48. Night in Paris

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Paris

Luke estava animado no café da manhã. Rindo abertamente enquanto Calum lançava aquele olhar de quando o amigo contava piadas ruins.

Eles dois estavam na sacada de Hemmings, comendo sobre a exata mesma mesa onde eu tinha visto aquilo tudo no dia anterior.

Será que Calum sabia o que tinha acontecido ali?

Será que Luke sabia o que tinha acontecido no meu quarto?

Ventava um pouco e o sol estava tímido, mas não iria chover. O show era somente no dia seguinte, então tínhamos mais um dia livre na capital francesa. E eu estava animada também.

Enquanto me servia do café que tinha acabado de chegar, levantei a voz para que os dois me escutassem de longe.

— Vamos sair hoje?

Eles olharam pra mim, Luke limpando uma lágrima que escorreu do canto de seu olho, de tanto rir. Calum com a expressão mais atenuada que antes.

Luke deu um gole de sua xícara e eles se entreolharam por um segundo inteiro. Pareciam saber algo que eu não sabia.

— Tem um bar drag aqui perto. Muito famoso. O que acha? — o loiro disse.

Eu estranhei ele me responder, principalmente com aquele humor todo que eu não via dar as caras fazia um tempo.

— Ótimo — respondi em tom amigável.

[...]

Chegamos no bar depois das dez, já um pouco bêbados por termos virado alguns shots no quarto de Jesse. Cantávamos Nickelback e Zach fez air guitar da entrada do bar até nos acomodarmos em uma mesa.

O bar era subterrâneo, mas o salão era amplo e vibrante. Tudo tinha cheiro de álcool e perfume doce. Frequentadores usavam roupas extravagantes e perucas gigantescas e havia gente de todo tipo.

Pop anos 80 soava nas caixas de som reguladas no volume perfeito. Dava para conversar e para dançar.

Eu estava maravilhada com as cores e as pessoas, vendo tudo um pouco mais brilhante que o normal. Sentei ao lado de Luke e de frente para Zach, com Cal, Ash, Mike, Lyla e mais pessoas em volta.

Usava calça e cropped de couro, combinando com a calça de Zach, o meu par. Havíamos feito fotos lindas no caminho e agora eu recebia um áudio gigantesco de Scott gritando o quão bonitos estávamos.

"Linda! Maravilhosa! Você merece um Oscar, um Grammy! Um ménage à trois com vista para a torre Eiffel!"

Se Luke ouviu a última parte, não esboçou nenhuma reação. Eu também não procuraria por tal.

Pedimos algumas cervejas, levantamos todos para dançar e, em dado momento, quando a performance das drags ia começar, nos posicionamos na frente do palco.

O figurino, a música, era tudo incrível. Eu imitei a performer com tanto entusiasmo que ela chegou na beira do palco e me estendeu a mão.

Eu olhei para os lados, verificando se era comigo mesma e subi.

Ela enrolou um boá cor de rosa no meu pescoço e fizemos juntas a coreografia, rodopiando no pole e interagindo com os outros frequentadores. Puxei Lyla para dançar com a gente e no final recebemos muitas palmas e assobios.

Aquela atenção era boa.

Saí do fundo do palco, indo em direção à passarela alta e, ao chegar na borda, mal me dei conta de que estava me apoiando nos ombros de Luke. O loiro me segurou pela cintura e me ajudou a descer.

Sex - Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora