Nova Iorque
Quem eu era?
Bem, nem eu mesma poderia responder aquilo, já que estava há tanto tempo contida. Eu não conhecia meu ponto de partida, nem meus destinos, muito menos os limites, mas vez ou outra eu ia descobrindo e aquela era uma noite de descobertas.
O ponto onde o olhar de Luke havia estado permanecia ciente de sua atenção, sensível dentro da blusa. Quase impaciente por estar escondido.
A ansiedade começou a dar as caras na boca do meu estômago, enviando pequenos estímulos aos extremos do meu corpo. Minhas pálpebras ficaram pesadas. Eu quis fechar os olhos e deixar acontecer.
Mas não tinha nada pra acontecer. Eu só estava... excitada.
Além da descarga de adrenalina dos últimos minutos, ainda havia álcool no meu sistema, então eu não tinha muita culpa.
Qualquer um no meu lugar teria o mesmo fim. Eu tinha certeza.
Luke continuava buscando no meu rosto uma resposta que eu não tinha. Eu fui do humor leve ao nervosismo em segundos. Abri e fechei a boca algumas vezes antes de, finalmente, ser salva pelo meu telefone tocando.
Ufa.
O aparelho vibrou no meu bolso, me despertando para o fato de que eu estava há alguns segundos longos demais sem reagir.
Balancei a cabeça e dei as costas a Luke, indo atender a chamada.
- Alô?
- Maya Tyler? - ouvi do outro lado da linha - Aqui é David Hutton, da BBC. Você me deixou um recado sobre um pitching.
Meu deus.
Era o produtor.
Aquela era a melhor e a pior hora para tratar daquele assunto, mas eu não tinha escolha. Reuni toda a minha concentração para achar as palavras certas e, ainda assim, elas saíram um pouco tropeçadas.
- Oi! Meu deus... Que bom que você ligou, não tinha certeza se faria isso.
Acabei me afastando mais de onde Luke estava. Eu não queria que ele soubesse mais do que o necessário sobre a minha vida. Ele não hesitaria em fazer perguntas e dar opiniões.
O homem do outro lado da linha me respondeu:
- Eu já estou de volta em Londres, mas fiquei interessado em saber mais da sua ideia. A gente pode conversar agora?
Ele queria conversar naquele momento? Puta merda.
- Claro, sem problemas! - respondi prontamente e me virei para Luke que me acompanhava de longe com as mãos nos bolsos - Me dê só um minuto, por favor.
Dei alguns passos na direção do loiro enquanto tampava o microfone do celular.
Limpei a garganta.
- Vá para o bar, eu preciso atender esse telefonema.
Ele assentiu em silêncio e, lentamente, atravessou a rua e entrou no bar, me dando uma olhada através do vidro antes de se sentar na mesa.
David me ouviu, riu de uma piada ruim que eu fiz e falamos um pouco sobre o que eu esperava da BBC e de Londres. Falar com ele realmente fez tudo parecer um pouco mais real e eu cheguei a pensar que conseguiria um atalho pelo meu próprio mérito, mas aí então...
- Você acha que conseguimos fazer um especial com o seu pai?
- Como é?
Senti uma pontada no estômago. Ele sabia quem era o meu pai.
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Sex - Luke Hemmings
FanfictionLuke não era viciado em sexo. Na verdade, era viciado em endorfina. Ele precisava de feniletilamina, um peptídeo que se ativa também com perigo, paixão, risco ou medo. Mas não, ele não queria nenhuma dessas coisas. E eu? Eu só tinha que fazer o meu...