faculdade de medicina e insistiu em me levar para o hotel depois de me arrumar um antitérmico com alguém da equipe.
Ela era um lilás suave e o seu cuidado um rosa claro. Soube que estava em boas mãos ao deixar que ela agisse por mim.
Luke não mencionou a ida ao bar, apenas concordou com a volta ao hotel. Era o caminho mais fácil para as intenções dele com a estudante de medicina lilás e a outra loira vermelha igual a ele.
Em questão de minutos, já estávamos no meu quarto, todos os quatro.
- Michael está perguntando por você - Hemmings contou enquanto Hayley, a estudante de medicina, me cobria na cama.
- Diga que estou bem - minha voz tremelicava.
Hayley conversava comigo sentada ao meu lado na cama, mas a outra menina não saía de perto do loiro. Eu queria dizê-los para irem fazer o que precisavam fazer logo, mas preferi ficar quieta tentando desvendar o olhar no rosto de Hemmings.
- Já passa das duas da manhã, eu tenho aula em algumas horas - Hayley anunciou - Você pode ficar com ela, Luke?
- Claro - ele respondeu, prontamente se levantando da poltrona enquanto ambas as garotas iam em direção à porta.
- Tome um banho em temperatura ambiente daqui a alguns minutos, vai ajudar com a febre e o mal estar - Hayley avisou antes de sair.
Eu assenti e agradeci. Ninguém iria se divertir naquela noite.
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Sex - Luke Hemmings
FanfictionLuke não era viciado em sexo. Na verdade, era viciado em endorfina. Ele precisava de feniletilamina, um peptídeo que se ativa também com perigo, paixão, risco ou medo. Mas não, ele não queria nenhuma dessas coisas. E eu? Eu só tinha que fazer o meu...